quarta-feira, 31 de julho de 2013

PSG - dinheiro na mão é vendaval

Por: Ione Freitas



  • O que você faria com 104 milhões de reais? Acredito que mudaria a vida de muita gente. Mas para Nasser Al-Khelaifi, esse dinheiro é o que vale o jogador brasileiro Marquinhos. Revelado pelo Corinthians, o zagueiro de apenas 19 anos foi vendido pela Roma para o PSG por 35 milhões de eurso. Com o valor altíssimo pago pelo clube francês, Marquinhos se torna o quarto zagueiro mais caro da história, perdendo apenas para: Ferdinand, que custou 46 milhões de euros aos cofres do Manchester United; Thiago Silva, vendido pelo Milan para o próprio PSG. ano passado, por 42 milhões de euros; Thuram, que por 41,5 milhões de euros trocou o Parma pela Juventus, em 2002.
  • O investimento milionário do Paris Saint-Germain começou na temporada anterior, e mesmo com dificuldades, já trouxe resultados com a conquista da Ligue 1. Agora o sonho dos parisienses é conquistar a Champions, e não importa a valor a ser gasto para que se alcance o objetivo. Prova disso é que mesmo com ótimos atacantes no elenco, o clube contratou mais um. Desejado por diversos clubes, o uruguaio Cavani foi contratado pela bagatela de 64 milhões de euros (R$ 190 milhões). Isso sem falarmos dos milhões já gastos com Thiago Silva, como citei acima, Ibrahimović, o argentino Lavezzi e os 110 milhões investidos em Lucas, que era do São Paulo.

    Dinheiro realmente está longe de ser problema. Agora é aguardar a temporada, afinal o time tem peças novas e, terá novo comandante: trata-se do ex-treinador da seleção francesa, Laurent Blanc.
    Após vários anos de declínio, o russo Dmitry Rybolovlev tornou-se o acionista maioritário do Mônaco. E com situação financeira em melhores condições, um dos clubes mais vitoriosos da França está de volta a Ligue 1. Para fazer bonito, o bilionário russo vem investindo pesado: foram 70 milhões de euros pagos ao Porto por James Rodríguez e João Moutinho, e mais 60 milhões de euros (R$ 165 milhões), por Falcao García. 
    São valores exorbitantes; resta saber se todo este investimento se transformará em conquistas para PSG e Mônaco. Fica uma pergunta: Com grandes jogadores no futebol francês, será que ele se tornará mais popular ou os jogadores que estão indo jogar lá perderão prestígio entre os torcedores?

sábado, 27 de julho de 2013

Dupla de peso chega ao Internacional


Se o Internacional (RS) já era um dos candidatos ao título do Campeonato Brasileiro, por possuir um elenco de muita qualidade, agora a coisa foi intensificada. O clube gaúcho anunciou as contratações de Ignacio Scocco e Alex.

O atacante argentino ganhou muita visibilidade ao atuar pelo Newell's Old Boys, da Argentina. Atacante letal, com muita mobilidade e habilidoso. Foi o vice-artilheiro da Libertadores 2013. Scocco chega para suprir a necessidade de um atacante que saiba sair da área, sem prejudicar seu rendimento. Se Leandro Damião permanecer no colorado, a briga vai ser boa. 

Gols na temporada 2012/2013: http://www.youtube.com/watch?v=crP84OUXZAs

Atacante virtuoso e matador. O Inter só tem a ganhar. O Dunga terá muita dor de cabeça.

ALEX

Velho conhecido da torcida colorada, Alex retorna ao clube quatro anos depois de ter se transferido para o Spartak de Moscou. O atleta, lateral-esquerdo no início da carreira, pode atuar pelos lados ou até mesmo como organizador. Mas a briga com D'Alessandro, Forlán e Jorge Henrique vai ser muito boa. Um especialista em cobranças de falta.

Com uma vasta história no clube, onde conquistou 8 títulos, Alex chega para reencontrar o caminho do seu bom futebol. A titularidade não é garantida. Mas, para quem almeja ser campeão brasileiro após 34 anos, o Internacional está montando um ótimo plantel. 

