sábado, 26 de agosto de 2017

Barça vence Alavés e segue 100%

Foto: globoesporte

O Barcelona venceu o Alavés, fora de casa, e deu um passo importante para seguir reconstruindo seu jogo. Jogo sempre sob controle, com pontos positivos e negativos a serem analisados pelo técnico Ernesto Valverde. Messi decidiu (mais uma vez), e com o triunfo por 2x0, a equipe catalã garantiu os 100% de aproveitamento em La Liga. 

Time que entrou em campo: Stegen; Sergi Roberto, Pique, Umtiti e Alba; Busquets, Rakitic e Iniesta; Deulofeu, Vidal e Messi.

Valverde optou por Aleix e Sergi Roberto pelos lados, dando amplitude ao time que pouco produziu pela direita em 2016/2017. Dito isso, a proposta inicial foi a de pressionar ao extremo o Alavés em seu campo defensivo – sobretudo pela implacável marcação alta nos 25 minutos iniciais. Em contrapartida, deu espaços para os contragolpes do adversário.

As manifestações coletivas ficaram evidenciadas através do jogo pelo meio: Busquets, Rakitic, Iniesta e Messi – que flutuava como falso 9, às costas dos volantes, de frente para os defensores. Foi assim que o camisa 10 produziu alguns chutes ao gol. Com o oponente fechado, o barça optou algumas vezes pelos lados do campo, especialmente com Deulofeu, criando três oportunidades claríssimas. No entanto, após os 28 minutos, e já sem o mesmo ímpeto de antes, a equipe da casa aproveitou-se e foi para cima dos culés – principalmente pelo lado direito, em que Vidal e Sergi demoravam no retorno à zaga.

Muitos passes, dinâmica, dono da posse de bola, aproximação. Mas faltou aos visitantes o drible que pudesse quebrar linhas. Tirando Messi e Deulofeu, poucos jogadores produziram tal condicionante. Eis que aos 38 minutos, após cobrança de falta, Pique é puxado por R. Ely. Pênalti para o barça. Messi bateu certinho, mas o goleiro pegou de maneira brilhante. Primeira etapa marcada pelo sufoco do Barcelona em 28 minutos, contra-ataques velozes do Alavés, poucas finalizações perigosas.

O segundo tempo começou com os culés especulando, com a posse, mas sem aquela pressão alta. O Alavés, por sua vez, montou o 4-4-2 defensivo, à espera de contra-ataques. Aos 10 minutos, após boa trama entre Iniesta e Alba, a bola foi rolada para trás, e encontrou Messi livre, que apenas ajeitou e chutou para o fundo do gol. Com o placar aberto, Valverde tirou Vidal e colocou Alcácer – que adentrou pelo extremo esquerdo, com Deulofeu pela direita. Tática correta, que consiste na marcação firme, rápida retomada da bola, ocupação de espaços.

Das grandes virtudes do jogo pelo meio, a infiltração é a que causa mais problemas ao adversário. Porém, não foi a tônica da equipe catalã. Mesmo com o revés, os mandantes resolveram esperar pelos contra-ataques, mas, quando ousaram atacar, perderam a bola pelo lado direito. Alcácer recuperou a bola, mas errou o passe letal para Lionel. Como quem retribui favor, o zagueiro Alexis devolveu a bola, que sobrou para Messi, e o mesmo não perdoou e fez 2x0. Não foi um gol trabalhado, tampouco construído. Contudo, não se pode vacilar contra equipes grandes – por mais que não estejam bem, são letais. Falta infiltração. Denis entra no lugar de Deulofeu, e como num passe de mágica, dá maior poder de armação pelos lados. O time se solta, e Messi, atormentado pelos chutes no travessão na partida anterior, o acerta novamente. Restando cinco minutos para o término da partida, Paulinho entra para fazer sua estreia. Partida decidida e controlada desde sempre.

