segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Alexis Mac Allister é justamente o que falta ao Palmeiras


Natural de Santa Rosa, 18 anos, meio-campista, excepcionalmente técnico e inteligente. As credenciais de Alexis Mac Allister são as melhores possíveis ao Palmeiras, especialmente dentro da carência apresentada até agora. Sim, vale cada centavo. 

Goste ou não, existe algo muito bem definido pela diretoria: não há tanto espaço para apostas. Infelizmente, ao não olhar enfaticamente para o mercado, perde-se em rendimento técnico e em rentabilidade futura. O 2017 será em branco, olhando os títulos do Corinthians, assimilando o crescimento administrativo e econômico do Flamengo. 

No campo e bola apresentado até aqui, só Bruno Henrique é imprescindível. Contratar Alexis daria algo que o time ainda não tem: o pensador. Boa aceleração, interessante recuperador de passes, rápido, objetivo, drible curto, visão de jogo acima de qualquer atleta palmeirense. Claro, tem o fator indiscutível da pouca idade, rendendo a desconfiança de todos; bem como a percepção de ser "desconhecido" da grande maioria. Contudo, pelo que vem jogando sob a tutela de Heinze, qualquer incerteza seria rapidamente esquecida.

Por que o medo em analisar e bancar o talento tão perceptível? Mediante crise argentina, seria praticamente barganha o valor de 5 milhões de euros. Não dá para vislumbrar algo de bom em Tchê Tchê, Arouca, Jean, T. Santos etc. E lá se vai outra grande oportunidade. 

Federer vence Delpo e conquista (mais uma vez) Basel



O suiço Roger Federer voltou a dar alegrias aos que tanto amam o tênis bem jogado. Na tarde de ontem (29), pelo Masters 500 de Basel, faturou seu 8º título em casa ao vencer o argentino Juan Martin Del Potro.

Analisando apenas 2017, pode-se dizer que se trata de algo suntuoso. Após seis meses de tratamento intensivo entre julho de 2016 e janeiro deste ano, recuperando-se de uma lesão, calou os céticos e já levantou sete troféus.  Para um “senhor de 36 anos”, é surreal. Ponderar apenas os resultados através das conquistas seria muito leviano. É preciso enxergar o tênis de alto nível que ele vem jogando, melhorias em alguns aspectos outrora falhos, mas sobretudo seu ímpeto/desejo de seguir jogando com alegria e competitividade.
Ontem, ao enfrentar seu algoz no US Open, Roger exibiu recursos, leque incansável de jogadas, sangue frio para virar o jogo. Não me canso de manifestar meu total lado “fanboy”, desde 2001. O esporte ainda precisa do suíço.

Após o título em Basel, Federer anunciou que não participará do Masters 1000 de Paris. Sendo assim, fica evidente que o número 2 do mundo está se preparando para o ATP Finals, que será realizado em algumas semanas. Particularmente, penso que ele fez bem. Seria exaustivo e cansativo tentar ser número 1 do mundo, principalmente com a boa vantagem que Rafael Nadal abriu. Pesou o aspecto físico. 

sábado, 21 de outubro de 2017

Pouco futebol, três pontos na conta



Um dos piores jogos do Barcelona nos últimos dez anos. Descrevo assim o cotejo de hoje, ante o Málaga. Apesar da vitória por 2x0, deixando a equipe culé mais líder do que nunca, foi uma partida sem sal, dispersa e sonolenta - sobretudo na primeira etapa.

Sim, é fato que o time vem de uma maratona, inclusive atuando na última quarta-feira pela Champions League. No entanto, não há desculpas a serem dadas para o pouco dinamismo durante os 90 minutos. Tudo começou aos 2 minutos, com um gol irregular; passou pela não-inspiração de todos, e o único ponto positivo encontra-se na quebra do jejum de gols, em La Liga, que assombrava Iniesta. Foram quase dois anos sem balançar as redes. 

Fica cada vez mais evidente que Valverde terá de contratar em janeiro. As necessidades táticas e técnicas estão batendo na porta. Messi ainda não foi poupado na atual temporada. Isso pode pesar na reta final. 