Títulos de Alex pelo Inter:


GOLS /JOGADAS



Será que o técnico Dunga vai saber lidar com tantas estrelas no elenco? Pulso firme ele tem. O que não podemos discutir é a qualidade técnica e tática que os dois jogadores irão introduzir no Inter. 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Os donos da camisa 11 do Barça no século XXI


A nova sensação do Barcelona é Neymar Jr. O jogador, cria das categorias de base do Santos, chegou fazendo barulho pelos lados do Camp Nou. Com a chegada do craque brasileiro e a aposta em um novo ídolo, ficou a pergunta no ar: qual camisa Neymar vestirá?

A priori, o atacante foi apresentado sem ostentar número algum nas costas. Mas, com as saídas de Thiago e Villa, as chances foram surgindo. As opções seriam a 7 ou a 11. Como muitos sabem, o jóia blaugrana tem um carinho especial pela 11, que um dia foi de Rivaldo. Nem deu tempo para que as especulações esquentassem e, como quem estava predestinado a realizar um sonho, Neymar optou pela 11. Com a escolha, ele será o 7º jogador a utilizar esta camisa no século 21. Vejam os outros atletas que atuaram com este número.

MARC OVERMARS (2001-2004)

Holandês de raro talento e bastante velocidade. Ao contrário do sucesso alcançado no Arsenal e Ajax, quando venceu inúmeros campeonatos, Overmars não conquistou nenhum título pelo Barcelona. Fez apenas 19 gols em 99 partidas. 

MAXI LÓPEZ (2004-2006)

Atacante que surgiu muito bem no River Plate. Chamou a atenção do barça e foi contratado em 2004, com todas as pompas de fazedor de gols. Apesar dos quatro títulos, nunca foi sombra do jogador que marcou história no time argentino. Um fiasco dos grandes. Fez apenas 2 gols em 2 anos como atleta do clube.

GIANLUCA ZAMBROTTA (2006-2008)

Foi contratado após de ter sido campeão mundial com a Itália, em 2006. Versátil, Zambrotta jogou nas duas laterais. Títulos? Só a supercopa da Espanha, em 2006. Fez o seu papel e não comprometeu. Foram 3 gols anotados.

BOJAN KRKIC (2008-2010)

Talento raro nas categorias de base, foi apontado como a nova promessa do clube. As apostas na dupla Bojan e Messi foram imensas. Começou bem e fez parte do super time de Pep Guardiola, que venceu tudo em 2009. Mas, com seguidas lesões e instabilidade técnica, acabou não rendendo o esperado. Foram 10 títulos e 41 gols anotados.

JEFFRÉN SUÁREZ (2010-2011)

Chegou ao Barcelona com apenas 16 anos. Foi preparado em La Masia para que pudesse brilhar no time principal. No entanto, nunca se firmou como titular. Seu grande momento foi o gol anotado nos 5x0 diante do Real Madrid, em 2010. Apesar dos 11 títulos, Jeffrén passou a maior parte deles comemorando lá, no banco de reservas. Os míseros 3 gols comprovam seu pífio desempenho. 

THIAGO ALCÂNTARA (2011-2013)

Talento raro e habilidade tremenda. Filho de Mazinho, campeão do mundo pelo brasil em 1994, Thiago estava sendo preparado para ser o sucessor de Xavi. Mesmo que enfeitasse algumas jogadas, era perceptível o talento monstruoso que ele tinha/tem. Porém, preferiu sair do clube justamente no momento em que teria maiores chances. Com 10 títulos e 11 gols pelo clube, vai deixar saudades.

Será que Neymar vai finalmente "vingar" e quebrar a "maldição" da camisa 11 no século 21? 


domingo, 7 de julho de 2013

Murray vence Djokovic e quebra tabu em Wimbledon


tênis andy murray wimbledon (Foto: Agência Reuters)
 (Foto: Reuters)

 A espera teve fim. Após longos 77 anos, um britânico voltou a vencer Wimbledon. Após sucessivas derrotas bastante dolorosas, Andy Murray sagrou-se campeão no All England Club. O escocês venceu o sérvio Novak Djokovic por 3 sets a 0 e, dessa maneira, faturou seu 2º título de Grand Slam. Em 2012 Murray já havia sido campeão do US Open, quando também venceu o sérvio na final.

