terça-feira, 27 de agosto de 2019

US Open 2019 - masc e fem

Começou o último grand Slam do ano. Para muitos, inclusive este que vos falá,  o Major de melhor estrutura e atmosfera.

Quais seriam os favoritos?

Farei minhas apostas.

Masculino:

Favoritos: Nadal e Djoko.

Ataque ao título: Medvedev.

Vale a pena ficar de olho: Federer, Wawrinka, Nishikori, Zverev  (sai, zica).

Por causa do calendário exaustivo, deixarei Thiem de fora.

FEMININO

Sempre repleto de surpresas, então vai muito de como percebo as nuances.

FAVORITA: Serena

Ataque ao título: Andreescu. Talvez, hoje, quem consiga enfrentar a Williams.

Pode aprontar: Svitolina, Bencic, Halep (apesar do moral baixo), Pliskova, Osaka.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

A problemática lateral-direita do Barcelona




Por: Raniery Medeiros

É consideravelmente preocupante a situação na lateral Culé, bem como os contornos institucionais do clube que se acostumou a brigar e a ganhar tudo nos últimos quinze anos. No entanto, para 2019/2020, nada me irrita mais - taticamente falando - do que a continuidade de Nelson Semedo e Sergi Roberto no elenco. 

Bem, o fato é que nos acostumamos mal. Mesmo o limitado Oleguer, que também era zagueiro, foi "ok" em sua passagem; Belletti, por sua vez, foi importante em determinados momentos, sobretudo pelo jogo por dentro; Zambrotta não comprometeu tanto; Dani Alves é provavelmente o melhor lateral que o barça já teve; Adriano, na LD em algumas ocasiões, entendia o estilo. 

Após este breve pensamento sobre o passado, me deparo com o presente, entro em choque. Avaliando as características supracitadas, Sergi é quem melhor entende e compreende o modelo de jogo. Semedo, em contrapartida, não possui as mesmas características do companheiro, mas "compensa" indo ao fundo. Na teoria, é tudo maravilhoso e fácil; na prática, meu Deus, é o caos e a insegurança. Afinal, ninguém convence, ninguém elabora bem as jogadas, ninguém é tão capaz de sair da pressão de quem marca o barça em linha alta. Ah, relembrando que o limitado Aleix Vidal não foi bom o bastante para ganhar a posição de um meio-campista improvisado na lateral. 

Se o lado esquerdo é a válvula de escape, tendo basicamente todas as ações por ali, a faixa direita sofre há anos. Quando falo em compreensão do modelo, me refiro também ao fato histórico de construir e jogar por dentro, e dessa forma o Sergi é melhor. No entanto, o camisa 20 peca no modo defensivo, só explora passes curtos, não tem eficiência nas jogadas em amplitude; Semedo, oposto ao SR, não completa as demais exigências, mesmo sendo veloz e não aproveitando o corredor. 

É bem verdade que ambos fizeram boas partidas nos últimos dois anos, foram importantes em momentos específicos - principalmente o jogador de La Masia. Mas para o nível de exigência do Barcelona, que vem de duas eliminações traumáticas na Champions League, é preciso regularidade na reta final. Citei Vidal, reitero para Semedo: teve duas temporadas para se firmar, não apresentou futebol para tal. Se existe defesa ao canterano, é justamente pelo fato de "quebrar o galho" nos chamados jogos grandes.

Por mais puto que eu esteja em função de algo que não é resolvido desde 2016, não farei caça às bruxas, também não serei oportunista. Há espaço para SR e NS em alguns clubes, não no Barcelona. 

A derrota para o Athletic Bilbao só reforça meu pedido de contratem Azpilicueta. No mais, e endosso meu respeito aos jogadores, venderia ou emprestaria ambos. A questão irrompe alguns dos mais variados pensamentos da torcida. Já diria Paulo Calçade: "a compreensão do jogo não é para todos".




quinta-feira, 25 de julho de 2019

Pia Sundhage assume o comando da seleção feminina de futebol



A CBF anunciou nesta quinta (25) a sueca Pia Sundhage como técnica da seleção. Ela assume o lugar de Vadão, que fracassou durante o tempo em que esteve à frente do cargo. 