Foto: ESPN


Ernesto Valverde acertou na formatação das ideias e das peças em campo. Precisando reestabelecer vários aspectos táticos, o Barça venceu e jogou bem fora de casa. Várias finalizações e lições para o decorrer da temporada. 

domingo, 20 de agosto de 2017

Dimitrov vence Kyrgios em Cincy e fatura seu primeiro Masters

Imagem: globoesporte

O búlgaro Grigor Dimitrov venceu Nick Kyrgios em Cincinnati e conquistou, pela primeira vez, um Masters 1000. Semana iluminada, jogando muito, afastando aquela sombra de jogador que "só bate na trave". A verdade é que o ano do atleta vem sendo de total consistência e evolução. A grande ascensão encontra-se na ousadia de enfrentar e postular vitórias contra os principais jogadores do circuito. 

Grigor entrou em quadra focado, tendo em seu jogo as variações, muito spin nas bolinhas cruzadas, slices rasantes e ótimo aproveitamento no saque. Esse estilo mais baixo e de muita paciência por parte do búlgaro, fez com que o australiano acumulasse erros não-forçados. Primeiro set vencido por 6/3, com algumas ameaças em seu saque, porém muito bem administrado no lado mental.


Chamado de “baby Federer”, Dimitrov entrou na quadra central sabendo o que deveria ser feito para levar o set inicial, prova disso encontram-se nos números: foi superior em todas as trocas. Subiu pouco à rede, mas ao anular o jogo de Nick, encaminhou seu objetivo na primeira parte. Incrível como a esquerda dele, que parece lenta, acelerou bastante. Firme e regular lá atrás. Faltou agressividade ao bad boy australiano. 

O jogo transcorreu, no 2º set, do mesmo jeito: Grigor muito consistente, e Kyrgios incomodado - sobretudo com as bolas baixas que não lhe deram ritmo. Dimitrov precisou "apenas" bloquear o potente saque do oponente, jogar seu jogo e gerar imposição dentro da quadra. Quebrou o serviço de Nick no 5-5, sacando para a vitória e para seu primeiro título de Masters 1000. 

As qualidades desse cara de 26 anos de idade me faz crer que possui, sim, bola para almejar um Grand Slam. A concorrência é pesada. 

Barça começa bem em La Liga 17/18

Foto: globoesporte.com

Em partida realizada hoje, pela primeira rodada do Campeonato espanhol 2017/2018, o Barcelona venceu o Betis por 2x0. Necessitando encontrar um direcionamento após dois “chocolates” sofridos na supercopa, os comandados de Valverde não tiveram dificuldades diante de um adversário que não incomodou, que sequer ofereceram resistência. Time que entrou em campo com Stegen; Semedo, Mascherano, Umtiti e Alba; Busquets, Rakitic e S. Roberto; Alcácer, Messi e Deulofeu.

Começo de partida inseguro, tentando encaixar a engrenagem. O fluxo de jogo do 4-3-3, com Deulofeu e Alcácer pelos lados, passou pelas adaptações impostas pelo bom time do Betis. Tendo em Messi um cara no jogo entrelinhas, a equipe ganhou confiança confiança no jogo coletivo. Com o argentino voltando para trabalhar com Sergi e Rakitic, nessa linha de passes pelo Meio, Deulofeu pôde, enfim, causar problemas – sobretudo ao lado de Semedo. Esse movimento em pêndulo, de um lado para o outro, com muita paciência, deixou o adversário perdido, dando espaços aos donos da casa. Foi exatamente assim, no trabalho mais coletivo pelo lado direito do ataque, que surgiram os dois gols da equipe. No primeiro, Deulofeu tentou encontrar Lionel, mas o zagueiro tocou para o próprio gol; no segundo, de forma mais organizada, bola rolada para Sergi Roberto, que como elemento surpresa fez seu gol. Conforto ao Betis não existiu, especialmente quando o barça subiu a marcação e abafou a saída de bola do oponente.

Já na etapa derradeira, sem tantas ameaças por parte do Betis – apenas uma -, os blaugranas optaram pela cautela. Um fato positivo, que voltou a figurar na essência de jogo, foi a marcação alta e com muita pressão para retomar a bola. Messi, por sua vez, tentou, tentou, tentou...sem sucesso. Foram ao menos seis chutes – três deles nas balizas -, participação ativa na organização das jogadas, correria e dedicação. Ótima vitória!!!