No mais, liderança isolada de La Liga. 




quarta-feira, 18 de outubro de 2017



Em partida realizada hoje, no Camp Nou, o barça venceu o Olympiacos em dia de Champions League. Sob controle desde o início, os blaugranas ditaram o ritmo do jogo e venceram por 3x1. Com a boa vitória, a equipe catalã manteve a liderança isolada do grupo, agora três pontos à frente da Juventus. 

Novidade da partida, Deulofeu foi o principal jogador no 1º tempo. Ousado, dando amplitude, fazendo tabelinhas com Sergi Roberto, chutando etc. A jogada do primeiro gol saiu exatamente pelo lado direito. Após cruzamento do atacante supracitado, o zagueiro da equipe grega jogou contra o próprio patrimônio. A primeira etapa só não foi perfeita porque Piqué foi expulso após tentar ludibriar a arbitragem com um gol de mão. No mais, domínio absoluto. 

Olympiacos com um a mais. Pressão grega? Não! Parecia que o Barcelona ainda jogava com onze. Messi apareceu em momentos importantes; Paulinho apareceu várias vezes na área - só não fez gol no primeiro tempo porque a bola acertou caprichosamente o travessão; Suárez ainda não reencontrou seu bom jogo etc. A etapa derradeira mostrou um barça consciente e letal, que soube administrar os nervos do cotejo. Messi e Digne aumentaram o placar, e já no fim os visitantes diminuíram o placar. 

Algo preocupante: Messi parecia estar se poupando. Levando em consideração que o argentino jogou TODOS OS MINUTOS da atual temporada, é preciso reavaliar tal situação, pois nem sempre estará em dia inspirado - como hoje. 

Melhores momentos: https://www.youtube.com/watch?v=FuiGFclrEeQ

domingo, 15 de outubro de 2017

Federer "castiga" Nadal, e vence o Masters 1000 de Xangai




TEXTO DO JOSÉ NILTON DALCIM (BLOG TÊNIS BRASIL)

"Poucas vezes vi um primeiro game fazer tanta diferença num jogo de tênis. Parece que, ao lutar e perder seu serviço logo de cara nesta final de Xangai e com dois backhands magníficos do adversário, Rafael Nadal acordou os fantasmas que o atormentaram na Austrália, Indian Wells e Miami. O canhoto espanhol encheu então Roger Federer do elemento mais perigoso de seu tênis: a confiança.
É quase inacreditável que o suíço tenha jogado de forma tão agressiva, encurtado pontos, disparado forehands e backhands perigosamente próximos da linha e ainda assim tenha terminado o duelo contra o número 1 do mundo com apenas 11 erros não forçados, nove a menos que o sempre regular Nadal. Difícil ser mais perfeito do que isso dentro do estilo que adota.
E o que falar da produtividade de seu serviço? Um único 30-30 em toda a partida, sete dos nove games de saque com 40-0 ou 40-15, incluindo um ‘game real’ de quatro aces. Federer não baixou a intensidade um minuto sequer, manteve pressão absoluta, variou direções e efeitos. E, talvez ainda mais significativo, aproveitou a segunda bola para buscar winners no lado aberto, sem inventar moda. Rafa muitas vezes nem tentou se defender.
Mais veloz piso do circuito de quadras sintéticas, Xangai comprova que Federer continua soberbo nessas condições. O domínio e apuro técnico-tático lembrou muito aquela final de Cincinnnati em 2015 contra um Novak Djokovic na ponta dos cascos. E reafirma a importância de o suíço estar despreocupado com as costas para produzir um tênis altamente competitivo.
Na entrevista oficial, Nadal não quis falar sobre um possível problema no joelho. O espanhol não teve uma atuação tão ruim. Conseguiu segurar bem os games de serviço depois da quebra inicial, ainda que Federer devolvesse muitas vezes no seu pé. Ficou é verdade acuado no fundo de quadra, sem muita chance de tentar alternativas, tal a velocidade dos golpes do suíço. Em certo momento, a câmera o flagrou reclamar que estava ‘rápido demais’.
Rafa também deixou claro que as participações na Basileia e em Paris não estão garantidas, talvez como forma de se poupar para o grande sonho de vencer o Finals de Londres e cumprir a meta já declarada de terminar o ano como número 1.
A vantagem sobre Federer ainda está folgada e obrigará o suíço a fazer grandes campanhas para ao menos se aproximar e ameaçá-lo em Londres. Seria no entanto genial se 2017 terminasse com um duelo direto entre eles pela liderança do ranking".

sábado, 14 de outubro de 2017

Após sofrer no 1º tempo, barça arranca o empate diante do Atléti



Atlético de Madrid e Barcelona fizeram uma partida incrível por La Liga. O empate em 1x1 evidenciou dois tempos distintos, e foi Ernesto Valverde quem modificou o panorama da partida. 
Serei breve e objetivo. 