Pia é o nome certeiro para quem realmente almeja novas metas; modelo de jogo; pensamento voltado ao futebol de base. Bicampeã olímpica com os Estados Unidos (2008 e 2012), conseguiu sempre moldar suas equipes às suas ideias e características das atletas. Ainda pela seleção estadunidense, após uma decisão incrível contra o Japão, foi vice-campeã do mundial 2011. Seu legado foi repassado para Jill Ellis (auxiliar de Sundhage), que recentemente faturou o bicampeonato mundial com os EUA.

Voltou à terra natal para treinar a seleção sueca, mesmo com poucas peças decisivas. Centrada, inteligente e COM TOTAL CONHECIMENTO DO UNIVERSO DO FUTEBOL FEMININO, Sundhage alcançou a medalha de prata nos jogos olímpicos de 2016, parando apenas na Alemanha. Vale ressaltar que as suecas eliminaram Estados Unidos e Brasil (donas da casa, e que na fase de grupos havia vencido a seleção europeia). Encerrou seu ciclo na equipe principal e se dedicou inteiramente à base a partir de 2017. 

A ideia de contratá-la me agrada bastante, especialmente por se tratar de uma vitoriosa, de alguém que enxerga as reais necessidades da modalidade. No entanto, mesmo com a aquisição de Pia, ainda sinto receio quando vejo Marco Aurélio Cunha na cúpula diretiva. É preciso que ela tenha total autonomia para moldar pensamentos, instruir e ajudar NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS MENINAS. O começo vem da base. 

Esperemos os próximos capítulos, a hierarquia de comando. Pia Sundhage é nome certo...mas que tenham paciência, que deem liberdade de trabalho, que apresentem um projeto a longo prazo. 

sábado, 13 de julho de 2019

EUA vencem o Brasil nas semis da Liga das Nações de Vôlei


A semifinal entre EUA e Brasil foi até mais equilibrada do que imaginei. Ontem, após vencermos o Irã, relatei a dificuldade. Seleção norte americana joga redondinho. Ainda assim, ótimos cinco sets.

Primeiro set terrível do Brasil em erros ao adversário, contra-ataques desperdiçados. Os EUA, por sua vez, com ritmo intenso através da alimentação boas distribuições de Christenson (levantador) para Anderson e Sandler.

Visando aperfeiçoar o ataque, os comandados de Renan elevaram o % no ataque, anularam os americanos ao tocar - defensivamente - em quase todos os ataques. Destaque para o forte entrosamento entre Cachopa, Leal e Lucarelli. Partida empatada.

Terceiro set com a seleção brasileira sempre à frente no placar,  controlando as ações ofensivas. Ótimo set de Lucarelli.

Quarto set perfeito da recepção estadunidense. Shoji (líbero) recepcionando nas mãos do levantador; saque flutuante eficiente; alterações bem feitas.

Infelizmente, após uma queda elevadíssima de potência e concentração na recepção, o Brasil perdeu a partida.  Sempre  valorizando a partida monumental dos Estados Unidos.

Resta ao Brasil repensar alguns pontos, se preparar muito bem para o pré-olímpico.

Halep atropela Serena e fatura Wimbledon


A romena Simona Halep venceu, hoje (13), Serena Williams e conquistou seu primeiro título na grama sagrada de Wimbledon. Com duplo 6/2, mediante volume de jogo insano, alcançou seu segundo Major na carreira - ergueu o troféu em Roland Garros 2018.

Serena nada pôde fazer. Os diversos erros não-forçados foram provocados pelo estilo elétrico e perfeito de Halep. O backhand da estadunidense foi bastante castigado durante o embate. A mais nova das Williams parecia nervosa, incrédula com o que estava acontecendo.

