Um blog que retrata única e exclusivamente de esportes em geral. Uma forma para que eu possa expressar os meus pensamentos e ideias sobre os esportes e as suas atualidades.
sábado, 4 de novembro de 2017
Empate na Grécia; vitória importante em casa
A semana do Barcelona começou na terça-feira (31), ao empatar fora de casa com o Olympiacos, jogando fora de casa. Com o 0x0 no placar, a equipe blaugrana manteve a liderança do grupo, três pontos à frente da vice-líder Juventus. A classificação à fase de mata-mata da Champions League é uma realidade. Apesar do jogo chato e sonolento, segurança durante boa parte da partida.
Melhores momentos: https://www.youtube.com/watch?v=j2sHi4AUi10
Bem, com relação ao jogo de hoje, vitória sofrida diante do Sevilla. Com dois gols de Alcácer (sim, dele mesmo), os comandados de Valverde venceram por 2x1 e mantiveram quatro pontos de vantagem em relação ao Valência. Conquista importante na 600ª partida de Lionel Messi com a camisa culé.
Após bom primeiro tempo, quando criou várias chances e controlou exponencialmente a partida, o barça teve de sofrer com a pressão exercida pelo Sevilla na segunda etapa. No entanto, minutos após sofrer o gol de empate, revidou com outro tento anotado por Paco. O sofrimento foi desnecessário, até levando em consideração o volume de jogo. No mais, folga na liderança;
Obs: incrível como o 4-4-2 vem deixando Suárez desconfortável. Parece estar sem confiança, errando lances bobos, perdendo gols que outrora costumava fazer.
Melhores momentos: https://www.youtube.com/watch?v=CiqHFgsmr24
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
Alexis Mac Allister é justamente o que falta ao Palmeiras
Natural de Santa Rosa, 18 anos, meio-campista, excepcionalmente técnico e inteligente. As credenciais de Alexis Mac Allister são as melhores possíveis ao Palmeiras, especialmente dentro da carência apresentada até agora. Sim, vale cada centavo.
Goste ou não, existe algo muito bem definido pela diretoria: não há tanto espaço para apostas. Infelizmente, ao não olhar enfaticamente para o mercado, perde-se em rendimento técnico e em rentabilidade futura. O 2017 será em branco, olhando os títulos do Corinthians, assimilando o crescimento administrativo e econômico do Flamengo.
No campo e bola apresentado até aqui, só Bruno Henrique é imprescindível. Contratar Alexis daria algo que o time ainda não tem: o pensador. Boa aceleração, interessante recuperador de passes, rápido, objetivo, drible curto, visão de jogo acima de qualquer atleta palmeirense. Claro, tem o fator indiscutível da pouca idade, rendendo a desconfiança de todos; bem como a percepção de ser "desconhecido" da grande maioria. Contudo, pelo que vem jogando sob a tutela de Heinze, qualquer incerteza seria rapidamente esquecida.
Por que o medo em analisar e bancar o talento tão perceptível? Mediante crise argentina, seria praticamente barganha o valor de 5 milhões de euros. Não dá para vislumbrar algo de bom em Tchê Tchê, Arouca, Jean, T. Santos etc. E lá se vai outra grande oportunidade.
Federer vence Delpo e conquista (mais uma vez) Basel
O suiço Roger Federer
voltou a dar alegrias aos que tanto amam o tênis bem jogado. Na tarde de ontem
(29), pelo Masters 500 de Basel, faturou seu 8º título em casa ao vencer o
argentino Juan Martin Del Potro.
Analisando apenas 2017,
pode-se dizer que se trata de algo suntuoso. Após seis meses de tratamento
intensivo entre julho de 2016 e janeiro deste ano, recuperando-se de uma lesão, calou os céticos e já levantou sete troféus. Para um “senhor de 36 anos”, é
surreal. Ponderar apenas os resultados através das conquistas seria muito
leviano. É preciso enxergar o tênis de alto nível que ele vem jogando,
melhorias em alguns aspectos outrora falhos, mas sobretudo seu ímpeto/desejo de
seguir jogando com alegria e competitividade.
Ontem, ao enfrentar seu
algoz no US Open, Roger exibiu recursos, leque incansável de jogadas, sangue
frio para virar o jogo. Não me canso de manifestar meu total lado “fanboy”,
desde 2001. O esporte ainda precisa do suíço.
Após o título em Basel,
Federer anunciou que não participará do Masters 1000 de Paris. Sendo assim,
fica evidente que o número 2 do mundo está se preparando para o ATP Finals, que
será realizado em algumas semanas. Particularmente, penso que ele fez bem.
Seria exaustivo e cansativo tentar ser número 1 do mundo, principalmente com a
boa vantagem que Rafael Nadal abriu. Pesou o aspecto físico.
Melhores momentos: https://www.youtube.com/watch?v=aB61UHtbHKk
sábado, 21 de outubro de 2017
Pouco futebol, três pontos na conta
Um dos piores jogos do Barcelona nos últimos dez anos. Descrevo assim o cotejo de hoje, ante o Málaga. Apesar da vitória por 2x0, deixando a equipe culé mais líder do que nunca, foi uma partida sem sal, dispersa e sonolenta - sobretudo na primeira etapa.
Sim, é fato que o time vem de uma maratona, inclusive atuando na última quarta-feira pela Champions League. No entanto, não há desculpas a serem dadas para o pouco dinamismo durante os 90 minutos. Tudo começou aos 2 minutos, com um gol irregular; passou pela não-inspiração de todos, e o único ponto positivo encontra-se na quebra do jejum de gols, em La Liga, que assombrava Iniesta. Foram quase dois anos sem balançar as redes.
Fica cada vez mais evidente que Valverde terá de contratar em janeiro. As necessidades táticas e técnicas estão batendo na porta. Messi ainda não foi poupado na atual temporada. Isso pode pesar na reta final.
No mais, liderança isolada de La Liga.
domingo, 15 de outubro de 2017
Federer "castiga" Nadal, e vence o Masters 1000 de Xangai
TEXTO DO JOSÉ NILTON DALCIM (BLOG TÊNIS BRASIL)
"Poucas vezes vi um primeiro game fazer tanta diferença num jogo de tênis. Parece que, ao lutar e perder seu serviço logo de cara nesta final de Xangai e com dois backhands magníficos do adversário, Rafael Nadal acordou os fantasmas que o atormentaram na Austrália, Indian Wells e Miami. O canhoto espanhol encheu então Roger Federer do elemento mais perigoso de seu tênis: a confiança.
É quase inacreditável que o suíço tenha jogado de forma tão agressiva, encurtado pontos, disparado forehands e backhands perigosamente próximos da linha e ainda assim tenha terminado o duelo contra o número 1 do mundo com apenas 11 erros não forçados, nove a menos que o sempre regular Nadal. Difícil ser mais perfeito do que isso dentro do estilo que adota.
E o que falar da produtividade de seu serviço? Um único 30-30 em toda a partida, sete dos nove games de saque com 40-0 ou 40-15, incluindo um ‘game real’ de quatro aces. Federer não baixou a intensidade um minuto sequer, manteve pressão absoluta, variou direções e efeitos. E, talvez ainda mais significativo, aproveitou a segunda bola para buscar winners no lado aberto, sem inventar moda. Rafa muitas vezes nem tentou se defender.
Mais veloz piso do circuito de quadras sintéticas, Xangai comprova que Federer continua soberbo nessas condições. O domínio e apuro técnico-tático lembrou muito aquela final de Cincinnnati em 2015 contra um Novak Djokovic na ponta dos cascos. E reafirma a importância de o suíço estar despreocupado com as costas para produzir um tênis altamente competitivo.