Para quem acompanha de perto, foi emocionante. Não havia como não sentir "pena" do Murray ao longo de todos esses anos. Derrotas para Djokovic no Australia Open (3x); para Federer no US Open, Australia Open e, principalmente, em Wimbledon (2012). O peso que ele tirou das costas é incomensurável. Sempre batendo na trave, chegando nas fases agudas e sofrendo derrotas complicadas nos últimos 5 anos. Ano passado, ao perder a final, não se conteve e caiu no choro, sensibilizando a todos que estavam na plateia.

2013

Ao ter a sua chave "facilitada" com as derrotas de Federer e Nadal, ainda nas fases iniciais, a responsabilidade aumentou ainda mais. Para mim, a vitória marcante aconteceu nas quartas de final, contra o espanhol Fernando Verdasco. Após estar perdendo por 2 sets a zero, e ser conhecido como um tenista emocionalmente instável, Andy colocou a cabeça no lugar, jogou de forma perfeita no fundo de quadra, chamou o espanhol a rede e venceu a partida, de virada, por 3 sets a 2.

Moleza a seguir? Que nada! Teve que enfrentar o garoto revelação da Polônia: Jerzy Janowicz. Perdeu o primeiro set, após sucessivos erros ao tentar subir até a rede. Voltou mais focado, trocando bolas e aplicando "passadas" sensacionais. No 3º set, após estar perdendo por 4/1, respirou fundo, fez a leitura perfeita da partida e só passou a responsabilidade para o jovem que estava do outro lado. Fez 3 sets a 1 e garantiu vaga na final.

Amarelão? Bipolar? Vai sentir a pressão? Que nada! Murray acabou com esse estigma ao vencer os jogos olímpicos (em londres) e o US Open (2012). Só que do outro lado estava Djokovic. O sérvio, número 1 do mundo, veio de uma batalha de 5 sets contra o argentino Juan Martin Del Potro, mas pareceu bem no aspecto fisico.

O jogo entre eles encaixa muito bem. Controle nos rallys, paciência para esperar o momento certo da definição e ótimo desempenho no fundo de quadra. O que fazer para superar o sérvio? Murray colocou o oponente para bailar de um lado para o outro e, por vezes, o chamou até a rede. Mesmo com o nervosismo que foi perceptível para ambos os lados, o britânico não se acovardou. Enquanto ele aplicava winners (bolas vencedoras), Nole dava margem para muitos erros não reforçados. Um báratro foi visto no aspecto "controle na devolução de bola"s. 

É claro que o equilíbrio seria a tônica do prenúncio já esperado. Porém, um dos fatores que mais me chamou a atenção foi o "direito de resposta" de Murray: Djokovic quebrava o seu saque e o dono da casa devolvia a quebra no game seguinte ou, no máximo, 2 games depois. Isso corrobora a ideia de que o mental dele estava perfeito.

Ao vencer o segundo set e abrir 2x0 na partida, ele inflou a torcida e partiu para cima. Começou o set final quebrando o serviço do "outro" e manteve-se estável. Sabe quando as coisas precisam acontecer? Pois é! Por mais que Djoker tentasse, não conseguiria vencer o jogo de hoje.

TENSÃO!

Momento decisivo do jogo. Murray tem 5/4 e vai sacar para o campeonato. Um turbilhão de ideias em sua mente, o público quase pulando para dentro de quadra e o sonho prestes a se tornar realidade. Eis que ele faz 40/0. Já era? Que nada! Esse jejum, teimoso que sempre foi, persistia em deixar a partida a flor da pele.  

Djoker chegou a salvar os 3 match points e teve a possibilidade da quebra. Fator importante 2: fosse anos atrás, o Andy teria entregado a paçoca. Mas a confiança dele após as conquistas em 2012 o tornaram mais cerebral. Focou em um ponto de cada vez e, FINALMENTE, fechou o jogo, o campeonato, a cisma, calou a boca da mídia e conquistou Wimbledon. Não há como contestar o Andy Murray que fez 3x0 no número 1 do mundo. Não há como não reverenciá-lo. Só resta saber se esta concentração será diária ou apenas um ato efêmero. 

6-4, 7-5 e 6-4.

Parabéns, Andy Murray!

sábado, 6 de julho de 2013

Wimbledon - Raio-x da final Murray x Djokovic




 OBS: Imagem feita pelo amigo Osmar Júnior. 