Partida de domínio absoluto de Halep. Chegou em todas as bolas, angulou o saque, mexeu a adversária de um lado para o outro, devoluções na linha de base, raríssimos erros etc. O volume foi assustador, especialmente em se tratando de um confronto que estava 9-1 pró-Serena.

Conquista merecida ao olhar para o torneio. Simona manteve-se firme, sólida no fundo, agressiva nos ataques. Após oscilar bastante ao vencer Roland Garros, retomou seu melhor tênis no Major inglês. 

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Brasil vence Irã e vai às semis da VNL no vôlei Masc.


Foi no sufoco,  no sofrimento, mas a seleção brasileira venceu o Irã por 3-2. O duelo definiu o último classificado do grupo às semifinais, já que a Polônia havia vencido seus dois compromissos.

Todos sabemos que o Vôlei, no geral, está muito nivelado, com países apresentando projetos fortíssimos a longo prazo, e o Irã é um deles. Marouf e Gafour são ótimos. Mesmo com 2-0 abaixo, foram buscar o empate. Muita velocidade e potência nos

Destaque para o bloqueio, com seus 14 pontos no fundamento; Alan (atacante) entrou muito bem; Bruninho e Cachopa (levantadores) souberam distribuir o jogo, apesar das adversidades; Lucarelli focado em pontos decisivos.

Pontos que podem ser alertados: Thales (líbero) precisa caprichar no passe, esteve mal hoje; Wallace não parece estar 100%.

Não consigo sentir confiança no time para a reta final. Claro, em se tratando de vôlei brasileiro, o nível pode aumentar, as peças encaixarem perfeitamente. Resta esperar.


Barcelona anuncia Griezmann


O Barcelona anunciou hoje (12) a contratação do francês Griezmann. Namoro antigo, o clube catalão pagou 120 milhões de euros pelo atacante ex-Atlético de Madrid. O clube colchonero alega que barça e Griezmann acertaram o acordo antes de 01/07 (data limite para a multa de 200 de euros), portanto houve uma quebra "cavalheiresca" das tratativasuas
 entre as partes.

Bem, trata-se de um ótimo nome ao analisar apenas a regularidade em campo nos últimos anos. Griezmann é o jogador capaz de potencializar qualquer equipe, atacante inteligente e com doações de gols e assistências. Não há dúvidas.

Minha grande interrogação, não de hoje, encontra-se no aspecto tático. Habituado a jogar próximo ao gol, especificamente como segundo-atacante, Griezmann se reinventou e elevou seu patamar atuando na função citada. No barça, analisando o que vejo atualmente, atuaria na zona de campo ocupada por Lionel Messi. Pode atuar pela ponta? Sim, até porque foi onde iniciou a carreira. Mas retiraria o que possui de melhor: movimentação, chegada ao gol.

Outro questionamento recorrente: momento defensivo. No Atleti de Simeone, moldado no 442, pressionava junto com o centroavante na primeira linha. Os blaugranas também marcam no 442, com Messi exercendo a função supracitada. Dito isso, Griezmann faria a recomposição pelo lado do campo? Todo bom jogador pode se enquadrar perfeitamente aos diversos esquemas. No entanto, pegando o melhor futebol do francês, não seria tão viável.

Quando Valverde não puder contar com a dupla de frente, ou com um deles, seria interessante colocar o francês de "falso 9". Não se trata de onde rende mais, no entanto o colocaria próximo da zona de gol, sendo letal pelo setor. Para isso será preciso ter movimentação, chegada dos meias, flutuação. 

Gosto do nome, sou reticente às características e funções incoerentes. Resta esperar e analisar as ideias do técnico Ernesto Valverde.

domingo, 7 de julho de 2019

Brasil de Tite vence a Copa América 2019

                       FOTO: GE

A pressão sobre o técnico, antes do torneio, era enorme. Já não mais se tratava apenas de desempenho, o que realmente importava para torcida e CBF (a cúpula nefasta) era o título. Sabendo disso, Tite fez suas escolhas. Deu certo...aos trancos e barrancos.