Na entrevista oficial, Nadal não quis falar sobre um possível problema no joelho. O espanhol não teve uma atuação tão ruim. Conseguiu segurar bem os games de serviço depois da quebra inicial, ainda que Federer devolvesse muitas vezes no seu pé. Ficou é verdade acuado no fundo de quadra, sem muita chance de tentar alternativas, tal a velocidade dos golpes do suíço. Em certo momento, a câmera o flagrou reclamar que estava ‘rápido demais’.
Rafa também deixou claro que as participações na Basileia e em Paris não estão garantidas, talvez como forma de se poupar para o grande sonho de vencer o Finals de Londres e cumprir a meta já declarada de terminar o ano como número 1.
A vantagem sobre Federer ainda está folgada e obrigará o suíço a fazer grandes campanhas para ao menos se aproximar e ameaçá-lo em Londres. Seria no entanto genial se 2017 terminasse com um duelo direto entre eles pela liderança do ranking".
MELHORES MOMENTOS: https://www.youtube.com/watch?v=ap7RfMEcf3A
sábado, 14 de outubro de 2017
Após sofrer no 1º tempo, barça arranca o empate diante do Atléti
Atlético de Madrid e Barcelona fizeram uma partida incrível por La Liga. O empate em 1x1 evidenciou dois tempos distintos, e foi Ernesto Valverde quem modificou o panorama da partida.
Serei breve e objetivo.
Tentando não perder a invencibilidade, Valverde entrou em campo com A. Gomes pelo lado direito do ataque, com o propósito de conter os avanços de F. Luis. Se em estado normal o português é completamente nulo, o que dizer ao analisarmos como ponta? Além de não dar amplitude, foi bastante infrutífero nas infiltrações e dribles.
Os donos da casa abriram o placar após um belo chute desferido por Saul, que de fora da área não deu chances ao goleiro Stegen, Precisando empatar a partida, a equipe culé teve apenas dois pontos de lucidez na primeira etapa: Messi e Iniesta. Já falei anteriormente: para uma temporada longa, o elenco é fundamental. O argentino nem sempre estará inspirado, sobretudo em 60 partidas.
Ao perceber a besteira cometida na primeira etapa, Valverde colocou Deulofeu, para dar amplitude e gerar dribles; e com a fraca atuação de Semedo, soltou Sergi Roberto na lateral. O time melhorou bastante, teve várias oportunidade e incomodou o atléti até o fim da partida. Suárez empatou o jogo após boa jogada de Sergi Roberto. Segunda etapa suntuosa. Pena que o técnico não ter percebido isso antes do jogo.
O empate manteve o barça na ponta da tabela.
Melhores momentos:https://www.youtube.com/watch?v=Lof9tWcSUl4
domingo, 1 de outubro de 2017
Sob o caos do referendo catalão, barça vence mais uma
Os dias na Catalunha continuam intensos. Hoje, exatamente no dia do referendo que abre votação para uma provável movimento separatista, o caos tomou conta da cidade de Barcelona. Após a negativa de Madrid, reiterando que trata-se de uma manobra inconstitucional, o CLUBE entendeu o cenário caótico e tentou suspender a partida. A liga, por sua vez, "ameaçou" adotar uma postura severa no caso da equipe não entrar em campo. Temendo perder pontos, a direção optou em jogar, porém com os portões fechados.
Barcelona e Las Palmas foram para o jogo com o estádio vazio; alguns líderes do time - como Pique e Iniesta - com a cabeça na situação política; dentro de campo Valverde alterou o esquema de jogo e através disso o barça pouco produziu na primeira etapa. Esse 4-2-3-1, sem ideias ou base de jogo, e com Busquets e Paulinho na construção, não rendeu o esperado. Além disso, Vidal, o suposto ponta, não gerou amplitude e tampouco conseguiu atuar por dentro. Messi, por sua vez, parecia apático. Os visitantes esboçaram ir para cima, sobretudo ao encontrar um Barcelona "sem sal" e com resquícios dos problemas fora do Camp Nou.
Tendo que vencer para manter a boa vantagem na tabela, o treinador não hesitou e sacou, de uma vez só, Paulinho e Vidal. Rakitic e Iniesta juntaram-se a Busquets, formando a trinca e dando um propósito ao estilo de jogo que tanto conhecemos. Não demorou para que tudo voltasse ao normal, com os culés abrindo o placar com Busquets, que acertou um belo cabeceio. Atrás no placar, os canários ousaram nos contra-ataques, tentaram jogar nas costas de Jordi Alba. Sendo assim, deixaram mais espaços para as triangulações entre Iniesta, Messi e Suárez.
Foi exatamente através das zonas vazias que Denis Suarez encontrou que Messi, que não perdoou e fez 2x0, ainda driblando o goleiro. Partida controlada. Apenas Luisito Suárez ainda demonstra estar incomodado com as péssimas atuações. Isso não impediu que o camisa 9 encontrasse Messi entre os zagueiros, apenas aproveitando a boa assistência do uruguaio e fazendo 3x0.
No dia em que o mundo noticiou a intenção de um povo, o Barcelona se reencontrou na segunda etapa e venceu seu sétimo jogo, manteve os 100% e segue como líder do campeonato espanhol.
quinta-feira, 28 de setembro de 2017
Em portugal, apenas o básico para vencer
A torcida do Sporting fez uma linda festa em Portugal - até provocaram o Messi. Essa atmosfera de Champions League é incrível, e do nada as equipes mais fracas endurecem os confrontos. Foi o caso do jogo de ontem (27), quando os portugueses foram valentes e aplicados taticamente. Quanto ao barça, mesmo num deserto de ideias, conseguiu somar mais três pontos, isolando-se na liderança do grupo.
Posto isso, com a vitória de 1x0 ante Sporting, o aspecto tático deixou algumas incertezas. Tudo bem que o triunfo - mais um, diga-se - eleva o moral da equipe, vai entrosando o elenco para o transcorrer da temporada, potencializa alguns jogadores que outrora pareciam esquecidos. De fato. No entanto, ao analisar a partida como um todo, reencontrei problemas. Vamos lá:
- Dependência do Messi
Apesar de ainda contar com Suárez, nota-se que o ÚNICO ponto de desequilíbrio, mediante o drible que quebra defesas, provém apenas do argentino. Se não estiver num dia tão inspirado - como foi ontem -, a equipe sofrerá, e muito.
- Banco sem atrativos
O confronto de ontem, pegado e complicado, recolocou as fraquezas em evidência. Com Messi muito bem marcado, sobrou a Iniesta a incumbência de tentar algo diferente, já que a defesa do Sporting mostrou-se bem montada. Do banco, para alterar o jogo, acredite, apenas Paulinho. Não há peça de reposição para o ataque. Sergi Roberto, apesar das boas arrancadas, não faz milagres como ponta; Denis, apesar de bom, não é um autêntico driblador. Deulofeu sequer foi relacionado. Perigo imediato para o resto da temporada.
Dois pontos em especial, sobretudo pela longa jornada que está por vir. Os principais candidatos ao título possuem banco de reservas mais qualificado.
Melhores momentos: https://www.youtube.com/watch?v=FohG-DVzZHw
domingo, 24 de setembro de 2017
Barça vence Girona em partida sob controle
Na tarde de ontem (23), o Barcelona venceu o Girona por 3x0. Com 100% de aproveitamento, a equipe culé chegou aos 18 pontos, permanecendo na liderança isolada do espanhol.