Foto: ESPN BRASIL

O barça precisava desse resultado, até para recuperar seu futebol e reformar seu jogo. Olhando para os rivais, é preciso encontrar soluções – leia-se nos momentos complicados, através do banco e suas peças de reposição. Valverde tem consciência de que terá muito trabalho pela frente. 


quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Barcelona e Messi: as interfaces do brilhar e decidir


Goooool! Messi faz um, dois, três, quatro tentos no pobre Arsenal. Que atuação, meus amigos! O mundo do futebol pôde, enfim, reverenciar a genialidade máxima do camisa 10 blaugrana. Ele simplesmente brilhou e decidiu para o barça, que avançou de fase na Champions League 2009/2010. Atuação suntuosa.

Sim, esta passagem refere-se ao ano de 2010, em que Lionel Messi realmente fez coisas inimagináveis, sendo praticamente imparável. Quem vivenciou tal época, sabe exatamente do que estou falando: arrancadas, dribles, controle de bola, finalizações perfeitas, dono do jogo. No entanto, para que tudo isso acontecesse, o craque precisou do jogo coletivo e, por consequência, de companheiros gabaritados. Enquanto enfileirava adversários da ponta para dentro, muitos colegas de time o ajudaram taticamente – principalmente no jogo sem bola.

Por que estou abordando o fato ocorrido em 2010? Simples! Para adentrar nas carências do Barcelona versão 2017/2018. Messi notabilizou-se por brilhar e decidir várias partidas, especialmente aquelas em que o time mais precisou. Porém, existem nuances entre brilhar e decidir. Pode-se perfeitamente ter um companheiro que brilhe de maneira ativa, mas no fim, quem decide é "O CARA". Neste caso, o argentino. Exemplo? Para que Villa decidisse nos 5x0 contra o Real Madrid, em 2010, o camisa 10 teve que brilhar intensamente. Enquanto Iniesta e Xavi cintilaram nos 6x2 de 2009, Messi e Henry foram letais e decisivos. Sendo assim - abordando apenas La Pulga -, ele teve ao seu lado jogadores que souberam ser protagonistas em diversos momentos. Voltando ao presente, fica cada vez mais complicado, na atual conjuntura do barça, encontrar parceiros que sejam tão fulgurantes.


Peço perdão ao não citar Suárez. Levando para outro esporte: o Golden State Warriors era o time em que o astro maior tinha nome e sobrenome: Stephen Curry. Contudo, precisando voltar a vencer, trouxeram Kevin Durant. Se o baixinho da camisa 30 brilhou intensamente durante a temporada, foi Kevin quem decidiu as finais. Enquanto isso, Thompson e Green davam conta da marcação, chutes em momentos complicados; Iguodala saiu do banco para ser, por exemplo, MVP em 2015. Mas em 2017, para que o time funcionasse no módulo coletivo, Durant teve que ser “apenas” decisivo, com o alívio em saber que seus companheiros seriam capazes de brilhar. Divisão de responsabilidades.


A saída de Neymar quebrou esse lado menos errático e mais insinuante daquele ataque letal. Se o coletivo já dava sinais de fraqueza desde 2015/2016, pelo lado da esfera imponente dos definidores (leia-se trio MSN), os números individuais foram impressionantes. Com a saída do brasileiro ao PSG, os culés entenderam que o momento é o de se reforçar e, diante do cenário, encontrar variações táticas e o módulo de jogo grupal. Não se pode viver apenas da genialidade de quem está com a 10 às costas durante 60 partidas. 

Corroboro meus pensamentos com o que foi feito no Real Madrid, grande rival do Barcelona. Se até anos atrás os "Blancos" visavam o “glamour”, a identidade foi remodelada em 2013. Não que tenha sido o tipo de projeto premeditado, tampouco analisado nos mínimos detalhes. Cristiano Ronaldo – principal concorrente de Messi – hoje aproveita-se da maturidade, da tranquilidade ao olhar para o plantel e saber que o Madrid lhe dará garantias de conquistas. Subsequentemente, estará apto para saltar aos prêmios individuais. O gajo nem sempre brilha, pois existem vários jogadores que possuem alcunha para isso. No entanto, quando chegam as fases mais agudas das principais competições, é ele quem decide. A trinca formada por Casemiro, Modric e Kroos dá o suporte necessário para que os três da frente possam desfrutar do jogo. Isso era tão Barcelona, né?  


