Imagem: globoesporte
O búlgaro Grigor Dimitrov venceu Nick Kyrgios em Cincinnati e conquistou, pela primeira vez, um Masters 1000. Semana iluminada, jogando muito, afastando aquela sombra de jogador que "só bate na trave". A verdade é que o ano do atleta vem sendo de total consistência e evolução. A grande ascensão encontra-se na ousadia de enfrentar e postular vitórias contra os principais jogadores do circuito.
Grigor entrou em quadra focado, tendo em
seu jogo as variações, muito spin nas bolinhas cruzadas, slices rasantes e ótimo aproveitamento no saque. Esse
estilo mais baixo e de muita paciência por parte do búlgaro, fez com que o
australiano acumulasse erros não-forçados. Primeiro set vencido por 6/3, com
algumas ameaças em seu saque, porém muito bem administrado no lado mental.
Chamado de “baby Federer”, Dimitrov entrou
na quadra central sabendo o que deveria ser feito para levar o set inicial, prova
disso encontram-se nos números: foi superior em todas as trocas. Subiu pouco à
rede, mas ao anular o jogo de Nick, encaminhou seu objetivo na primeira parte.
Incrível como a esquerda dele, que parece lenta, acelerou bastante. Firme e
regular lá atrás. Faltou agressividade ao bad boy australiano.
O jogo transcorreu, no 2º set, do mesmo jeito: Grigor muito consistente, e Kyrgios incomodado - sobretudo com as bolas baixas que não lhe deram ritmo. Dimitrov precisou "apenas" bloquear o potente saque do oponente, jogar seu jogo e gerar imposição dentro da quadra. Quebrou o serviço de Nick no 5-5, sacando para a vitória e para seu primeiro título de Masters 1000.
As qualidades desse cara de 26 anos de idade me faz crer que possui, sim, bola para almejar um Grand Slam. A concorrência é pesada.
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