domingo, 27 de janeiro de 2013

Djokovic faz história e... É TETRA! É TETRA! É TETRA!


Nova Djokovic conquistou na manhã deste domingo o título do Australia Open. O sérvio derrotou o britânico Andy Murray por 3 sets a 1 e ergueu a taça do torneio pela quarta vez.

Não foi apenas mais um título de “Djoker”, mas sim a afirmação de um novo gênio do esporte. Pela primeira vez na era aberta um tenista consegue o feito de vencer o Australia Open por três anos consecutivos. Antes disso, “Nole” já havia vencido o torneio em 2008.

A vitória veio como forma de alívio para o número 1 do mundo já que Murray foi o seu algoz em 2012 quando o venceu nas semifinais dos jogos olímpicos de Londres e na final do US Open.

Será que entramos na “era” Djokovic? O tenista de apenas 25 anos começa a dar sinais de domínio no circuito. Claro que ainda lhe falta a consistência no saibro. Mas em 2012 ele já alcançou a final em Roland Garros – único grand slam que lhe falta. Quem duvida que ele possa alcançar o olimpo do mundo do tênis?

Com parciais de 6/7 (2), 7/6 (2), 6/3 e 6/2 o tenista que encanta com seu jeito carismático já deixa o seu nome na história. Hegemonia? Acredito que seja fruto de um trabalho específico e bastante árduo. Este foi “apenas” seu sexto título em Grand Slam. Para os que acompanham de perto, é questão de tempo para que ele ganhe muito mais e crie uma nova “era”.

A partida foi equilibrada nos dois primeiros sets. Tanto que não tivemos quebras de saque até a metade do terceiro set. Como era de se esperar, os detalhes fizeram a diferença entre o erro e a jogada bem trabalhada. Mas foi Djokovic quem manteve a cabeça mais no lugar para aproveitar as brechas deixadas por Murray.

O sérvio parece ser feito de borracha e, com bastante flexibilidade, consegue chegar em todas as bolas. Isso foi minando a confiança do britânico e elevou o moral do campeão.  A esquerda manteve-se sempre afiada para sair da armadilha que lhe foi imposta desde o início da partida. Foi através dela que “Nole” mexeu Murray de um lado para o outro e aplicou seus winners com perfeição, na medida certa.

Para os que viram a rivalidade Federer x Nadal, acostumem-se. Pois Djokovic e Murray tem tudo para reeditarem mais finais de Grand Slams. Para vencer o número 1 do mundo é preciso mais e um pouco mais. Não basta apenas ser bom nos fundamentos. Precisa ser ainda melhor com a mente e estar preparado fisicamente para saber que o sérvio vai devolver o máximo de bolas para o outro lado. O troféu está em boas mãos.

É TETRA! É TETRA! É TETRA!

tênis novak djokovic australian open (Foto: Agência AP)

sábado, 26 de janeiro de 2013

Flamengo segue quebrando recordes no NBB



Se no futebol o Flamengo vem passando por um processo de reestruturação e novos projetos que lhe rendam títulos, no Basquete a história vem sendo completamente diferente e o torcedor está tendo orgulho de ir ao ginásio para ver o seu time de coração atuando.

Sob o comando de Marcelinho e Marquinhos, a equipe rubro-negra vem fazendo história e quebrando recordes. Até o momento foram 16 partidas jogadas e 16 vitórias alcançadas. O aproveitamento de 100% demonstra, com bastante evidência, o nível em que a equipe se encontra.

O time passou por uma “limpa” e teve de reformar o grupo. Ao contrário do futebol, o entrosamento foi rápido e preciso. Taticamente a evolução jogo após jogo vem sendo avassaladora. Jogando bem com a defesa alta e infiltrações precisas de Marquinhos, os adversários estão sentindo imensa dificuldade ao tentar marcar individualmente os craques da maior nação do Brasil.

O Basquete passa por uma fase de readaptação e reformulação de todo um sistema. Para que se tenha visibilidade é preciso atrair “seguidores”. Os ídolos estão lá. Mas é preciso algo mais. Esse algo mais veio através das vitórias e boas atuações da equipe. Com isso, o público cresce e a valorização do esporte aumenta. Prova disso é o público nos jogos da equipe carioca. De início eram apenas 1000 desconfiados e apaixonados. Com a boa campanha, 5 mil vozes apoiam a equipe e intimidam o adversário.

