quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Palmeiras: prenúncio de um rebaixamento anunciado?



A torcida do Palmeiras encontra-se em um momento de total preocupação. O time dirigido por Luiz Felipe Scolari ocupa a preocupante 19ª colocação, num total de 20 times.

Há quase dois (2) meses o time saiu de uma extensa fila sem títulos nacionais ao levantar a taça da copa do Brasil bem ao estilo felipão: bola parada e forte defesa. Porém, a equipe parou e passou muito tempo comemorando tal feito.

Longe de ser um time fraco. Muito longe mesmo. Mas como sair de situações adversas com tantos desfalques e sem os seus principais jogadores atuando? Ao longo do ano o ídolo Valdívia atuou em menos de 50% dos jogos da equipe. Pra quem chegou carregado pelos torcedores e com forte expectativa, é algo alarmante. Seguidas lesões e cartões tiraram o chileno de combate. A criação do time encontrava-se em apuros.

A grande força e jogada do time passa pelos pés do exímio cobrador de bolas paradas, Marcos Assunção. O mesmo jogou com infiltrações e no sacrifício para dar o título antes citado. Mas a idade chega para todos e o jogador teve de passar por uma cirurgia. Um (1) mês de fora e mais um tormento.

O grande jogador da temporada, sem questionamentos, é o Argentino Hernan Barcos. Autor de vários gols da equipe. Porém, ruim com ele, pior sem ele. Com a ausência de Valdívia as esperanças na armação de jogo foram depositadas em Daniel Carvalho. Doce ilusão. Fora de forma e visivelmente sem força até pra arrancar.

Desde as primeiras rodadas o clube encontra-se neste dilema do rebaixamento. Antes ainda existia a “desculpa” da Copa do Brasil. Mas e após isso? Claro, o time perdeu fortes e importantes peças do elenco por contusões. Mas é aí que entra o elenco de um clube.

Desde a “era” dos pontos corridos, contendo 20 clubes, em 2006, o ano de 2012 é disparado o pior. Some-se a tudo isso inúmeras interferências da diretoria, mudanças de técnicos, brigas internas sendo levadas a público, jogador sendo agredido pela torcida e jogador tentando derrubar treinador em cadeia nacional durante os últimos anos. .

O Palmeiras virou time secundarista há muito tempo. Não briga mais pelos grandes títulos. Quando eu digo brigar, me refiro a ser credenciado como favorito como em outrora, em um passado não tão distante. O ano de 2002 está aí como exemplo para evitar o rebaixamento.

O time rebaixado em 2002 tinha peças individuais melhores e caiu. O time do atual momento não é tão forte, mas possui um treinador acostumado a vencer e a sair de situações adversas. Mas o campeonato está aí...terminando dia após dia, rodada após rodada e a situação vai ficando cada vez pior.

Não estou aqui preconizando e querendo o rebaixamento do clube. Será que isso não vinha sendo notado pelos torcedores mais lúcidos? “E daí, estamos na Libertadores”. Não se pode pensar no amanhã sem consertar o HOJE. Essa situação não vem de hoje. Já vinha sendo anunciada. E o perigo mora aí.

A partida de hoje é de suma importância. Primeiro porque precisa vencer mais do que nunca. Depois, pelo fato de enfrentar o Sport, concorrente direto ao rebaixamento. Em caso de vitória, o time respira um pouco e ficará a apenas dois (2) pontos do primeiro time fora do Z4, o Coritiba. Se perder ou empatar a situação piora e as próximas rodadas contra Atlético-MG (fora), Vasco (fora) e o clássico contra o Corinthians podem começar a direcionar o rumo da equipe.

Muitos dizem que após a década de 90 e com a saída da Parmalat o Palmeiras se ‘apequenou’. É uma teoria. O clube realmente passou a não mais figurar na lista dos campeões frequentes. Mas agora é hora de unir forças e fazer uma arrancada incrível. Exemplo não faltará: fluminense em 2009.

Só nos resta acompanhar os momentos decisivos e torcer pelo retorno dos principais jogadores para que o time possa voltar ao menos a ser competitivo e sair dessa incômoda situação.  Mas não se iludam: o time é pragmático e depende das bolas do Marcos Assunção. Mas já é algo.

Ainda há tempo.

Força, Palmeiras!

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