Os comandados de Ernesto Valverde, por ora, demonstram solidez defensiva e, acima de tudo, bom posicionamento tático. É preciso ressaltar que o time, ao menos em La Liga, ainda não teve um grande teste. No entanto, para quem deseja restabelecer o nível elevado, nada melhor do que começar a competição com vitórias. A imposição do barça, mesmo que por vezes preguiçosa, não causou sustos contra um adversário bem organizado.
O placar foi formatado com dois gols contra, e um de Luisito Suárez. No que concerne o atacante uruguaio, parece ainda sentir resquícios da lesão sofrida na supercopa. Nosso camisa 9 foi discreto, porém eficiente. Fica a impressão de que o aspecto físico precisa ser melhorado, bem como a confiança técnica.
Messi foi Messi. Armou, construiu, chutou, driblou. Sim, sem a mesma intensidade de outras partidas. Mas convenhamos que não dá para exigir atuações surreais terça, sábado, terça, quarta...é desumano.
Aleix Vidal, atuando pela ponta, deu velocidade, ocasionou até mesmo um gol. Mas é preciso mais. Com relação a Sergi Roberto, muito esforçado, belas arrancadas e a sensação de estar à vontade e confiante.
Boa vitória!
Gols da partida: https://www.youtube.com/watch?v=uli0kutYOQQ
quinta-feira, 21 de setembro de 2017
Em noite de "poker" de Messi, barça goleia o Eibar
Em atuação memorável de Lionel Messi, que anotou quatro gols, o barça não teve dificuldades para superar o Eibar na última terça-feira (19). Apesar das boas ideias táticas do adversário, os blaugranas impuseram seu ritmo e venceram por 6x1. Foi a 5ª vitória em cinco jogos, deixando os culés na ponta da tabela.
Partida controlada, sem fortes emoções. Valverde mandou a campo Busquets e Rakitic construindo, com Paulinho fazendo movimentos de um autêntico box to box. Contra uma equipe combalida, ok. Gostaria mesmo de ver tal metodologia em partidas mais complicadas. O brasileiro é meio que uma "antítese" do estilo catalão. Contudo, ao analisarmos os prós e contras, percebe-se que tal característica será de grande valia em alguns jogos. O grande problema está baseado na construção dos movimentos a serem executados do meio para frente.Seu segundo gol pelo barça lhe dá (ainda mais) confiança.
Messi, como sempre, on fire. Arrancadas, tabelas, quatro gols, participação efetiva nas principais ações ofensivas. O argentino já computa 9 gols em La Liga, e 12 na atual temporada. Estamos vendo, a priori, um Messi mais solto e sem tantas obrigações defensivas, atuando na zona onde sempre foi letal. Sem Dembélé (afastado por 4 meses em detrimento de uma lesão no bíceps femoral), La Pulga colocou as coisas em seu devido lugar, sendo o cara que irrompe, através do drible, qualquer sistema defensivo.
No mais, tirando a partida discreta de G. Deulofeu, destaque para D. Suárez, que enfim fez uma partida absoluta. Gostaria de ver mais chutes de fora da área, sobretudo diante de adversários mais fechados. Seria a grande surpresa da equipe de Valverde. Goleada para dar moral e ritmo.
Gol da partida: https://www.youtube.com/watch?v=O4w4RDrdcyw
domingo, 17 de setembro de 2017
Com gol de Paulinho, barça vira sobre o Getafe e segue 100%
Barcelona e Getafe fizeram um duelo muito interessante na tarde ontem (16), em Madrid. Apesar do "sono" catalão - algo normal, mediante as várias partidas consecutivas -, os donos da casa não se intimidaram e foram para cima. Após vários sustos, sobretudo na primeira etapa, os comandados de Valverde venceram por 2x1, mantiveram a liderança e a invencibilidade.
Particularmente, não gosto quando a equipe joga de forma controladora. Independentemente do adversário, é preciso jogar com intensidade. Neste caso, vindo de partidas seguidas, o mais prudente teria sido a rotação do elenco. Não foi o que ocorreu, e com a inesperada lesão de Dembélé - que mais tarde seria diagnosticada como grave -, Deulofeu entrou e pouco produziu.
Motivado pela torcida, o Getafe chegou várias vezes com perigo. O golaço de Gaku apenas ratificou as investidas feitas pelos "azuis", que também quase abriram o placar minutos antes. Messi, no deserto de ideias, ficou perto do gol de empate ao bater uma falta precisa.
Segunda etapa, mudança de postura, alteração de jogadores. O gol de Denis apenas deu um "quê" a mais ao jogo, que já tinha um Getafe mais preocupado em manter a vantagem. Quando Paulinho entrou no lugar de Rakitic, aos 77 minutos, pouco se esperava em relação ao módulo produtivo. Eis que Messi, genialmente, enfia uma bola para o brasileiro arrumar e chutar. Gol da vitória, dos 100%, da liderança.
Gols da partida: https://www.youtube.com/watch?v=xEJCq24f84A
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
Messi "supera" Buffon, e barça passa o carro na Juventus
Em jogo válido pela 1ª rodada da Champions League, na última terça-feira (12), o Barcelona venceu a Juventus por 3x0 no Camp Nou. A partida marcou o fim do jejum de Lionel Messi, que até então jamais havia feito gol em Buffon.
Com Dembélé entre os titulares, os comandados de Valverde souberam atuar com sua principal munição: Lionel Messi. É bem verdade que a equipe italiana equilibrou as ações até os 44 da primeira etapa, quando enfim apareceu o toque genial do artista argentino. Não há palavras para descrever a inteligência e sagacidade para fugir da marcação entrelinhas, sobretudo de Pjanic.
Já na segunda etapa, tendo que correr atrás do placar, a "velha senhora" abriu um pouco mais os espaços à Messi, Iniesta, Rakitic e Alba. Foi um verdadeiro espetáculo culé, que anotou mais duas vezes - Rakitic e Messi -, mostrou que, por ora, está encontrando o caminho tático e, acima de tudo, elevando o moral após duas traulitadas sofridas ante Real Madrid.
Destaque para a partida gigamte de Semedo, que anulou Douglas Costa; o jogo fino e fácil de Iniesta, abrindo espaços através dos dribles; as infiltrações de Rakitic; e, claro, o brilhantismo de Messi. Para um estreia de UCL, diante de um gigante que eliminara os blaugranas na edição anterior, foi um teste de provação e aprovação. Resta saber como será daqui em diante.
Gols da partida: https://www.youtube.com/watch?v=CThidVNW7vg
domingo, 10 de setembro de 2017
Stephens atropela Keys, e fatura o US Open 2017
Mugurza? Pliskova? Kerber? Venus? Halep? Não! Para a surpresa de muitos, Sloane Stephens conquistou o título do último Grand Slam da temporada. A jovem de apenas 24 anos de idade superou a compatriota M. Keys, com fáceis parciais de 6/3 e 6/0.
Quando utilizei o termo "surpresa", não foi por demérito. Quem acompanha de perto, sabe do potencial de Sloane. Há dois meses a estadunidense ocupava a posição 957 no ranking, e hoje acorda com o título do major de NY. Incrível como o mundo dá voltas, como essa menina superou muitas adversidades para voltar ao top 20. Lembro da garota agressiva e corajosa que venceu Serena no Australia Open. Para quem ficou 10 meses sem jogar, eis o presente adiantado de natal.
Particularmente, gosto dessa menina. Jogou corretamente a final, aproveitando-se dos inúmeros erros não-forçados de Keys. Troféu merecido, sobretudo para quem derrotou cinco cabeças de chave.