O NBB (Novo Basquete Brasil) está colhendo os frutos da nova fase ao qual passa o basquete brasileiro. Ainda não é o cenário ideal que muitos praticantes e amantes do esporte desejam. No entanto, parece que o erro crasso de outrora vem sendo remodelado com uma boa gestão, novos atrativos e, com isso, condiciona boas esperanças para a seleção.

O Flamengo é a equipe a ser batida no atual momento. Marcar zona? Individual? Marcação especial? Não vem dando certo. O Pinheiros – próximo adversário – tentará acabar com a festa. O bom momento faz com que o time seja credenciado como o principal favorito ao título. Quem duvida?

Marquinhos basquete Flamengo (Foto: Alexandre Vidal / Fla imagem) (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)

Viva, Azarenka! A “dona” da Austrália.



Victoria Azarenka, conquistou, na manhã deste sábado, o Australia Open pela segunda vez consecutiva. A bielorrussa teve de jogar por 2 horas e 40 minutos para superar a chinesa Na Li. Com parciais de 4/6, 6/4 e 6/3, a líder do ranking faturou o título, manteve a liderança e ainda foi recompensada com a bagatela de R$ 5,26 milhões. Foi a maior premiação envolvendo os quatro grand slams.  

A final disputada na Rod Laver Arena teve um “quê” a mais de drama. Durante toda a partida foram 16 quebras de saque. O que comprova o alto nível e, ao mesmo tempo, a ansiedade e o nervosismo em ambos os lados.

Só no primeiro set foram sete quebras de serviço. Nem parecia que as duas já haviam vencido um grand slam. Mas foi Na Li quem soube aproveitar a instabilidade e os vários erros não forçados da líder do ranking. Somente no oitavo game azarenka conseguiu confirmar o seu serviço. Não foi o bastante para poder vencer a chinesa. Foi em uma dupla falta cometida pela loira que Na Li fechou o primeiro set.

Precisando vencer o segundo set para se manter viva na final, a atual líder do ranking da WTA soltou o braço, variou os golpes e atraiu a adversária para a rede. Um incidente aconteceu quando o placar apontava 3/1 para Azarenka. A chinesa tentou recuperar uma bola que veio em seu contrapé e torceu o tornozelo. Foi preciso o atendimento médico entrar em quadra devido a gravidade do incidente. Em mais um set com muitas quebras – foram cinco no total – a agressividade de azarenka fez com que ela levasse vantagem. Quebrou o serviço da chiensa no 4/4, sacou e fechou o segundo set. O jogo agora estava empatado em 1 set a 1.

O terceiro set demorou a ter seu reinício devido aos fogos que brilhavam em Melbourne em comemoração ao dia da Austrália. Reinício, set em 2/1 para a chinesa e...nova interrupção. A atleta asiática caiu mais uma vez e sentiu a lesão. Os médicos tiveram de voltar e a partida foi mais uma vez paralisada. Aproveitando-se da lesão da adversária, “Vika” encurtou as bolas e fez sua oponente correr de um lado para o outro. A bielorrussa abriu 5/3 e viu, no saque de Na Li, a oportunidade de vencer a partida. Como autêntica número 1, partiu para cima e, com um erro não forçado da chinesa, fechou a partida e conquistou o bicampeonato do torneio.

Algo muito desagradável aconteceu na hora da premiação. A chinesa foi bastante aplaudida pela sua raça e persistência. No entanto, Azarenka foi bastante vaiada na hora em que fazia os seus agradecimentos. O público não a perdoou pelo acontecimento na semifinal diante de Sloane Stephens. A Bielorrussa pediu atendimento médico (normal) quando tinha 5/4 no segundo set, acabava de ter seu saque quebrado e com a adversária em ótimo ritmo de jogo, simplesmente paralisou a partida.

