Foi apenas a primeira partida de Ernesto
pelo Barcelona, então não há como desenvolver tantas manifestações contrárias –
sobretudo para quem acabou de perder um dos principais jogadores do elenco.
Seria oportunismo.
O supracitado não fere o DNA blaugrana,
tampouco trata-se de um desconhecido que aterrissou sem nunca antes ter bebido
da fonte Cruyyfista. No entanto, para quem o acompanhou no Espanyol, sabe que
suas ideias são próprias e diretas, sem o meio-termo de tantos outros que
passaram pelo clube. Se com Lucho o barça foi mais direto e letal no 433, com
Valverde – ainda mais sem Neymar – a história será baseada em linhas de quatro,
especialmente preservando Suárez e Messi.
Tenho em mente que veremos em breve uma
equipe no 442 (modo defensivo), tendo estocadas com laterais opostos: por
dentro e por fora. Vale ressaltar que essas ideias dos laterais ele utilizou na
Espanha e Grécia, com elencos diferentes, é bem verdade, porém sempre convicto
de que daria certo. Por mais que Semedo possua atributos defensivos superiores
aos do canterano Sergi Roberto, é o segundo quem inicia a corrida com alguns
metros de vantagem.
Meio de campo? Gosta do controle, da troca
de passes. Teve tempo para adaptar este aspecto na Grécia. Já no Bilbao, vide
peças e características do elenco, formatou um time mais vertical no 4231 com
os pontas mais abertos. Nós, culés, não precisamos disso agora, pois a nossa
filosofia grita por controle pelo meio, onde a magia realmente acontece,
onde o pensamento vai além. Veremos passes mais longos, algo que faltou ao time
nos duelos contra o Atléti. Esperemos.
Quem me conhece, sabe que eu teria apostado as fichas em R. Koeman. Mesmo com seu jeito louco de gerir vestiário, me agrada
bastante. Outros nomes: Quique Setien (Las Palmas/Betis), Peter Bosz (Borussia – escola cruyyfista) e Marcelino
García Toral (Valência).
Menções: Erik Tem Hag (Utrecht e Ajax),
Julian Nagelsmann (Hoffenheim) e Phillip Cocu (PSV).
Preparem-se para criticar e arrancar os
cabelos, porque Ernesto é um cara bastante conservador, dogmático e pragmático.
Talvez consiga potencializar suas ideias com o elenco que possui em mãos. Não
serei do contra, apoiarei até quando puder e sempre dentro dos limites dos
elogios e críticas.
Por ora: time ainda baseado nos aspectos individuais. Não há variações, tampouco jogadores capazes de quebrar linhas. O meio, que deveria ser o suporte, ainda sofre os resquícios dos anos anteriores. É preciso reforçar, mas, acima de tudo, encontrar um padrão tático e coletivo, um sentido ideológico. Não creio que Valverde seja esse cara.
Tudo isso é apenas primeira impressão. Contudo, existem necessidades muito evidentes ao barça.
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