Hoje, mais precisamente dia 07 de julho de 2019, a seleção brasileira entrou no Maracanã disposta a dar uma resposta aos seus críticos, por mais que algumas tenham sido justas. Vitória incontestável por 3x1 para cima do Peru - que surpreendeu pela boa campanha. Será que Tite terá mais tranquilidade? O treinador permanecerá no cargo?

Apesar das oscilações na partida, gostei do modo como a equipe se comportou durante os noventa minutos. A seleção peruana, que tanto sufocou Uruguai e Chile, nada pôde fazer contra as investidas no mano a mano de Everton "cebolinha", no gerenciamento de Arthur pelo meio, e mesmo após a expulsão (22 da segunda etapa) de G. Jesus, mostrou ser bem inferior ao Brasil. O Peru, de Guerrero e c&a, tem em mente que foi além do esperado.

Brasil volta a conquistar o torneio sul-americano após 12 anos de jejum, depois de uma fase de grupos sem empolgar tanto, o susto contra o Paraguai nas quartas, o jogo pegado contra os argentinos nas semis. Título merecido.

Agora é pensar nas eliminatórias, moldar a nova geração, desfrutar o momento. Particularmente, após um torneio pobre de ideias e aspectos técnicos, fico com a evolução monstruosa de Cebolinha como a grande obra-prima, o lado significativo de uma conquista sem seu principal jogador.

É TETRA! Hegemonia dos EUA no Mundial Feminino de Futebol

FOTO: FIFA

Sabia-se, antes mesmo do começo do torneio, que a seleção americana figurava como a grande favorita ao título. Claro, sem desmerecer equipes como: Holanda, Alemanha, Suécia, França etc. A prova dos nove veio na manhã deste domingo (07), e as comandadas de Jill Ellis venceram a Holanda por 2x0 e faturaram o tetracampeonato, sendo o bi consecutivo. 

As atuais campeãs se notabilizaram pelos gols até os 15 minutos da etapa inicial, e foi pensando nisso que as holandesas focaram, estiveram atentas, atuaram com três zagueiras na linha defensiva. Primeira etapa truncada, sem o controle por parte das estadunidenses, sem a força das americanas pelos lados do campo. Pelo lado da Holanda, que não pôde contar com os 100% de Martens, restou se defender e procurar contra-ataques que direcionassem os passes na atacante Miedema. Destaque para a goleira Veenendaal, absolutamente fria e concentrada na proposta de sua equipe.

O plano, pode-se assim dizer, caiu por terra no começo da segunda etapa, quando Van der Gragt cometeu um pênalti infantil em Alex Morgan. Destaque da equipe dentro e fora dos gramados, Megan Rapinoe abriu o marcador. Pronto, foi o balde de água fria no aspecto mental da seleção europeia, que em seguida viu Rose Lavelle - em ótima jogada individual - aumentar o placar. O golpe foi duro, a cabeça das meninas da Holanda foi para o espaço, tanto que os EUA cansaram de perder boas oportunidades logo em seguida. A seleção dirigida por Sarina Wiegman, por sua vez, tentou esporadicamente diminuir o prejuízo através dos passes longos de Spitse; em raras jogadas individuais de Beerensteyn; no jogo mais pensante de Van de Donk.

Título merecido, principalmente para a seleção que melhor desenvolveu aspectos táticos, técnicos e mentais. O projeto por lá surge desde cedo nas escolas, sendo ainda mais potencializados e desenvolvidos nas universidades. Futebol feminino nos Estados Unidos é algo sério, bastante profissional, com direcionamento total ao crescimento da modalidade. Aplausos também ao projeto holandês, que vem colhendo frutos pela iniciativa profissional adotada em 2004, não visando apenas resultados, mas sim a continuidade do esporte - não à toa venceram o campeonato europeu em 2017.