"- Eu passei por cirurgia em 23 de janeiro. Honestamente, se alguém me dissesse que eu seria campeã do US Open, (diria) que é impossível. Não trocaria por nada no mundo. Ela é uma de minhas melhores amigas no circuito. Disse para ela que gostaria de que fosse empate. Jogar aqui foi muito especial. Eu devia me aposentar agora, não sei como irei superar isso - disse a vencedora na cerimônia de premiação".
Campanha:
- 2x0 em R. Vinci (7/5 e 6/1)
- 2x1 em Cibulkova (6/2, 5/7 e 6/3)
- 2x0 em Barty (6/2 e 6/4)
- 2x1 em Goerges (6/3, 3/6 e 6/1)
- 2x1 em Sevastova (6/3, 3/6 e 7/6 - 7-4)
- 2x1 em V. Williams (6/1, 0/6 e 7/5)
- 2x0 em M. Keys (6/3,6/0)
Com show de Messi, barça massacra o Espanyol
Com a proposta clara e evidenciada de jogar nos contra-ataques - principalmente com Piatti -, o Espanyol suportou por 25 minutos, até Messi, em impedimento, abrir a contagem. Após isso, mediante vasto controle e repertório de jogo, os comandados de Ernesto Valverde não tomaram conhecimento do adversário. Destaque, mais uma vez, para Lionel Messi. O craque argentino anotou hat-trick, distribuiu dribles, fez o que quis.
No que concerne o futebol de O. Dembélé, a primeira impressão foi ótima. Além da assistência para o gol de Suárez, o francês não ficou tímido, foi incisivo e bastante insinuante em campo. Paulinho, que entrou na segunda etapa, quase anotou seu gol.
Partida de almanaque do barça. É preciso "pegar corpo" coletivo, para aí, sim, almejar voos mais altos.
OBS: destaque para a ótima partida de Rakitic.
Gols da partida: https://www.youtube.com/watch?v=6aKua_hvo5Y
sábado, 26 de agosto de 2017
Barça vence Alavés e segue 100%
Foto: globoesporte
O Barcelona venceu o Alavés, fora de casa, e deu um passo importante para seguir reconstruindo seu jogo. Jogo sempre sob controle, com pontos positivos e negativos a serem analisados pelo técnico Ernesto Valverde. Messi decidiu (mais uma vez), e com o triunfo por 2x0, a equipe catalã garantiu os 100% de aproveitamento em La Liga.
Time que entrou em campo: Stegen; Sergi Roberto, Pique, Umtiti e
Alba; Busquets, Rakitic e Iniesta; Deulofeu, Vidal e Messi.
Valverde optou por Aleix e Sergi Roberto
pelos lados, dando amplitude ao time que pouco produziu pela direita em
2016/2017. Dito isso, a proposta inicial foi a de pressionar ao extremo o
Alavés em seu campo defensivo – sobretudo pela implacável marcação alta nos 25
minutos iniciais. Em contrapartida, deu espaços para os contragolpes do
adversário.
As manifestações coletivas ficaram
evidenciadas através do jogo pelo meio: Busquets, Rakitic, Iniesta e Messi –
que flutuava como falso 9, às costas dos volantes, de frente para os
defensores. Foi assim que o camisa 10 produziu alguns chutes ao gol. Com o
oponente fechado, o barça optou algumas vezes pelos lados do campo,
especialmente com Deulofeu, criando três oportunidades claríssimas. No entanto,
após os 28 minutos, e já sem o mesmo ímpeto de antes, a equipe da casa
aproveitou-se e foi para cima dos culés – principalmente pelo lado direito, em
que Vidal e Sergi demoravam no retorno à zaga.
Muitos passes, dinâmica, dono da posse de
bola, aproximação. Mas faltou aos visitantes o drible que pudesse quebrar
linhas. Tirando Messi e Deulofeu, poucos jogadores produziram tal
condicionante. Eis que aos 38 minutos, após cobrança de falta, Pique é puxado
por R. Ely. Pênalti para o barça. Messi bateu certinho, mas o goleiro pegou de
maneira brilhante. Primeira etapa marcada pelo sufoco do Barcelona em 28
minutos, contra-ataques velozes do Alavés, poucas finalizações perigosas.
O segundo tempo começou com os culés
especulando, com a posse, mas sem aquela pressão alta. O Alavés, por sua vez,
montou o 4-4-2 defensivo, à espera de contra-ataques. Aos 10 minutos, após boa
trama entre Iniesta e Alba, a bola foi rolada para trás, e encontrou Messi
livre, que apenas ajeitou e chutou para o fundo do gol. Com o placar aberto,
Valverde tirou Vidal e colocou Alcácer – que adentrou pelo extremo esquerdo,
com Deulofeu pela direita. Tática correta, que consiste na marcação firme,
rápida retomada da bola, ocupação de espaços.
Das grandes virtudes do jogo pelo meio, a
infiltração é a que causa mais problemas ao adversário. Porém, não foi a tônica
da equipe catalã. Mesmo com o revés, os mandantes resolveram esperar pelos
contra-ataques, mas, quando ousaram atacar, perderam a bola pelo lado direito.
Alcácer recuperou a bola, mas errou o passe letal para Lionel. Como quem
retribui favor, o zagueiro Alexis devolveu a bola, que sobrou para Messi, e o
mesmo não perdoou e fez 2x0. Não foi um gol trabalhado, tampouco construído.
Contudo, não se pode vacilar contra equipes grandes – por mais que não estejam
bem, são letais. Falta infiltração. Denis entra no lugar de Deulofeu, e como
num passe de mágica, dá maior poder de armação pelos lados. O time se solta, e
Messi, atormentado pelos chutes no travessão na partida anterior, o acerta novamente. Restando
cinco minutos para o término da partida, Paulinho entra para fazer sua estreia.
Partida decidida e controlada desde sempre.
Foto: ESPN
Ernesto Valverde acertou na formatação das
ideias e das peças em campo. Precisando reestabelecer vários aspectos táticos,
o Barça venceu e jogou bem fora de casa. Várias finalizações e lições para o
decorrer da temporada.
domingo, 20 de agosto de 2017
Dimitrov vence Kyrgios em Cincy e fatura seu primeiro Masters
Imagem: globoesporte
O búlgaro Grigor Dimitrov venceu Nick Kyrgios em Cincinnati e conquistou, pela primeira vez, um Masters 1000. Semana iluminada, jogando muito, afastando aquela sombra de jogador que "só bate na trave". A verdade é que o ano do atleta vem sendo de total consistência e evolução. A grande ascensão encontra-se na ousadia de enfrentar e postular vitórias contra os principais jogadores do circuito.
Grigor entrou em quadra focado, tendo em
seu jogo as variações, muito spin nas bolinhas cruzadas, slices rasantes e ótimo aproveitamento no saque. Esse
estilo mais baixo e de muita paciência por parte do búlgaro, fez com que o
australiano acumulasse erros não-forçados. Primeiro set vencido por 6/3, com
algumas ameaças em seu saque, porém muito bem administrado no lado mental.
Chamado de “baby Federer”, Dimitrov entrou
na quadra central sabendo o que deveria ser feito para levar o set inicial, prova
disso encontram-se nos números: foi superior em todas as trocas. Subiu pouco à
rede, mas ao anular o jogo de Nick, encaminhou seu objetivo na primeira parte.
Incrível como a esquerda dele, que parece lenta, acelerou bastante. Firme e
regular lá atrás. Faltou agressividade ao bad boy australiano.