Lionel Messi é surreal, produz o inimaginável, ousa nos ludibriar com jogadas que sequer pensávamos. Contudo, em um time sem identidade, que há dois anos não passa das quartas de finais da Champions, fica complicado pensar em conquistas. No atual cenário, tendo apenas Suárez como um cara que pode realmente desequilibrar, quais as reais perspectivas para o barça de Ernesto Valverde? É preciso contratar (Coutinho, Dembélé, por exemplo) e fortalecer o conjunto. Ah, não posso esquecer que é necessário reforçar o setor do meio de campo. De nada adianta comerciar apenas atacantes, quando a construção de jogo encontra-se num deserto de ideias.


Um dos grandes diferenciais de equipes campeãs encontra-se no banco de reservas, nas reposições. O próprio Barcelona de 2009, com vários craques, precisou de suporte para que o desgaste não tomasse conta na reta final. Citarei alguns: Rafa Márquez, Sylvinho, Keita, Hleb, Gudjohnsen, Bojan. À época, jogadores que fizeram profunda diferença, que não deixaram o ritmo da equipe cair - sobretudo ao falarmos de Xavi, Iniesta e Messi. O mesmo vale para o time da temporada 2010/2011, que dispôs de peças diferenciadas dentre os reservas. Sendo assim, ao traçar um paralelo com o que vem ocorrendo de 2015 para cá, nota-se uma mudança significativa no ritmo e na qualidade de jogo da equipe quando entram jogadores que nem mesmo a própria torcida confia.


Todo astro, quando bem municiado, tende a render ainda mais nas fases mais intensas. Isso vale para qualquer esporte, mas, ao abordar apenas o barça, fica a dúvida sobre como Messi irá "carregar", por ora, uma equipe sem identidade, padrão e jogadores que desequilibrem. Para agravar a situação, Suárez ficará de molho por algumas semanas, e o que antes era um trio, tornou-se dupla, mas que agora terá de esperar um monólogo. Enquanto rivais se fortalecem cada vez mais, os blaugranas estão céticos quanto ao time. Claro, ainda há possibilidade de contratações. Mas enquanto isso não ocorre, as esperanças, mais do que nunca, estarão depositadas na messidependência. E o risco está justamente nesse aspecto, já que "estourá-lo" tão rapidamente poderá refletir em sérios impactos na segunda etapa da temporada.

Por que a insistência na formação de um elenco? Para que o clube projete o futuro. Creio que a cúpula diretiva teve essa chance no pós-triplete de 2015, mas muitas coisas foram mascaradas com as conquistas, sobretudo a necessidade de buscar alguém que pudesse exercer a função de Xavi Hernández. Com Iniesta e as sucessivas lesões, e a instabilidade de Rakitic, apostar em André Gomes e Sergi Roberto me parece arriscadíssimo. Necessita-se, sim, de um World Class que impulsione o jogo do time. Os meio-campistas precisam ser diferenciados, pois nos momentos de aperto e boa marcação aos atacantes, serão os homens da zona central que terão a oportunidade de decidir. É impossível que Messi, com seus 30 anos e precisando de repouso em alguns jogos, consiga desequilibrar domingo, quarta e domingo. O físico pagará a conta.

As interfaces entre brilhar e decidir podem levar o astro do time ao esgotamento em fevereiro/março, meses em que a temporada começa a ser decidida. Sem a fartura de jogadores que consigam dividir as nuances do desequilíbrio, como acreditar no barça superando bons sistemas defensivos, se o coletivo deixou de existir? Solucionar tal problema ajudaria, e muito, o jogo do argentino. Indo além, daria aos culés poder de fogo para utilizar peças de reposição (confiáveis) durante a longa temporada. Que fase!!!

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Em novo show coletivo, Madrid vence o barça e fatura a supercopa



O real Madrid conquistou nesta quarta-feira (16) a supercopa da Espanha. O triunfo por 2x0 diante de seu maior rival rendeu a 10ª conquista do torneio aos merengues. Vitória categórico, sem deixar dúvidas sobre quem é o melhor time do mundo na atualidade.

