A torcida do
Palmeiras encontra-se em um momento de total preocupação. O time dirigido por
Luiz Felipe Scolari ocupa a preocupante 19ª colocação, num total de 20 times.
Há quase dois
(2) meses o time saiu de uma extensa fila sem títulos nacionais ao levantar a taça
da copa do Brasil bem ao estilo felipão: bola parada e forte defesa. Porém, a
equipe parou e passou muito tempo comemorando tal feito.
Longe de ser
um time fraco. Muito longe mesmo. Mas como sair de situações adversas com
tantos desfalques e sem os seus principais jogadores atuando? Ao longo do ano o
ídolo Valdívia atuou em menos de 50% dos jogos da equipe. Pra quem chegou
carregado pelos torcedores e com forte expectativa, é algo alarmante. Seguidas
lesões e cartões tiraram o chileno de combate. A criação do time encontrava-se
em apuros.
A grande
força e jogada do time passa pelos pés do exímio cobrador de bolas paradas,
Marcos Assunção. O mesmo jogou com infiltrações e no sacrifício para dar o
título antes citado. Mas a idade chega para todos e o jogador teve de passar
por uma cirurgia. Um (1) mês de fora e mais um tormento.
O grande
jogador da temporada, sem questionamentos, é o Argentino Hernan Barcos. Autor
de vários gols da equipe. Porém, ruim com ele, pior sem ele. Com a ausência de
Valdívia as esperanças na armação de jogo foram depositadas em Daniel Carvalho.
Doce ilusão. Fora de forma e visivelmente sem força até pra arrancar.
Desde as
primeiras rodadas o clube encontra-se neste dilema do rebaixamento. Antes ainda
existia a “desculpa” da Copa do Brasil. Mas e após isso? Claro, o time perdeu
fortes e importantes peças do elenco por contusões. Mas é aí que entra o elenco
de um clube.
Desde a “era”
dos pontos corridos, contendo 20 clubes, em 2006, o ano de 2012 é disparado o
pior. Some-se a tudo isso inúmeras interferências da diretoria, mudanças de
técnicos, brigas internas sendo levadas a público, jogador sendo agredido pela
torcida e jogador tentando derrubar treinador em cadeia nacional durante os
últimos anos. .
O Palmeiras
virou time secundarista há muito tempo. Não briga mais pelos grandes títulos.
Quando eu digo brigar, me refiro a ser credenciado como favorito como em
outrora, em um passado não tão distante. O ano de 2002 está aí como exemplo
para evitar o rebaixamento.
O time
rebaixado em 2002 tinha peças individuais melhores e caiu. O time do atual
momento não é tão forte, mas possui um treinador acostumado a vencer e a sair
de situações adversas. Mas o campeonato está aí...terminando dia após dia,
rodada após rodada e a situação vai ficando cada vez pior.
Não estou aqui
preconizando e querendo o rebaixamento do clube. Será que isso não vinha sendo
notado pelos torcedores mais lúcidos? “E daí, estamos na Libertadores”. Não se
pode pensar no amanhã sem consertar o HOJE. Essa situação não vem de hoje. Já
vinha sendo anunciada. E o perigo mora aí.
A partida de
hoje é de suma importância. Primeiro porque precisa vencer mais do que nunca.
Depois, pelo fato de enfrentar o Sport, concorrente direto ao rebaixamento. Em
caso de vitória, o time respira um pouco e ficará a apenas dois (2) pontos do
primeiro time fora do Z4, o Coritiba. Se perder ou empatar a situação piora e
as próximas rodadas contra Atlético-MG (fora), Vasco (fora) e o clássico contra
o Corinthians podem começar a direcionar o rumo da equipe.
Muitos dizem
que após a década de 90 e com a saída da Parmalat o Palmeiras se ‘apequenou’. É
uma teoria. O clube realmente passou a não mais figurar na lista dos campeões frequentes.
Mas agora é hora de unir forças e fazer uma arrancada incrível. Exemplo não
faltará: fluminense em 2009.
Só nos resta
acompanhar os momentos decisivos e torcer pelo retorno dos principais jogadores
para que o time possa voltar ao menos a ser competitivo e sair dessa incômoda
situação. Mas não se iludam: o time é
pragmático e depende das bolas do Marcos Assunção. Mas já é algo.
Ainda há tempo.
Ainda há tempo.
Força,
Palmeiras!
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