Aliás, Copa do Mundo de EXTREMO SUCESSO de público, de telespectadores, patrocinadores, participantes, debates, visibilidade etc. Muitos países, não de hoje, alavancando a modalidade. Somente no Brasil, mesmo após aquela "era de ouro" entre 2004-2008, preferiu regredir e não profissionalizar-se.

Gostei bastante dos avanços técnicos e táticos. De seleções como Itália, Inglaterra, Espanha, França, Japão, Argentina. O caneco ficou em boas mãos. Fica a impressão de que a evolução coletiva abrirá portas para que em breve o nível de competitividade seja ainda maior.

PARABÉNS, MEGAN RAPINOE! MELHOR JOGADORA DO MUNDIAL!

EUA viram e vencem o Brasil na final da Liga das Nações de Voleibol Feminino

 FOTO: FIVB


Brasil e Estados Unidos fizeram na manhã deste domingo (07) a final da Liga das Nações de Voleibol Feminino. O título ficou com as estadunidenses, após conseguirem virar a partida em alto nível. É o segundo triunfo da seleção dirigida por Karch Kiraly, que já havia vencido em 2018. Resta ao Brasil pensar no pré-olímpico. Aquele 3x2 emocionante e sensacional.

Começo avassalador das comandadas de Zé Roberto. Abrindo dois a zero, o Brasil apresentava volume de bloqueio, ataques bem distribuídos pela levantadora Macris, Gabi atacando conscientemente etc. Tainara e Lorenne, então jovens e reservas, entraram e deram outra cara ao time. O problema foi a lesão da ponteira Natália, e isso realmente fez falta na reta final. O time se abateu a partir do 3º set, o volume defensivo caiu consideravelmente, o jogo pelo meio (Bia e Mara) não foi mais o mesmo. Vale ressaltar que a campanha foi positiva, especialmente olhando para a semifinal espetacular contra a Turquia, que um ano antes nos derrotaram. Fica a lição, ficam algumas boas surpresas, e a necessidade de montar o time já pensando em Tóquio 2020. 

Pelo lado estadunidense pode-se destacar a força mental de um time rejuvenescido e consciente do que poderia ser feito. Mesmo com 2x0 abaixo, não se abalaram em momento algum da partida. Destaque para Drews, com seus TRINTA E TRÊS pontos; a líbero Courtney começou a defender praticamente tudo nos sets derradeiros; a levantadora Carlini enxergou bem as opções de ataque, soube fazer as escolhas perfeitas; a ponteira Robinson entrou e deu conta do recado, principalmente nas bolas mais decisivas. Méritos totais à seleção com seu inside out quase que perfeito, volume de jogo excepcionalmente fundamentado, na estrutura e merecimento de um projeto que não olha apenas para o resultado. 





quinta-feira, 4 de julho de 2019

Rodri - a aposta do City para o futuro



O Manchester City anunciou a contratação do meio-campista espanhol Rodri, então jogador do Atlético de Madrid. Essa aquisição, por mais cara que tenha sido (70 milhões de euros), enfatiza o projeto/modelo de jogo de Pep Guardiola. 

Bem, o rapaz em questão sempre demonstrou ser diferenciado. Nos tempos de Villarreal, tranquilidade e frieza na saída de bola; no atleti, apesar do estilo oposto, força física e qualidade nos passes (curtos ou longos). 

Acredito que foi uma aposta bem feita.  Muitos enxergam o espanhol como possível reserva de Fernandinho. Talvez.  A margem de crescimento é alta, poderá dar fôlego e rotação ao elenco. Fica a curiosidade de como será trabalhado por Pep, qual será o grau de evolução. Perfil para o modelo/estilo de jogo, possui.

Ótimo na distribuição de jogo; excelente no trabalho com e sem a bola; equilíbrio nas zonas do campo; sempre gerando passes que encontram os meias ofensivos em boas condições.