O jogo transcorreu, no 2º set, do mesmo jeito: Grigor muito consistente, e Kyrgios incomodado - sobretudo com as bolas baixas que não lhe deram ritmo. Dimitrov precisou "apenas" bloquear o potente saque do oponente, jogar seu jogo e gerar imposição dentro da quadra. Quebrou o serviço de Nick no 5-5, sacando para a vitória e para seu primeiro título de Masters 1000.
As qualidades desse cara de 26 anos de idade me faz crer que possui, sim, bola para almejar um Grand Slam. A concorrência é pesada.
Barça começa bem em La Liga 17/18
Foto: globoesporte.com
Em partida realizada hoje, pela primeira
rodada do Campeonato espanhol 2017/2018, o Barcelona venceu o Betis por 2x0.
Necessitando encontrar um direcionamento após dois “chocolates” sofridos na
supercopa, os comandados de Valverde não tiveram dificuldades diante de um
adversário que não incomodou, que sequer ofereceram resistência. Time que
entrou em campo com Stegen; Semedo, Mascherano, Umtiti e Alba; Busquets,
Rakitic e S. Roberto; Alcácer, Messi e Deulofeu.
Começo de partida inseguro, tentando
encaixar a engrenagem. O fluxo de jogo do 4-3-3, com Deulofeu e Alcácer pelos
lados, passou pelas adaptações impostas pelo bom time do Betis. Tendo em Messi um cara no
jogo entrelinhas, a equipe ganhou confiança confiança no jogo coletivo. Com o argentino voltando para trabalhar
com Sergi e Rakitic, nessa linha de passes pelo Meio, Deulofeu pôde, enfim,
causar problemas – sobretudo ao lado de Semedo. Esse movimento em pêndulo, de
um lado para o outro, com muita paciência, deixou o adversário perdido, dando
espaços aos donos da casa. Foi exatamente assim, no trabalho mais coletivo pelo
lado direito do ataque, que surgiram os dois gols da equipe. No primeiro,
Deulofeu tentou encontrar Lionel, mas o zagueiro tocou para o próprio gol; no
segundo, de forma mais organizada, bola rolada para Sergi Roberto, que como
elemento surpresa fez seu gol. Conforto ao Betis não existiu, especialmente
quando o barça subiu a marcação e abafou a saída de bola do oponente.
Já na etapa derradeira, sem tantas ameaças
por parte do Betis – apenas uma -, os blaugranas optaram pela cautela. Um fato
positivo, que voltou a figurar na essência de jogo, foi a marcação alta e com
muita pressão para retomar a bola. Messi, por sua vez, tentou, tentou,
tentou...sem sucesso. Foram ao menos seis chutes – três deles nas balizas -,
participação ativa na organização das jogadas, correria e dedicação. Ótima
vitória!!!
Foto: ESPN BRASIL
O barça precisava desse resultado, até
para recuperar seu futebol e reformar seu jogo. Olhando para os rivais, é
preciso encontrar soluções – leia-se nos momentos complicados, através do banco
e suas peças de reposição. Valverde tem consciência de que terá muito trabalho pela
frente.
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
Barcelona e Messi: as interfaces do brilhar e decidir
Goooool! Messi faz um, dois, três, quatro
tentos no pobre Arsenal. Que atuação, meus amigos! O mundo do futebol pôde,
enfim, reverenciar a genialidade máxima do camisa 10 blaugrana. Ele
simplesmente brilhou e decidiu para o barça, que avançou de fase na Champions
League 2009/2010. Atuação suntuosa.
Sim, esta passagem refere-se ao ano de
2010, em que Lionel Messi realmente fez coisas inimagináveis, sendo
praticamente imparável. Quem vivenciou tal época, sabe exatamente do que estou
falando: arrancadas, dribles, controle de bola, finalizações perfeitas, dono do
jogo. No entanto, para que tudo isso acontecesse, o craque precisou do jogo
coletivo e, por consequência, de companheiros gabaritados. Enquanto enfileirava adversários da ponta para dentro, muitos colegas de time o ajudaram taticamente
– principalmente no jogo sem bola.
Por que estou abordando o fato ocorrido
em 2010? Simples! Para adentrar nas carências do Barcelona versão 2017/2018. Messi
notabilizou-se por brilhar e decidir várias partidas, especialmente aquelas em
que o time mais precisou. Porém, existem nuances entre brilhar e decidir. Pode-se
perfeitamente ter um companheiro que brilhe de maneira ativa, mas no fim, quem
decide é "O CARA". Neste caso, o argentino. Exemplo? Para que Villa decidisse
nos 5x0 contra o Real Madrid, em 2010, o camisa 10 teve que brilhar
intensamente. Enquanto Iniesta e Xavi cintilaram nos 6x2 de 2009, Messi e Henry
foram letais e decisivos. Sendo assim - abordando apenas La Pulga -, ele teve ao seu
lado jogadores que souberam ser protagonistas em diversos momentos. Voltando ao
presente, fica cada vez mais complicado, na atual conjuntura do barça, encontrar
parceiros que sejam tão fulgurantes.
Peço perdão ao não citar Suárez. Levando para outro esporte: o Golden State Warriors era o time em que o astro maior tinha nome e sobrenome: Stephen Curry.
Contudo, precisando voltar a vencer, trouxeram Kevin Durant. Se o baixinho da
camisa 30 brilhou intensamente durante a temporada, foi Kevin quem decidiu as
finais. Enquanto isso, Thompson e Green davam conta da marcação, chutes em
momentos complicados; Iguodala saiu do banco para ser, por exemplo, MVP em
2015. Mas em 2017, para que o time funcionasse no módulo coletivo, Durant teve que ser “apenas” decisivo, com o alívio em saber que seus companheiros
seriam capazes de brilhar. Divisão de responsabilidades.
A saída de Neymar quebrou esse lado menos
errático e mais insinuante daquele ataque letal. Se o coletivo já dava sinais de
fraqueza desde 2015/2016, pelo lado da esfera imponente dos definidores (leia-se trio
MSN), os números individuais foram impressionantes. Com a saída do brasileiro ao PSG, os
culés entenderam que o momento é o de se reforçar e, diante do cenário,
encontrar variações táticas e o módulo de jogo grupal. Não se pode viver
apenas da genialidade de quem está com a 10 às costas durante 60 partidas.
Corroboro meus pensamentos com o que foi
feito no Real Madrid, grande rival do Barcelona. Se até anos atrás os "Blancos" visavam o “glamour”, a identidade foi remodelada em 2013. Não que tenha
sido o tipo de projeto premeditado, tampouco analisado nos mínimos detalhes. Cristiano
Ronaldo – principal concorrente de Messi – hoje aproveita-se da maturidade, da
tranquilidade ao olhar para o plantel e saber que o Madrid lhe dará garantias
de conquistas. Subsequentemente, estará apto para saltar aos prêmios
individuais. O gajo nem sempre brilha, pois existem vários jogadores que
possuem alcunha para isso. No entanto, quando chegam as fases mais agudas das
principais competições, é ele quem decide. A trinca formada por Casemiro,
Modric e Kroos dá o suporte necessário para que os três da frente possam
desfrutar do jogo. Isso era tão Barcelona, né?
