sexta-feira, 11 de outubro de 2013

É hora de repensar, Federer


Roger Federer não atravessa seu melhor momento no tênis. Particularmente, como fã e admirador, desde 2001, penso que a irregularidade começou em 2010. Coincidentemente, a oscilação veio após a conquista do Australia Open. Físico, mental e aspectos motivacionais são alguns pontos que devem ser repensados. Muitos falam em aposentadoria, mas eu penso diferente. Vamos aos pontos para a NÃO aposentadoria do 'The King".

PREPARAÇÃO FÍSICA

Mesmo com seus 32 anos e demonstrando cansaço em algumas partidas, Federer sempre soube se autopreservar dentro das competições. Tanto que é o tenista que passa menos tempo em quadra. Não fosse assim, a aposentadoria já teria sido anunciada. É preciso repensar alguns pontos do treinamento físico. Sabe-se que Roger não curte treinar intensivamente e, com a idade mais avançada, não seria correto aumentar tal carga. Aspectos como explosão lateral e movimentação (veloz) das pernas podem ser reavaliadas.

INSPIRAÇÃO EM PETE SAMPRAS

O estadunidense se aposentou aos 31 anos. No entanto, as condições e o ritmo do 'novo' tênis tornaram-se desfavoráveis para o estilo que ele passou a carreira inteira jogando. Logo, pensando na manutenção no top 10, passou a jogar somente Grand Slam e, aqui e acolá, alguns torneios de maior valia. O calendário foi preparado para que 'Pete' pudesse encerrar a carreira ainda sendo temido pelos adversários. Federer precisa e pode fazer a mesma coisa.


MOTIVAÇÃO COPA DAVIS

Poucos são os recordes que o suiço ainda não bateu. Dentre eles, vencer a Copa Davis pelo seu país. É do entendimento de muitas pessoas que o tenista andou discutindo com a Federação Suiça e até mesmo com grandes nomes que comandam a ATP. A imagem de não estar nem aí para a competição está na cabeça de alguns especialistas. Porém, todo esportista de alto rendimento, acostumado a vencer, está sempre em busca de novos recordes. A Davis seria ideal para Federer encontrar maior motivação.


INSPIRAÇÃO 2 - TOMMY HAAS

O alemão de 35 anos, que ainda joga no estilo clássico, está sempre dando trabalho. Não atua em tantas competições, mas é o 12º do mundo. Ele e Federer sempre souberam cuidar do físico e, dessa forma, os resultados apareceram. Tommy não é tão genial quanto Federer, mas, no mundo dos mortais, prova que dá, sim, para atuar em alto nível após os 30 anos.


FORÇA MENTAL

O cara já ganhou 17 Grand Slams, 21 Masters 1000 e mais trocentos títulos. Como manter esse 'elemento', dia após dia, focado? No caso do "Rei", não é tão complicado: teimoso que é, diz que, se preciso, vai errar cinco (5) backhands (esquerdas) e continuará a insistir neste golpe. Calma, Federer! Todos sabem que ele não tem paciência para ficar trocando bolas quando os adversários insistem, de forma correta, em mandá-las na sua esquerda. Fim de carreira chegando, reinventar algumas táticas não faz mal. Não faz tanto tempo que ele fez uma partida tática impecável contra Nadal...até o terceiro set. Jogou, com muita paciência, na direita de "Rafa". Isso deve ser seguido à risca para os grandes torneios. Força mental, no tênis tão físico de hoje, é fundamental.

RECORDE EM WIMBLEDON

Se existe um torneio em que ele se sente em casa, é Wimbledon. Digamos que é o quintal da sua humilde residência. Foi lá que ele venceu Sampras, superou o recorde de Slams do próprio estadunidense, e possui 7 títulos. Qual a motivação? Federer e Sampras são heptacampeões (7 vezes). Logo, ainda possui boa oportunidade de ficar isolado como o maior vencedor na era aberta (pós-1968).