Desfalcado de Cristiano Ronaldo (suspenso), Zidane "sentou" na vantagem e pensou na temporada. Sendo assim, preservou Isco, Bale e Casemiro (entrou no decorrer da partida). Apesar da ausência de grandes nomes, os Blancos não sentiram o peso de jogar o maior clássico. Asensio e Vázquez foram fundamentais. Por quê? Pelo simples fato de ter um conjunto sem igual, de possuir um jogo coletivo de dar inveja, de possuir peças de reposição que conseguem manter o nível de jogo da equipe. Foi assim, na base da coletividade, que não deram chances ao Barcelona - que vive momento conturbado. 

Com o retorno de Modric, Zidane deixou Kovacic com a incumbência de vigiar Messi. O meio de campo é a alma do Madrid de Zizou, que encontra-se em plenitude tática. Domínio absoluto através de cinco atletas ocupando a zona central do campo, com os extremos flutuando bastante, e tendo em Benzema o cara que incomodou Pique e Umtiti. Já pelo lado Culé, desorganização. Incrível como transformou-se em um time sem variações, jogadas, que praticamente depende do brilhantismo de Lionel Messi. Foi, se muito esforço, que os donos da casa logo abriram 2x0, dando a impressão de que dali sairiam com uma goleada. O barça, por sua vez, em momentos esporádicos, teve lá suas chances, mas que não foram aproveitadas.

O estágio, hoje, é o de um Real Madrid totalmente arrumado, agrupado, sabedor do que deve ser feito dentro de campo. Pelo lado blaugrana, incertezas quantas aos possíveis reforços, queixas públicas de um diretor que disparou contra Pique, um time que ainda não apresenta um esquema tático...um plano de jogo. 

O Madrid vem forte para consolidar seu domínio. Quanto ao barça, apenas interrogações. 


domingo, 13 de agosto de 2017

Zverev vence Federer, e o US Open agradece



O alemão Alexander Zverev venceu Roger Federer na final do Masters 1000 de Montreal. Provando estar em boa fase, o menino de 20 anos não deu chances ao suiço, vencendo a partida por 2 sets a 0.

Jogador de raro talento, Zverev tenta entrar de vez para o "hall" dos favoritos ao título de um Grand Slam. Sempre repleto de expectativas, acabou desapontando em 2017. No entanto, mediante o jogo sólido dos últimos meses, credencia-se a postulante no US Open. Manter a regularidade deve ser o principal aspecto para mostrar aos gigantes que não figura no top 10 à toa.

Particularmente, gosto de Thiem e de Alexander. Com as ausências de Djoko e Wawrinka, e com a incerteza de Andy Murray, o alemão chega com boas expectativas. Fiquemos de olho. Foi o quinto do menino em 2017. Será que vem mais por aí?


Valverde? Preparem o coração, as críticas...



Em jogo válido pela supercopa da Espanha, no Camp Nou, o Real Madrid venceu o barça por 3x1, abrindo boa vantagem para a partida da volta. Com o ótimo resultado obtido em território inimigo, os blancos podem até perder por 2x0, no Barnabeu, que assim assim levarão o título.

Foi apenas a primeira partida de Ernesto pelo Barcelona, então não há como desenvolver tantas manifestações contrárias – sobretudo para quem acabou de perder um dos principais jogadores do elenco. Seria oportunismo.

O supracitado não fere o DNA blaugrana, tampouco trata-se de um desconhecido que aterrissou sem nunca antes ter bebido da fonte Cruyyfista. No entanto, para quem o acompanhou no Espanyol, sabe que suas ideias são próprias e diretas, sem o meio-termo de tantos outros que passaram pelo clube. Se com Lucho o barça foi mais direto e letal no 433, com Valverde – ainda mais sem Neymar – a história será baseada em linhas de quatro, especialmente preservando Suárez e Messi.

Tenho em mente que veremos em breve uma equipe no 442 (modo defensivo), tendo estocadas com laterais opostos: por dentro e por fora. Vale ressaltar que essas ideias dos laterais ele utilizou na Espanha e Grécia, com elencos diferentes, é bem verdade, porém sempre convicto de que daria certo. Por mais que Semedo possua atributos defensivos superiores aos do canterano Sergi Roberto, é o segundo quem inicia a corrida com alguns metros de vantagem.