Lionel Messi é surreal, produz o
inimaginável, ousa nos ludibriar com jogadas que sequer pensávamos. Contudo, em
um time sem identidade, que há dois anos não passa das quartas de finais da
Champions, fica complicado pensar em conquistas. No atual cenário, tendo apenas
Suárez como um cara que pode realmente desequilibrar, quais as reais
perspectivas para o barça de Ernesto Valverde? É preciso contratar (Coutinho,
Dembélé, por exemplo) e fortalecer o conjunto. Ah, não posso esquecer
que é necessário reforçar o setor do meio de campo. De nada adianta comerciar apenas atacantes, quando a construção de jogo encontra-se num deserto de ideias.
Um dos grandes diferenciais de equipes campeãs encontra-se no banco de reservas, nas reposições. O próprio Barcelona de 2009, com vários craques, precisou de suporte para que o desgaste não tomasse conta na reta final. Citarei alguns: Rafa Márquez, Sylvinho, Keita, Hleb, Gudjohnsen, Bojan. À época, jogadores que fizeram profunda diferença, que não deixaram o ritmo da equipe cair - sobretudo ao falarmos de Xavi, Iniesta e Messi. O mesmo vale para o time da temporada 2010/2011, que dispôs de peças diferenciadas dentre os reservas. Sendo assim, ao traçar um paralelo com o que vem ocorrendo de 2015 para cá, nota-se uma mudança significativa no ritmo e na qualidade de jogo da equipe quando entram jogadores que nem mesmo a própria torcida confia.
Todo astro, quando bem municiado, tende a render ainda mais nas fases mais intensas. Isso vale para qualquer esporte, mas, ao abordar apenas o barça, fica a dúvida sobre como Messi irá "carregar", por ora, uma equipe sem identidade, padrão e jogadores que desequilibrem. Para agravar a situação, Suárez ficará de molho por algumas semanas, e o que antes era um trio, tornou-se dupla, mas que agora terá de esperar um monólogo. Enquanto rivais se fortalecem cada vez mais, os blaugranas estão céticos quanto ao time. Claro, ainda há possibilidade de contratações. Mas enquanto isso não ocorre, as esperanças, mais do que nunca, estarão depositadas na messidependência. E o risco está justamente nesse aspecto, já que "estourá-lo" tão rapidamente poderá refletir em sérios impactos na segunda etapa da temporada.
Por que a insistência na formação de um elenco? Para que o clube projete o futuro. Creio que a cúpula diretiva teve essa chance no pós-triplete de 2015, mas muitas coisas foram mascaradas com as conquistas, sobretudo a necessidade de buscar alguém que pudesse exercer a função de Xavi Hernández. Com Iniesta e as sucessivas lesões, e a instabilidade de Rakitic, apostar em André Gomes e Sergi Roberto me parece arriscadíssimo. Necessita-se, sim, de um World Class que impulsione o jogo do time. Os meio-campistas precisam ser diferenciados, pois nos momentos de aperto e boa marcação aos atacantes, serão os homens da zona central que terão a oportunidade de decidir. É impossível que Messi, com seus 30 anos e precisando de repouso em alguns jogos, consiga desequilibrar domingo, quarta e domingo. O físico pagará a conta.
As interfaces entre brilhar e decidir podem levar o astro do time ao esgotamento em fevereiro/março, meses em que a temporada começa a ser decidida. Sem a fartura de jogadores que consigam dividir as nuances do desequilíbrio, como acreditar no barça superando bons sistemas defensivos, se o coletivo deixou de existir? Solucionar tal problema ajudaria, e muito, o jogo do argentino. Indo além, daria aos culés poder de fogo para utilizar peças de reposição (confiáveis) durante a longa temporada. Que fase!!!
Todo astro, quando bem municiado, tende a render ainda mais nas fases mais intensas. Isso vale para qualquer esporte, mas, ao abordar apenas o barça, fica a dúvida sobre como Messi irá "carregar", por ora, uma equipe sem identidade, padrão e jogadores que desequilibrem. Para agravar a situação, Suárez ficará de molho por algumas semanas, e o que antes era um trio, tornou-se dupla, mas que agora terá de esperar um monólogo. Enquanto rivais se fortalecem cada vez mais, os blaugranas estão céticos quanto ao time. Claro, ainda há possibilidade de contratações. Mas enquanto isso não ocorre, as esperanças, mais do que nunca, estarão depositadas na messidependência. E o risco está justamente nesse aspecto, já que "estourá-lo" tão rapidamente poderá refletir em sérios impactos na segunda etapa da temporada.
Por que a insistência na formação de um elenco? Para que o clube projete o futuro. Creio que a cúpula diretiva teve essa chance no pós-triplete de 2015, mas muitas coisas foram mascaradas com as conquistas, sobretudo a necessidade de buscar alguém que pudesse exercer a função de Xavi Hernández. Com Iniesta e as sucessivas lesões, e a instabilidade de Rakitic, apostar em André Gomes e Sergi Roberto me parece arriscadíssimo. Necessita-se, sim, de um World Class que impulsione o jogo do time. Os meio-campistas precisam ser diferenciados, pois nos momentos de aperto e boa marcação aos atacantes, serão os homens da zona central que terão a oportunidade de decidir. É impossível que Messi, com seus 30 anos e precisando de repouso em alguns jogos, consiga desequilibrar domingo, quarta e domingo. O físico pagará a conta.
As interfaces entre brilhar e decidir podem levar o astro do time ao esgotamento em fevereiro/março, meses em que a temporada começa a ser decidida. Sem a fartura de jogadores que consigam dividir as nuances do desequilíbrio, como acreditar no barça superando bons sistemas defensivos, se o coletivo deixou de existir? Solucionar tal problema ajudaria, e muito, o jogo do argentino. Indo além, daria aos culés poder de fogo para utilizar peças de reposição (confiáveis) durante a longa temporada. Que fase!!!
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
Em novo show coletivo, Madrid vence o barça e fatura a supercopa
O real Madrid conquistou nesta quarta-feira (16) a supercopa da Espanha. O triunfo por 2x0 diante de seu maior rival rendeu a 10ª conquista do torneio aos merengues. Vitória categórico, sem deixar dúvidas sobre quem é o melhor time do mundo na atualidade.
Desfalcado de Cristiano Ronaldo (suspenso), Zidane "sentou" na vantagem e pensou na temporada. Sendo assim, preservou Isco, Bale e Casemiro (entrou no decorrer da partida). Apesar da ausência de grandes nomes, os Blancos não sentiram o peso de jogar o maior clássico. Asensio e Vázquez foram fundamentais. Por quê? Pelo simples fato de ter um conjunto sem igual, de possuir um jogo coletivo de dar inveja, de possuir peças de reposição que conseguem manter o nível de jogo da equipe. Foi assim, na base da coletividade, que não deram chances ao Barcelona - que vive momento conturbado.
Com o retorno de Modric, Zidane deixou Kovacic com a incumbência de vigiar Messi. O meio de campo é a alma do Madrid de Zizou, que encontra-se em plenitude tática. Domínio absoluto através de cinco atletas ocupando a zona central do campo, com os extremos flutuando bastante, e tendo em Benzema o cara que incomodou Pique e Umtiti. Já pelo lado Culé, desorganização. Incrível como transformou-se em um time sem variações, jogadas, que praticamente depende do brilhantismo de Lionel Messi. Foi, se muito esforço, que os donos da casa logo abriram 2x0, dando a impressão de que dali sairiam com uma goleada. O barça, por sua vez, em momentos esporádicos, teve lá suas chances, mas que não foram aproveitadas.
O estágio, hoje, é o de um Real Madrid totalmente arrumado, agrupado, sabedor do que deve ser feito dentro de campo. Pelo lado blaugrana, incertezas quantas aos possíveis reforços, queixas públicas de um diretor que disparou contra Pique, um time que ainda não apresenta um esquema tático...um plano de jogo.