Mas nada disso apaga o brilhantismo desta autêntica campeã. Sempre simpática, Azarenka demonstra que pode realmente entrar para o seleto grupo das grandes jogadoras. É preciso ter afinco. Não é fácil suportar a pressão e ter motivação para estar sempre cumprindo com várias obrigações de número 1 do mundo.

Que venha o tri. A última tenista a conseguir tal feito foi a Suiça Martina Hingis, quando venceu em 97, 98 e 99.

Viva, Azarenka! A “dona” da Austrália.

tÊNIS victoria azarenka troféu australian open (Foto: Agência Getty Images) (Agência Getty Images)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Força MENTAL



O britânico Andy Murray venceu o suíço Roger Federer e está na final do aberto da Austrália. O número 3 do mundo venceu por 3 sets a 2, em quatro horas de partida. Está será a terceira final de Murray nos últimos quatro anos em Melbourne.

Conhecido desde cedo pelo talento, e sendo apontado como um dos possíveis candidatos ao posto de número 1, Andy passou muito tempo sendo rotulado  como amarelão. Sempre chegando como um dos favoritos e sucumbindo nas fases agudas dos torneios Grand Slams.

Tudo levava a crer que a pressão e a ansiedade tomavam conta dele e o talento simplesmente sumia na hora das grandes decisões. A força mental na hora de definir lhe causava efeito colateral. Mas isso mudou.

Após perder a final de Wimbledon (2012) para Roger Federer, em casa, ele não aguentou e chorou ainda em quadra, na entrega da premiação. Parecia saber que ainda lhe faltava algo a mais para se tornar reconhecido. Menos de um mês depois e lá estava ele disputando a final dos jogos olímpicos contra Federer – em casa novamente. O antigo Murray não existia mais. Confiante, sereno e indo para cima, ele atropelou Federer por 3 sets a 0.

Mesmo assim ainda lhe faltava um grand slam. Não tardou e já no US Open o britânico venceu Novak Djokovic e ergueu seu primeiro troféu de um grande torneio. Amarelão? Não mais. Murray, que sempre teve talento, agora contava com a confiança e a força mental que antes não lhe permitiram vencer partidas decisivas.

A prova disso aconteceu na manhã desta sexta-feira, em Melbourne. Murray x Federer novamente. O retrospecto estava em 10 a 9 para o britânico. Só quem nenhuma das dez vitórias havia sido conquistada em grand slams.

A partida foi pegada do início ao fim. A “vantagem do britânico” estava nas poucas horas que passou em quadra durante todo o torneio. Já Federer vinha de uma maratona contra Tsonga. Desvantagem para o Suiço? Quem o conhece, sabe que não.

As parciais de 6/4, 6/7 (5), 6/3, 6/7 (2) e 6/2 demonstram que a rivalidade entre os dois está cada dia mais acentuada e o nível de exigência/concentração precisa ser elevado ao máximo.
Murray fez a bola correr com bastante velocidade e jogou muito bem com o seu primeiro saque. Já Federer, elegante como sempre, tentou diminuir este ritmo com slices para que seu adversário encurtasse as bolas em sua quadra. Até o 4º set os pontos decisivos foram definidos por erros não forçados de ambas as partes.

O que levou Murray a vitória no 5º e decisivo set foi justamente a força mental que antes ele não tinha contra o suiço em jogos de GS. Sua confiança estava no alto e seu físico em dia. Federer não resistiu ao ter seu saque quebrado logo no início. Murray o empurrava cada vez mais para trás da linha de saque e o fez forçar muitas bolas.

Sabedoria para o antigo amarelão? O tenista britânico mostra que entrou definitivamente no grupo dos favoritos a todo e qualquer Grand Slam. Venceu e irá enfrentar Djokovic na grande final. O sérvio leva vantagem no retrospecto: 10 a 7. Porém, ele que abra o olho. O velho “Murray” deu lugar a um cara com a mente fria e cautelosa.

O tênis agradece.

(O Jogo)

Djokovic: o homem a ser batido



Novak Djokovic venceu David Ferrer e garantiu, mais uma vez, sua vaga na grande final do aberto da Austrália. Está será a sua quarta final no Grand Slam de abertura da temporada. Sendo a terceira consecutiva.