Meio de campo? Gosta do controle, da troca de passes. Teve tempo para adaptar este aspecto na Grécia. Já no Bilbao, vide peças e características do elenco, formatou um time mais vertical no 4231 com os pontas mais abertos. Nós, culés, não precisamos disso agora, pois a nossa filosofia grita por controle pelo meio, onde a magia realmente acontece, onde o pensamento vai além. Veremos passes mais longos, algo que faltou ao time nos duelos contra o Atléti. Esperemos.

Quem me conhece, sabe que eu teria apostado as fichas em R. Koeman. Mesmo com seu jeito louco de gerir vestiário, me agrada bastante. Outros nomes: Quique Setien (Las Palmas/Betis), Peter Bosz  (Borussia – escola cruyyfista) e Marcelino García Toral (Valência).

Menções: Erik Tem Hag (Utrecht e Ajax), Julian Nagelsmann (Hoffenheim) e Phillip Cocu (PSV).


Preparem-se para criticar e arrancar os cabelos, porque Ernesto é um cara bastante conservador, dogmático e pragmático. Talvez consiga potencializar suas ideias com o elenco que possui em mãos. Não serei do contra, apoiarei até quando puder e sempre dentro dos limites dos elogios e críticas. 


Por ora: time ainda baseado nos aspectos individuais. Não há variações, tampouco jogadores capazes de quebrar linhas. O meio, que deveria ser o suporte, ainda sofre os resquícios dos anos anteriores. É preciso reforçar, mas, acima de tudo, encontrar um padrão tático e coletivo, um sentido ideológico. Não creio que Valverde seja esse cara.


Tudo isso é apenas primeira impressão. Contudo, existem necessidades muito evidentes ao barça.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Palmeiras luta, mas é eliminado vergonhosamente da libertadores


FOTO: GLOBOESPORTE.COM

Elenco formado, desde 2015, para alçar voos mais altos, e eis que o palmeiras é eliminado VERGONHOSAMENTE da libertadores pelo Barcelona (EQU). Aqui não cabe mensurar o tamanho do adversário, mas sim o pequeno repertório da equipe paulista. 

Primeiro tempo apático, em que Roger Guedes nada produziu, sendo bastante improdutivo ao sistema tático montado pelo técnico Cuca. A equipe alviverde foi mais na base do apoio de sua torcida, no tal "clima de libertadores". É incrível, como pôde-se constatar, espaços desocupados, linhas quebradas, jogadas na base dos chutões etc. Coisas assim são inadmissíveis, sobretudo pela expectativa gerada. 

Já na segunda etapa, especialmente através da entrada de Moisés, o time soube orquestrar as melhores jogadas pelo meio, tendo um cara para pensar o jogo. Após a saída de Mina no primeiro tempo, foi a vez de Dudu abandonar o jogo na etapa derradeira. Foi no contra-ataque, com a chegada do camisa 10, que saiu o único gol da partida. Após o 1x0, com algumas jogadas esporádicas, apenas a tal "raça". Raras foram as chances criadas com discernimento, trabalhadas, com aproximação, superioridade numérica. Cruzamentos e mais cruzamentos. Não faltou vontade ao time. Mas apenas vontade não qualifica uma equipe para vencer a Libertadores. Jogo decidido nos pênaltis. 

Nas penalidades, após os chutes perdidos por Bruno Henrique e Egídio, o Palmeiras foi eliminado ainda nas oitavas de final. 

Particularmente, time sem variações de jogo. Olho para o Palmeiras e só enxergo arrancadas individuais de Dudu; alguns lampejos de genialidade de Guerra; esforço por parte de alguns meio-campistas. Se Cuca demorou a encaixar os 11 iniciais, são outros 500. Para o investimento que foi feito, visando grandes conquistas, é preciso cobrar e refletir sobre esta eliminação vexatória. 

Houve erro de planejamento, mas não se deve abortá-lo. É preciso entender o que foi feito de errado, para aí sim traçar metas que não permita cair tão precocemente na principal competição do ano. 

Resta ao Palmeiras brigar por uma vaga na Libertadores através do Campeonato Brasileiro, que por enquanto parece ser possível. 

domingo, 6 de agosto de 2017

Em jogo memorável, Brasil vence a Itália e fatura o Grand Prix



A seleção feminina de vôlei conquistou na manhã deste domingo (06) seu 12º título do Grand Prix. O triunfo veio após um épico 3x2 ante o bom time italiano. Parciais: 26/24; 17;25; 25/22; 22/25 e 15/8.