Agora resta esperar como será aproveitado,  se a aposta terá grande impacto, se o retorno poderá ser visto em pouco tempo. Bola para algo gigante o menino já demonstrou que tem.


Copa América 2019 - Semifinais

Ufa! Jogos condizentes ao menos com bom futebol, modelos ofensivos, estratégias bem montadas, emoção. 

BRASIL 2X0 ARGENTINA

Antes de qualquer coisa, o melhor jogo dos hermanos em anos. Não dá para dizer que foi um prímor de futebol, com belas jogadas e imposição. Mas há de se convir que foi uma partida bem mais equilibrada do que se esperar. Sim, vi dois pênaltis não marcados; Messi recuando muito, indo armar o time lá atrás; apesar da força e imposição, Acuna é limitado; Tagliafico e Foyth sempre em apuros no mano a mano. Ainda assim, apesar da desorganização, nossos rivais assustaram bastante, poderiam até mesmo ter empatado.

Já no que concerne o Brasil, que PARTIDA MARAVILHOSA DE GABRIEL JESUS E DANI ALVES! Esse aspecto individual quebra qualquer sistema defensivo. Só achei que o time teve a oportunidade de acelerar mais as jogadas durante a construção das mesmas. Coutinho ainda devendo, a zaga impecável. 


PERU 3X0 CHILE

Seleção peruana segue eliminando fortes concorrentes. Diferente do duelo anterior, quando apenas esperou o Uruguai atacar, a equipe comandada por Gareca demosntrou seu poder ofensivo. O quarteto de frente (Cueva, Castillo, Cueva e Guerro) não deu chances aos chilenos. Movimentação, aproximação, velocidade e letalidade. Gallese (goleiro), por sua vez, após falhas durante o torneio, salvou a seleção das investidas do rival histórico.

Os chilenos fizeram além até mesmo do esperado. Essa geração, que recentemente alcançou o bicampeonato do torneio, possui ao menos NOVE atletas acima dos 30 anos. O modelo de jogo de outrora, com Sampaoli e Pizzi, deu lugar a outra ideia de jogo agora manifestada por Rueda. É um Chile que sufoca menos; Vargas - sempre fatal pela seleção - decaiu; Alexis bem que tentou; Vidal e Aranguiz com o esforço e raça de sempre; Fuenzalida e sua limitação; olho em Pulgar. 



terça-feira, 2 de julho de 2019

Copa América 2019: quartas de final

Quatro partidas, as mesmas sensações, jogos extremamente chatos. Claro, há a turma do "tatiquês", sempre em busca de bons argumentos que sustentem o fraco desempenho de OITO seleções. 

BRASIL 0X0 PARAGUAI

Já fui de criticar bastante, de realmente me comportar como hater. No entanto, de um tempo para cá venho observando as coisas boas. Cotejo em que os comandados de Tite buscaram espaços, porém sem velocidade e objetividade. Só na segunda etapa, após a expulsão de Balbuena, a seleção brasileira se apresentou um pouco melhor. Incrível como a Canarinho costuma encontrar dificuldades contra times mais organizados defensivamente. Classificação às semis nos pênaltis. 


ARGENTINA 2X0 VENEZUELA

Grata reveleção, a Venezuela parece ter sentido o peso da partrida. Time que costuma tratar e tocar muito bem a bola, pouco produziu na frente. 

Os argentinos, que por sua vez estão jogando mal o torneio, conseguiram uma partida ao menos sem sustos. Foyth - zagueiro improvisado na lateral direita - foi bem; Messi pouco apareceu; Lautaro foi o ponto de exceção na frente; Paredes, novamente, gigante. Vitória merecida. 


COLÔMBIA 0X0 CHILE

Que partida repleta de alternativas! O placar não saiu do zero, contudo deu gosto de ver as duas seleções jogando abertas, buscando espaços, finalizando, dando ao público um bom espetáculo. Os colombianos, como de costume, parece que não conseguem engrenar no momento decisivo. O Chile, atual bicampeão, confirma que não se pode deixá-lo de fora da lista dos favoritos. Gostei bastante de: Aranguiz, James (posicionamento).