O Sérvio é o atual bicampeão do torneio. Caso conquiste o tri consecutivo, será o primeiro a conseguir tal feito na era aberta do tênis. Em 2008 foi campeão ao vencer Tsonga por 3 sets a 1. Três anos depois venceu Andy Murray em fáceis 3 a 0. E no ano passado venceu a épica batalha contra Rafael Nadal por 3 sets a 2 em um jogo com quase seis horas de duração.

“Nole” simplesmente demoliu Ferrer. Não deu espaço e nem chance para que o espanhol sequer pensasse que realmente estava em uma semifinal de grand salm. Agressivo desde o princípio, o líder do ranking atuou de forma exuberante e presenteou o público presente na Rod Laver Arena com uma atuação de gala.

O desafortunado Ferrer tentou modificar o panorama da partida com a sua típica raça. Sempre se defendendo para depois atacar, o espanhol é considerado um dos melhores tenistas da atualidade – mesmo na casa dos 30 anos. E quem disse que Djokovic permitiu isso?

As parciais, por muitas vezes, podem mascarar o que realmente NÃO foi a partida. Mas no cenário atual não há como omitir e dignificar isso: 6/2, 6/2 e 6/1. Com apenas 25 anos de idade o craque sérvio já dá sinais de um novo reinado. Seria cômodo ficar compilando os lances da partida. Para quê? O nível em que se encontra Novak Djokovic está acima dos demais.

O passeio, o show dado em quadra não foi em qualquer torneio. Foi em um grand slam. Os golpes geniais não foram aplicados sobre jogadores medianos. Foi no talentoso e polivalente David Ferrer. O impacto positivo não está sendo ostentado por ter sido em uma fase primária. Foi na semifinal. Jogar assim, neste nível, em uma semifinal? É coisa para grandes jogadores. Beirou a perfeição.

O homem a ser batido chama-se Novak Djokovic. 


Djokovic pode ser o primeiro tenista na história da Era Aberta a vencer o Aberto da Austrália três vezes seguidas Foto:  / AP (Site Terra)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

NA Li(nha) certa



A Chinesa Na Li surpreendeu ao mundo do tênis e venceu a Russa, Maria Sharapova, por 2 sets a 0. O jogo foi válido pelas semifinais do aberto da Austrália.

Tida como favorita Sharapova não viu a cor da bola. A Chinesa cometeu poucos erros durante a partida e venceu com facilidade.

O duplo 6/2 veio com justiça. Sharapova ainda não havia perdido nenhum set durante o torneio, mas nada pôde fazer diante dos golpes precisos de Na Li. Potência não foi a tônica do jogo. Estratégia e forçar a adversária ao erro foram de fundamental importância para o êxito final.

A Chinesa entrou em quadra com a tática fixada em sua cabeça: bolas rápidas e jogar o máximo possível na direita de Sharapova. Com boas devoluções de saque e jogando de forma firme no fundo de quadra, a chinesa não deu chances.

Visivelmente incomodada, Sharapova tentou tomar o controle dos pontos com seus potentes golpes. No entanto, Na Li estava defendendo de forma exuberante. Não só defendia como fez a Russa jogar com a sua direita – golpe mais fraco dela. A russa não gosta de correr de um lado para o outro e fica visivelmente impaciente quando não tem o controle da partida em suas mãos. Foi exatamente o que a chinesa fez. E não deixou a ‘outra’ elevar o moral.

O segundo set foi o mais equilibrado...até o quinto game. Na Li, com a confiança nas nuvens, quebrou o saque da adversária e fez 3/2. Foi quando a “velha” Sharapova entrou em quadra e começou apenas a bater reto, forte e para fora.

Sendo assim, a chinesa soube aproveitar o ritmo que havia colocado desde o início da partida e fez 6/2. Fechou a partida e mostrou que pode estar de volta às grandes finais com maior freqüência.

Está será a sua terceira final de Grand Slam. Em 2011 ela perdeu a final do próprio Australia Open para Clijsters. No mesmo ano, foi campeã de Roland Garros ao derrotar Francesca Schiavone.

Na Li(nha) certa?

Na Li vibra com a vitória sobre Maria Sharapova (Foto: AFP) (AFP)