 CONFRONTO DIREITO CONTRA OS RIVAIS

Perder para um rival não é demérito. No entanto, a forma como Federer vem sendo derrotado por Nadal e Djokovic, é de preocupar. A passividade é visível e vem jogando de cabeça baixa. Quer motivação maior do que voltar a enfrentar seus maiores rivais de igual para igual? O suiço sabe que precisa disso para voltar a vencer qualquer Slam. Não é a derrota que incomoda, mas sim, a forma como ele vem jogando, de forma desobediente. Encaixando esse pensamento e vencendo uma partida contra os dois primeiros no ranking...combustível que pode impulsioná-lo.


 GRAND SLAMS

Após elaborar seu calendário e analisar os principais torneios no ano, é a hora de focar nos Slams. O suiço ainda consegue chegar em fases agudas. Mas, ao enfrentar jogadores com maiores recursos, termina por dar a famosa 'viajada' que todos conhecem. Federer deve e pode se impor dentro da quadra central, contra qualquer adversário. No entanto, os últimos jogos mostram o contrário: apático, abatido e dominado. Claro, sem tirar os méritos de quem tem vencido o ex-número 1 do mundo. Vejamos, através dos gráficos, excluindo alguns tropeços, seu desempenho entre 2010 e 2013.

Austrália


França


Inglaterra


Estados Unidos


Percebe-se que ele caiu fisicamente após o mês de Junho (2013). Logo, os atributos físicos citados anteriormente, podem ser revisados para entender o ano tão aquém das expectativas. A motivação? Chegar aos 18...20 títulos...enquanto as pernas deixarem e a mente permitir.

MASTERS 1000 - LABORATÓRIO

São nove (9) competições ao longo do ano. Federer, que já deu uma segurada esse ano, pode fazer ainda melhor. Deixar de lado alguns torneios ATP 500 e, como preparação para o que realmente importa, atuar em alguns masters - com o mesmo piso, por exemplo, de Roland Garros.

Não temos competições na grama, a exceção é jogar ATP 500 e até mesmo 250 antes de Wimbledon.Vejamos o gráfico até o Masters de Shangai:


Pela primeira vez, desde 2008, não venceu nenhum dos torneios. Notem que a caída física, bem como a citada em Grand Slams, também aparece nos Masters 1000 (pós-Roma).

NÃO DEVE APOSENTAR...

por ser um tenista brilhante, com todos os golpes e que ainda passa medo e receio aos adversários. Federer não vai atuar no ritmo frenético de Nadal e Djokovic. Em contrapartida, sua sapiência e experiência podem ser colocadas neste jogo. Não deve parar por ainda ter chances, mesmo que mínimas, de vencer algum Slam. Mas, para que isso aconteça, terá de abrir mão daqueles torneios menos importantes que ele tanto gosta.


OBS: A imagem principal foi feita pelo Osmar Júnior: https://www.facebook.com/obmjunior18?fref=ts


sábado, 5 de outubro de 2013

Nadal reassume a liderança no Ranking



O espanhol Rafael Nadal voltará a ser o número 1 do mundo. O ranking da ATP, que será atualizado na próxima segunda-feira (07/10/2013), mostrará o 'Toro Miúra' na liderança. Quem poderia imaginar? Sete meses parado, em função de graves problemas no joelho, e tudo parecia sombrio. No entanto, valente que sempre foi, deu a volta por cima. A tendência é a de aumentar sua vantagem para Novak Djokovic, já que 'Rafa' não tem pontos para defender até o Australia Open (2014).

"O espanhol Rafael Nadal venceu Tomas Berdych nas semifinais do torneio ATP de Pequim, China, no sábado. Nadal jogou apenas 37 minutos e venceu o Tcheco, que deu a partida por concluída devido a uma lesão. Deste modo, o espanhol, de 27 anos, supera o sérvio Novak Djokovic, que se encontrava no topo do ranking mundial. Desde o início da sua carreira, Nadal já ocupou o primeiro lugar do tênis mundial masculino entre Agosto de 2008 e Junho de 2009, e entre Junho de 2010 e Julho de 2011." Fonte: http://www.publico.pt/desporto/noticia/nadal-bate-berdych-em-pequim-e-tornase-n%C2%BA-1-mundial-1608162