URUGUAI 0X0 PERU

Um dos jogos mais chatos que assisti nos últimos anos. Não consigo tirar nada de proveitoso. Ok, cada equipe desenvolve sua ideia/concepção de futebol, e que nela se firme. Porém não sou obrigado a gostar. Uruguai decepcionante, Peru montado e moldado para se defender. 







segunda-feira, 24 de junho de 2019

A pobreza de ideias da Seleção Argentina

FOTO: AFP




A seleção argentina, enfim, venceu sua primeira partida na Copa América 2019. Diante de uma boa e bem postada seleção do Catar, os hermanos fizeram 2x0 e asseguraram vaga às quartas de final, quando irão enfrentar a Venezuela. O que citei anteriormente parece algo rotineiro, moldado apenas no modo “ok”, como se os problemas não existissem. Ledo engano.

Digo que a albiceleste começou a sofrer em 2007, momento este em que a AFA “aproveitou” a derrota diante do Brasil para “modificar” tudo, jogar o planejamento de José Pékerman no lixo. De lá para cá, leia-se na era Messi, são OITO treinadores. Não há individualismo que dê jeito, pois o aspecto coletivo inexiste. Para não ser tão injusto e carrancudo, diria que Sabella e Tata Martino ao menos deram padrão tático e coletivo. Não á toa chegaram em três finais: Copa (2014), Copa América (2015 e 2016). E aqui não mensuro apenas resultado, já que o principal questionamento é o desempenho.

O pós-Martino é sofrível - mesmo com Sampaoli tendo assumido e fracassado diante de um cenário catastrófico. Fiz esse “looping” todo como forma de corroborar que, se a seleção sofre hoje, muito se deve ao fator da total bagunça que é a sua Federação. Para se ter uma ideia de como as gerações foram sendo desperdiçadas, citarei os nomes dos treinadores que por lá passaram, desde 2006: A. Basile, D. Maradona, S. Batista, A. Sabella, G. Martino, Edgardo Bauza, J. Sampaoli e L. Scaloni.

Não há sequência de ideias, de trabalho, de conjunto, de formação e formatação de um TIME. Sim, porque não adianta ter bons valores individuais se falta o principal: coletivo. Voltando a falar em Copa América, é perceptível o quão perdido Scaloni se encontra. O jovem treinador não possui convicção (modifica sempre a equipe); existe uma pobreza horrorosa de ideias na saída de jogo; o sistema de criação é infrutífero; equipe totalmente espaçada, e os jogadores não conseguem atuar se aproximando. Pode-se esperar alguma surpresa no mata-mata? Sim. O comando técnico deve ser mantido após o torneio? Não!

Apesar da bagunça que foi com Maradona em 2010, o time ao menos correspondeu – dentro dos limites lógicos da sensatez – através do individualismo dos principais jogadores, à época jovens. Hoje, com os pilares já na casa dos 30 anos, a bola parece queimar nos pés dos jovens/coadjuvantes Lo Celso, Acuna, Pereyra, Tagliafico, Saravia etc. E olha que alguns dos citados são bons jogadores, fizeram boas temporadas em seus clubes. O elenco passa muito longe de ser fraco e limitado. O problema é estrutural.

Não adianta ter Lionel Messi sem o entorno que o gerencie e qualifique em circunstâncias coletivas. Esperar que o camisa 10 necessite sempre driblar dois ou três para tirar a seleção do buraco é insanidade. Já adianto que Otamendi, por mais esforçado que seja, é bastante limitado; apesar da boa temporada, Lo Celso está jogando fora de posição; Aguero é letal e matador no City, só que lá é muito bem municiado pelos meias e pontas, e Messi, apesar de carregar o barça nas costas, ainda consegue produzir muito no clube catalão. Falta um propósito, um sentido, UM TIME.