O Madrid vem forte para consolidar seu domínio. Quanto ao barça, apenas interrogações.
domingo, 13 de agosto de 2017
Zverev vence Federer, e o US Open agradece
O alemão Alexander Zverev venceu Roger Federer na final do Masters 1000 de Montreal. Provando estar em boa fase, o menino de 20 anos não deu chances ao suiço, vencendo a partida por 2 sets a 0.
Jogador de raro talento, Zverev tenta entrar de vez para o "hall" dos favoritos ao título de um Grand Slam. Sempre repleto de expectativas, acabou desapontando em 2017. No entanto, mediante o jogo sólido dos últimos meses, credencia-se a postulante no US Open. Manter a regularidade deve ser o principal aspecto para mostrar aos gigantes que não figura no top 10 à toa.
Particularmente, gosto de Thiem e de Alexander. Com as ausências de Djoko e Wawrinka, e com a incerteza de Andy Murray, o alemão chega com boas expectativas. Fiquemos de olho. Foi o quinto do menino em 2017. Será que vem mais por aí?
Valverde? Preparem o coração, as críticas...
Foi apenas a primeira partida de Ernesto
pelo Barcelona, então não há como desenvolver tantas manifestações contrárias –
sobretudo para quem acabou de perder um dos principais jogadores do elenco.
Seria oportunismo.
O supracitado não fere o DNA blaugrana,
tampouco trata-se de um desconhecido que aterrissou sem nunca antes ter bebido
da fonte Cruyyfista. No entanto, para quem o acompanhou no Espanyol, sabe que
suas ideias são próprias e diretas, sem o meio-termo de tantos outros que
passaram pelo clube. Se com Lucho o barça foi mais direto e letal no 433, com
Valverde – ainda mais sem Neymar – a história será baseada em linhas de quatro,
especialmente preservando Suárez e Messi.
Tenho em mente que veremos em breve uma
equipe no 442 (modo defensivo), tendo estocadas com laterais opostos: por
dentro e por fora. Vale ressaltar que essas ideias dos laterais ele utilizou na
Espanha e Grécia, com elencos diferentes, é bem verdade, porém sempre convicto
de que daria certo. Por mais que Semedo possua atributos defensivos superiores
aos do canterano Sergi Roberto, é o segundo quem inicia a corrida com alguns
metros de vantagem.
Meio de campo? Gosta do controle, da troca
de passes. Teve tempo para adaptar este aspecto na Grécia. Já no Bilbao, vide
peças e características do elenco, formatou um time mais vertical no 4231 com
os pontas mais abertos. Nós, culés, não precisamos disso agora, pois a nossa
filosofia grita por controle pelo meio, onde a magia realmente acontece,
onde o pensamento vai além. Veremos passes mais longos, algo que faltou ao time
nos duelos contra o Atléti. Esperemos.
Quem me conhece, sabe que eu teria apostado as fichas em R. Koeman. Mesmo com seu jeito louco de gerir vestiário, me agrada
bastante. Outros nomes: Quique Setien (Las Palmas/Betis), Peter Bosz (Borussia – escola cruyyfista) e Marcelino
García Toral (Valência).
Menções: Erik Tem Hag (Utrecht e Ajax),
Julian Nagelsmann (Hoffenheim) e Phillip Cocu (PSV).
Preparem-se para criticar e arrancar os
cabelos, porque Ernesto é um cara bastante conservador, dogmático e pragmático.
Talvez consiga potencializar suas ideias com o elenco que possui em mãos. Não
serei do contra, apoiarei até quando puder e sempre dentro dos limites dos
elogios e críticas.
Por ora: time ainda baseado nos aspectos individuais. Não há variações, tampouco jogadores capazes de quebrar linhas. O meio, que deveria ser o suporte, ainda sofre os resquícios dos anos anteriores. É preciso reforçar, mas, acima de tudo, encontrar um padrão tático e coletivo, um sentido ideológico. Não creio que Valverde seja esse cara.
Tudo isso é apenas primeira impressão. Contudo, existem necessidades muito evidentes ao barça.
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
Palmeiras luta, mas é eliminado vergonhosamente da libertadores
FOTO: GLOBOESPORTE.COM
Elenco formado, desde 2015, para alçar voos mais altos, e eis que o palmeiras é eliminado VERGONHOSAMENTE da libertadores pelo Barcelona (EQU). Aqui não cabe mensurar o tamanho do adversário, mas sim o pequeno repertório da equipe paulista.
Primeiro tempo apático, em que Roger Guedes nada produziu, sendo bastante improdutivo ao sistema tático montado pelo técnico Cuca. A equipe alviverde foi mais na base do apoio de sua torcida, no tal "clima de libertadores". É incrível, como pôde-se constatar, espaços desocupados, linhas quebradas, jogadas na base dos chutões etc. Coisas assim são inadmissíveis, sobretudo pela expectativa gerada.
Já na segunda etapa, especialmente através da entrada de Moisés, o time soube orquestrar as melhores jogadas pelo meio, tendo um cara para pensar o jogo. Após a saída de Mina no primeiro tempo, foi a vez de Dudu abandonar o jogo na etapa derradeira. Foi no contra-ataque, com a chegada do camisa 10, que saiu o único gol da partida. Após o 1x0, com algumas jogadas esporádicas, apenas a tal "raça". Raras foram as chances criadas com discernimento, trabalhadas, com aproximação, superioridade numérica. Cruzamentos e mais cruzamentos. Não faltou vontade ao time. Mas apenas vontade não qualifica uma equipe para vencer a Libertadores. Jogo decidido nos pênaltis.
Nas penalidades, após os chutes perdidos por Bruno Henrique e Egídio, o Palmeiras foi eliminado ainda nas oitavas de final.
Particularmente, time sem variações de jogo. Olho para o Palmeiras e só enxergo arrancadas individuais de Dudu; alguns lampejos de genialidade de Guerra; esforço por parte de alguns meio-campistas. Se Cuca demorou a encaixar os 11 iniciais, são outros 500. Para o investimento que foi feito, visando grandes conquistas, é preciso cobrar e refletir sobre esta eliminação vexatória.
Houve erro de planejamento, mas não se deve abortá-lo. É preciso entender o que foi feito de errado, para aí sim traçar metas que não permita cair tão precocemente na principal competição do ano.
Resta ao Palmeiras brigar por uma vaga na Libertadores através do Campeonato Brasileiro, que por enquanto parece ser possível.
domingo, 6 de agosto de 2017
Em jogo memorável, Brasil vence a Itália e fatura o Grand Prix
A seleção feminina de vôlei conquistou na manhã deste domingo (06) seu 12º título do Grand Prix. O triunfo veio após um épico 3x2 ante o bom time italiano. Parciais: 26/24; 17;25; 25/22; 22/25 e 15/8.
Partida tensa do início ao fim, com muitas variações e força mental por parte das brasileiras. Vale ressaltar as boas alterações feita por Zé Roberto, sobretudo quando colocou Rosamaria no lugar da jovem Drussyla. Destaque para Tandara (oposta) e Natália (ponteira), ambas anotaram mais de 20 pontos. Já pelo lado das italianas, Egonu (oposta) e C. Bosetti (atacante) foram importantes. Após o lá e cá, o Brasil impôs um ritmo insano, não dando chances às italianas no tie-break.