Partida tensa do início ao fim, com muitas variações e força mental por parte das brasileiras. Vale ressaltar as boas alterações feita por Zé Roberto, sobretudo quando colocou Rosamaria no lugar da jovem Drussyla. Destaque para Tandara (oposta) e Natália (ponteira), ambas anotaram mais de 20 pontos. Já pelo lado das italianas, Egonu (oposta) e C. Bosetti (atacante) foram importantes. Após o lá e cá, o Brasil impôs um ritmo insano, não dando chances às italianas no tie-break.

Foi um torneio difícil, em que as comandadas de Zé estiveram à beira da desclassificação em duas oportunidades. Particularmente, não acreditava no título. Não se trata de desprezo, especialmente após a trágica eliminação nos jogos olímpicos. Não! O que me deixou cético foi a reformulação, que geralmente visa o projeto a longo prazo. Além do mais, seleções como China, Sérvia e Estados Unidos estavam um degrau acima.

Zé Roberto é espetacular, e notemos que o time que entrou em quadra hoje pouco lembra a equipe titular que jogou no Rio 2016. Algumas perdas por aposentadoria (Sheilla, Fabiana e Jaque (?)), uma indecisa e lesionada (Thaísa), a levantadora confusa (Dani Lins), ponteira machucada (Gabi). Citei apenas seis nomes, que para um esporte coletivo pesa muito. Imagine ter de reformular aos poucos. Complicado, né? E quando acontece de uma vez só? Praticamente impossível, se você não tiver ao seu lado um técnico experiente e vencedor.

Se por um lado perdemos várias jogadoras importantes, então nos vale as boas aparições de Tandara (campeã olímpica em 2012) e Natália (campeã olímpica em 2012, que vinha se machucando). Duas meninas que já possuem a tarimba de competições internacionais, sabem como funciona o esquema contra seleções fortíssimas. O mesmo vale para Adenízia, que praticamente viveu à sombra de Fabiana e Thaísa. As atacantes citadas, especialmente, podem ser o ponto de apoio ao técnico, que necessita de tranquilidade e bom desempenho no ciclo olímpico ao qual nos encontramos.

Acostume-se com Roberta (levantadora), Bia (central), Rosamaria e Drussyla (ponteiras), Suelen e Gabi (líberos), Macris (levantadora), Carol (central) etc. O caminho é longo, mas o Mundial de 2018 está próximo. Zé Roberto sabe da árdua missão que terá pela frente, mas partindo de um comandante acostumado aos incontáveis desafios, como duvidar da nova fornalha?

É só comemorar!

sábado, 5 de agosto de 2017

Em jogo morno, Bayern vence o BVB pela Supercopa alemã




O Bayern de Munique sagrou-se campeão da supercopa alemã ao vencer o Borussia Dortmund em pleno Signal Iduna Park. Após o empate no tempo normal em 2x2, os bávaros foram mais eficientes nos pênaltis, garantindo a taça ao vencerem por 5x4. 

A partida demonstrou fraquezas das duas equipes, sobretudo no aspecto defensivo. Vários foram os momentos em que as linhas defensivas mais pareciam verdadeiros buracos. Pelo lado aurinegro, Dembélé infernizou Rafinha; Kimmich, por sua vez, "sambou" para cima da fraca e permissiva marcação de Zagadou. Favoritos ao título da Bundesliga, as equipes mostraram os porquês da fraca pré-temporada. É bem verdade que a equipe da baviera sofreu com os diversos lesionados: Neuer, Boateng, Alaba, Thiago, Gotze, Robben. No entanto, esperava-se mais de um clássico que ultimamente proporcionou grandes embates. 

Os aurinegros saíram na frente, gol de Pulisic, após vacilo de Martínez; pouco tempo depois, em jogada tramada nas costas de Zagadou, Lewandowski só empurrou a bola para o fundo das redes de Burki. Já na etapa derradeira, com o aspecto físico sendo fator primordial, Lewa teve a chance de fazer o 2x1, mas, ao desperdiçá-la, viu Aubameyang colocar os aurinegros à frente do placar no lance seguinte. Muitas mudanças, pouco futebol. Eis que, num bate-rebate, já no fim da partida, o Bayern empata e leva a partida às penalidades máximas. Pobre Piszczek, autor do gol contra. 