Chegou a hora da grande final em Wimbledon. Não foi nenhuma surpresa ver Novak Djokovic entre os finalistas. Além de ser o melhor tenista do momento, contou com a “sorte” ao pegar uma chave menos complicada. Murray está em sua segunda final consecutiva no torneio. De início, a chave parecia difícil. Mas Federer e Nadal deram adeus mais cedo e o caminho ficou “livre” para o britânico.

Campanha de Novak Djokovic

1ª Rodada: vs Florian Mayer (ALE) – 6/3, 7/5 e 6/4
2ª rodada: vs Bobby Reynolds (USA) – 7/6 (2), 6/3 e 6/1
3ª Rodada: vs Jeremy Chardy (FRA) – 6/3. 6/2 e 6/2
Oitavas de Final: vs Tommy Haas (ALE) – 6/1, 6/4 e 7/6 (4)
Quartas de Final: vs Tomas Berdych (CZE) – 7/6 (5), 6/4 e 6/3
Semifinais: vs Juan Martin Del Potro (ARG) – 7/5, 4/6, 7/6 (2), 6/7 (6) e 6/3

Campanha de Andy Murray

1ª Rodada: vs Benjamin Becker (ALE) – 6/4, 6/3 e 5/2
2ª Rodada: vs Yen-Hsun Lu (TPE) – 6/3, 6/3 e 7/5
3ª Rodada: vs Tommy Robredo (ESP) – 6/2, 6/4 e 7/5
Oitavas de Final: vs Mikhail Youzhny (RUS) – 6/4, 7/6 (5) e 6/1
Quartas de Final: vs Fernando Verdasco (ESP) – 4/6, 3/6, 6/1, 6/4 e 7/5
Semifinais: vs Jerzy Janowicz (POL) – 6/7 (2), 6/4, 6/4 e 6/3

Melhor Ranking e Resultados em Grand Slam:

DJOKOVIC
Ranking: número 1
Australia Open: Campeão (2008, 2011, 2012 e 2013); Roland Garros: Final (2012); Wimbledon: Campeão (2011) e US Open: Campeão (2011).

MURRAY
Ranking: número 2
Australia Open: Final (2010, 2011 e 2013); Roland Garros: Semifinal (2011); Wimbledon: Final (2012 e 2013) e US Open: Campeão (2012).

Duelos em finais de Grand Slam: 




O sérvio levou a melhor no Australia Open e o britânico teve melhor sorte no US Open.

CONFRONTO DIRETO:

Vantagem para Djokovic: 11x7. Veja, na foto abaixo, as 10 últimas partidas entre os dois.
(Foto: site da atp)

PONTOS FORTES E FRACOS:

Djokovic – Número 1 do mundo, vem atuando em alto nível (físico e mental) desde o fim de 2010. Após entender as causas das suas derrotas para os grandes jogadores, começou a identificar e aperfeiçoar seus golpes falhos. Dieta rigorosa, visitas ao santuário budista (para recarregar as baterias após longas batalhas), alto nível de concentração, e possui todos os golpes de um autêntico campeão. O peso de vencer Wimbledon, mais uma vez, não será sentido. O que incomoda o sérvio é enfrentar um tenista que não tenha medo de atacá-lo e jogá-lo de um lado para o outro. Del Potro fez isso e quase levou a melhor. No entanto, esse sérvio (gente boa) tem uma leitura de jogo incrível.

Murray – Vem sempre beliscando as conquistas em Wimbledon, mas bate na trave. Jogador com muitas variações em seus golpes, técnica refinada e contragolpes mortais em velocidade. Murray aprendeu a equilibrar a sua força mental após vencer os jogos olímpicos (2012) e o US Open (2012). Seu consistente jogo no fundo de quadra lhe permite aplicar vários winners. O grande “porém” encontra-se na pressão da mídia britânica: quando vence, é britânico. Quando perde, é escocês. Outro entrave é a questão de entrar desconcentrado no 1º set das grandes decisões. Seu jogo encaixa contra Djokovic.

Que seja uma grande final. Os dois ainda não se enfrentaram em Wimbledon. Na verdade, sim. Mas foi em partida válida pelas Olimpíadas. Que grande final.

Com certeza será uma final digna do templo sagrado que é Wimbledon.