Foi um torneio difícil, em que as comandadas de Zé estiveram à beira da desclassificação em duas oportunidades. Particularmente, não acreditava no título. Não se trata de desprezo, especialmente após a trágica eliminação nos jogos olímpicos. Não! O que me deixou cético foi a reformulação, que geralmente visa o projeto a longo prazo. Além do mais, seleções como China, Sérvia e Estados Unidos estavam um degrau acima.
Zé Roberto é espetacular, e notemos que o time que entrou em quadra hoje pouco lembra a equipe titular que jogou no Rio 2016. Algumas perdas por aposentadoria (Sheilla, Fabiana e Jaque (?)), uma indecisa e lesionada (Thaísa), a levantadora confusa (Dani Lins), ponteira machucada (Gabi). Citei apenas seis nomes, que para um esporte coletivo pesa muito. Imagine ter de reformular aos poucos. Complicado, né? E quando acontece de uma vez só? Praticamente impossível, se você não tiver ao seu lado um técnico experiente e vencedor.
Se por um lado perdemos várias jogadoras importantes, então nos vale as boas aparições de Tandara (campeã olímpica em 2012) e Natália (campeã olímpica em 2012, que vinha se machucando). Duas meninas que já possuem a tarimba de competições internacionais, sabem como funciona o esquema contra seleções fortíssimas. O mesmo vale para Adenízia, que praticamente viveu à sombra de Fabiana e Thaísa. As atacantes citadas, especialmente, podem ser o ponto de apoio ao técnico, que necessita de tranquilidade e bom desempenho no ciclo olímpico ao qual nos encontramos.
Acostume-se com Roberta (levantadora), Bia (central), Rosamaria e Drussyla (ponteiras), Suelen e Gabi (líberos), Macris (levantadora), Carol (central) etc. O caminho é longo, mas o Mundial de 2018 está próximo. Zé Roberto sabe da árdua missão que terá pela frente, mas partindo de um comandante acostumado aos incontáveis desafios, como duvidar da nova fornalha?
É só comemorar!
sábado, 5 de agosto de 2017
Em jogo morno, Bayern vence o BVB pela Supercopa alemã
O Bayern de Munique sagrou-se campeão da supercopa alemã ao vencer o Borussia Dortmund em pleno Signal Iduna Park. Após o empate no tempo normal em 2x2, os bávaros foram mais eficientes nos pênaltis, garantindo a taça ao vencerem por 5x4.
A partida demonstrou fraquezas das duas equipes, sobretudo no aspecto defensivo. Vários foram os momentos em que as linhas defensivas mais pareciam verdadeiros buracos. Pelo lado aurinegro, Dembélé infernizou Rafinha; Kimmich, por sua vez, "sambou" para cima da fraca e permissiva marcação de Zagadou. Favoritos ao título da Bundesliga, as equipes mostraram os porquês da fraca pré-temporada. É bem verdade que a equipe da baviera sofreu com os diversos lesionados: Neuer, Boateng, Alaba, Thiago, Gotze, Robben. No entanto, esperava-se mais de um clássico que ultimamente proporcionou grandes embates.
Os aurinegros saíram na frente, gol de Pulisic, após vacilo de Martínez; pouco tempo depois, em jogada tramada nas costas de Zagadou, Lewandowski só empurrou a bola para o fundo das redes de Burki. Já na etapa derradeira, com o aspecto físico sendo fator primordial, Lewa teve a chance de fazer o 2x1, mas, ao desperdiçá-la, viu Aubameyang colocar os aurinegros à frente do placar no lance seguinte. Muitas mudanças, pouco futebol. Eis que, num bate-rebate, já no fim da partida, o Bayern empata e leva a partida às penalidades máximas. Pobre Piszczek, autor do gol contra.
Ambos precisando erguer a taça para dar garantias aos torcedores. O Borussia esteve à frente do marcador quando Burki defendeu o chute de Kimmich; mas Ulreich defendeu as cobranças de Rode e Bartra, garantindo o título à equipe da Baviera. https://www.youtube.com/watch?v=oxU-f_RjTUY
Sinceramente? Mesmo sem acreditar que pré-temporada seja parâmetro para avaliações mais rigorosas, creio que o Bayern precisa melhorar no aspecto "conjunto". Já o BVB, com suas limitações, tende a contratar alguém que seja capaz de produzir bons passes para Aubameyang...apenas Dembélé não dá.
Festa bávara na cara da Muralha Amarela.
sexta-feira, 4 de agosto de 2017
Neymar no PSG: os "desafios" de um autêntico ambicioso
A grande contratação da temporada gerou diversos debates sobre as escolhas, certas ou erradas, de Neymar Jr. Economicamente falando, não restam dúvidas de que o brasileiro fez o correto. Independentemente do tal "desafio', o craque fez sua opção quando trocou o Barcelona pelo PSG.
Neymar chegou ao clube catalão falando manso, reiterando os dizeres de que realizara seu sonho de infância. Perguntado sobre Messi, ainda em 2013, afirmou que transferiu-se aos blaugranas para continuar a ajudar o argentino na concorrida batalha pelo prêmio de melhor do mundo. Quatro anos depois, cá estamos em Agosto de 2017, e o "menino" da terras brasilis resolveu modificar seu rumo.
Foram quatro temporadas vestindo a camisa do Barcelona; vários títulos - dentre eles a tão sonhada Champions League -; golaços; a perspectiva de ser ídolo. Sim, tornara-se querido pela torcida, sobretudo pelo trio mortal que formou com Messi e Suárez. Parecia que tudo se encaminharia para que Neymar, finalmente, vislumbrasse o que sempre negou desde o instante em que foi jogar na Europa: protagonismo.
Não sou de guardar mágoa, tampouco desmerecer o que foi feito. Contudo, a forma como a negociação foi conduzida, mediante silêncio e expectativas, deixou uma ferida imensa no coração de quem torce, há 20 anos, pelo barça. Entretanto, respeito a decisão tomada pelo atleta. Talvez pudesse ter sido melhor conduzida...fazer o quê?
Lembra do "vim pelo desafio", "nunca quis ser protagonista"? Frases estas que voltaram a ser repetidas pelo jogador quando já vestira a camisa do clube francês. Minutos depois, em entrevista à ESPN, disse algo do tipo: "ser melhor do mundo é algo que todo jogador sonha". Contradições!!! Mas convenhamos que ele precisa mesmo chegar de forma humilde e galgar seus objetivos. Caso realmente almeje o prêmio de melhor do mundo, terá de vencer a UCL. Contrato de cinco anos, PSG pagando 222 milhões de euros ao barça, e o ousadia e alegria rumou à capital francesa.
Penso que os melhores devem sempre jogar com jogadores do mesmo nível. Citaram K. Durant como algo comparativo. Bobagem! Kevin saiu de um puta time em que era "o cara", para em 2016 juntar-se aos GSW, o melhor time da NBA. Neymar poderia, em breve, realizar o sonho da bola de ouro. Mas convenhamos que em Paris ele vestirá a 10, protagonista, cobrará faltas e pênaltis, ficará à vontade com os brasileiros que lá atuam, será "apenas" o patrão de um clube que deseja, incontrolavelmente, ser reconhecido por grandes feitos.
Quanto ao barça, que procure alguém. Mas não para substitui-lo, pois será algo praticamente impossível. Deve-se pensar no coletivo, contratando peças pontuais com a grana que terá em mãos. Já Neymar JR., camisa 10 do Paris, terá de nos mostrar ser capaz de conduzir seu novo clube a outro patamar.
Ah, Parça, você fará falta. Mas, diferente do respeito que tive ao entender seu desejo, espero que nunca cruze o caminho culé. Garanto que o clima será o pior possível.
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