Tentando não perder a invencibilidade, Valverde entrou em campo com A. Gomes pelo lado direito do ataque, com o propósito de conter os avanços de F. Luis. Se em estado normal o português é completamente nulo, o que dizer ao analisarmos como ponta? Além de não dar amplitude, foi bastante infrutífero nas infiltrações e dribles. 

Os donos da casa abriram o placar após um belo chute desferido por Saul, que de fora da área não deu chances ao goleiro Stegen, Precisando empatar a partida, a equipe culé teve apenas dois pontos de lucidez na primeira etapa: Messi e Iniesta. Já falei anteriormente: para uma temporada longa, o elenco é fundamental. O argentino nem sempre estará inspirado, sobretudo em 60 partidas.

Ao perceber a besteira cometida na primeira etapa, Valverde colocou Deulofeu, para dar amplitude e gerar dribles; e com a fraca atuação de Semedo, soltou Sergi Roberto na lateral. O time melhorou bastante, teve várias oportunidade e incomodou o atléti até o fim da partida. Suárez empatou o jogo após boa jogada de Sergi Roberto. Segunda etapa suntuosa. Pena que o técnico não ter percebido isso antes do jogo. 

O empate manteve o barça na ponta da tabela. 

domingo, 1 de outubro de 2017

Sob o caos do referendo catalão, barça vence mais uma



Os dias na Catalunha continuam intensos. Hoje, exatamente no dia do referendo que abre votação para uma provável movimento separatista, o caos tomou conta da cidade de Barcelona. Após a negativa de Madrid, reiterando que trata-se de uma manobra inconstitucional, o CLUBE entendeu o cenário caótico e tentou suspender a partida. A liga, por sua vez, "ameaçou" adotar uma postura severa no caso da equipe não entrar em campo. Temendo perder pontos, a direção optou em jogar, porém com os portões fechados. 

Barcelona e Las Palmas foram para o jogo com o estádio vazio; alguns líderes do time - como Pique e Iniesta - com a cabeça na situação política; dentro de campo Valverde alterou o esquema de jogo e através disso o barça pouco produziu na primeira etapa. Esse 4-2-3-1, sem ideias ou base de jogo, e com Busquets e Paulinho na construção, não rendeu o esperado. Além disso, Vidal, o suposto ponta, não gerou amplitude e tampouco conseguiu atuar por dentro. Messi, por sua vez, parecia apático. Os visitantes esboçaram ir para cima, sobretudo ao encontrar um Barcelona "sem sal" e com resquícios dos problemas fora do Camp Nou. 

Tendo que vencer para manter a boa vantagem na tabela, o treinador não hesitou e sacou, de uma vez só, Paulinho e Vidal. Rakitic e Iniesta juntaram-se a Busquets, formando a trinca e dando um propósito ao estilo de jogo que tanto conhecemos. Não demorou para que tudo voltasse ao normal, com os culés abrindo o placar com Busquets, que acertou um belo cabeceio. Atrás no placar, os canários ousaram nos contra-ataques, tentaram jogar nas costas de Jordi Alba. Sendo assim, deixaram mais espaços para as triangulações entre Iniesta, Messi e Suárez. 


Foi exatamente através das zonas vazias que Denis Suarez encontrou que Messi, que não perdoou e fez 2x0, ainda driblando o goleiro. Partida controlada. Apenas Luisito Suárez ainda demonstra estar incomodado com as péssimas atuações. Isso não impediu que o camisa 9 encontrasse Messi entre os zagueiros, apenas aproveitando a boa assistência do uruguaio e fazendo 3x0. 

No dia em que o mundo noticiou a intenção de um povo, o Barcelona se reencontrou na segunda etapa e venceu seu sétimo jogo, manteve os 100% e segue como líder do campeonato espanhol.