Ambos precisando erguer a taça para dar garantias aos torcedores. O Borussia esteve à frente do marcador quando Burki defendeu o chute de Kimmich; mas Ulreich defendeu as cobranças de Rode e Bartra, garantindo o título à equipe da Baviera.  https://www.youtube.com/watch?v=oxU-f_RjTUY 

Sinceramente? Mesmo sem acreditar que pré-temporada seja parâmetro para avaliações mais rigorosas, creio que o Bayern precisa melhorar no aspecto "conjunto". Já o BVB, com suas limitações, tende a contratar alguém que seja capaz de produzir bons passes para Aubameyang...apenas Dembélé não dá. 

Festa bávara na cara da Muralha Amarela. 

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Neymar no PSG: os "desafios" de um autêntico ambicioso



A grande contratação da temporada gerou diversos debates sobre as escolhas, certas ou erradas, de Neymar Jr. Economicamente falando, não restam dúvidas de que o brasileiro fez o correto. Independentemente do tal "desafio', o craque fez sua opção quando trocou o Barcelona pelo PSG.

Neymar chegou ao clube catalão falando manso, reiterando os dizeres de que realizara seu sonho de infância. Perguntado sobre Messi, ainda em 2013, afirmou que transferiu-se aos blaugranas para continuar a ajudar o argentino na concorrida batalha pelo prêmio de melhor do mundo. Quatro anos depois, cá estamos em Agosto de 2017, e o "menino" da terras brasilis resolveu modificar seu rumo.

Foram quatro temporadas vestindo a camisa do Barcelona; vários títulos - dentre eles a tão sonhada Champions League -; golaços; a perspectiva de ser ídolo. Sim, tornara-se querido pela torcida, sobretudo pelo trio mortal que formou com Messi e Suárez. Parecia que tudo se encaminharia para que Neymar, finalmente, vislumbrasse o que sempre negou desde o instante em que foi jogar na Europa: protagonismo.

Não sou de guardar mágoa, tampouco desmerecer o que foi feito. Contudo, a forma como a negociação foi conduzida, mediante silêncio e expectativas, deixou uma ferida imensa no coração de quem torce, há 20 anos, pelo barça. Entretanto, respeito a decisão tomada pelo atleta. Talvez pudesse ter sido melhor conduzida...fazer o quê?

Lembra do "vim pelo desafio", "nunca quis ser protagonista"? Frases estas que voltaram a ser repetidas pelo jogador quando já vestira a camisa do clube francês. Minutos depois, em entrevista à ESPN, disse algo do tipo: "ser melhor do mundo é algo que todo jogador sonha". Contradições!!! Mas convenhamos que ele precisa mesmo chegar de forma humilde e galgar seus objetivos. Caso realmente almeje o prêmio de melhor do mundo, terá de vencer a UCL. Contrato de cinco anos, PSG pagando 222 milhões de euros ao barça, e o ousadia e alegria rumou à capital francesa.

Penso que os melhores devem sempre jogar com jogadores do mesmo nível. Citaram K. Durant como algo comparativo. Bobagem! Kevin saiu de um puta time em que era "o cara", para em 2016 juntar-se aos GSW, o melhor time da NBA. Neymar poderia, em breve, realizar o sonho da bola de ouro. Mas convenhamos que em Paris ele vestirá a 10, protagonista, cobrará faltas e pênaltis, ficará à vontade com os brasileiros que lá atuam, será "apenas" o patrão de um clube que deseja, incontrolavelmente, ser reconhecido por grandes feitos.

Quanto ao barça, que procure alguém. Mas não para substitui-lo, pois será algo praticamente impossível. Deve-se pensar no coletivo, contratando peças pontuais com a grana que terá em mãos. Já Neymar JR., camisa 10 do Paris, terá de nos mostrar ser capaz de conduzir seu novo clube a outro patamar.

Ah, Parça, você fará falta. Mas, diferente do respeito que tive ao entender seu desejo, espero que nunca cruze o caminho culé. Garanto que o clima será o pior possível.