domingo, 13 de agosto de 2017

Valverde? Preparem o coração, as críticas...



Em jogo válido pela supercopa da Espanha, no Camp Nou, o Real Madrid venceu o barça por 3x1, abrindo boa vantagem para a partida da volta. Com o ótimo resultado obtido em território inimigo, os blancos podem até perder por 2x0, no Barnabeu, que assim assim levarão o título.

Foi apenas a primeira partida de Ernesto pelo Barcelona, então não há como desenvolver tantas manifestações contrárias – sobretudo para quem acabou de perder um dos principais jogadores do elenco. Seria oportunismo.

O supracitado não fere o DNA blaugrana, tampouco trata-se de um desconhecido que aterrissou sem nunca antes ter bebido da fonte Cruyyfista. No entanto, para quem o acompanhou no Espanyol, sabe que suas ideias são próprias e diretas, sem o meio-termo de tantos outros que passaram pelo clube. Se com Lucho o barça foi mais direto e letal no 433, com Valverde – ainda mais sem Neymar – a história será baseada em linhas de quatro, especialmente preservando Suárez e Messi.

Tenho em mente que veremos em breve uma equipe no 442 (modo defensivo), tendo estocadas com laterais opostos: por dentro e por fora. Vale ressaltar que essas ideias dos laterais ele utilizou na Espanha e Grécia, com elencos diferentes, é bem verdade, porém sempre convicto de que daria certo. Por mais que Semedo possua atributos defensivos superiores aos do canterano Sergi Roberto, é o segundo quem inicia a corrida com alguns metros de vantagem.

Meio de campo? Gosta do controle, da troca de passes. Teve tempo para adaptar este aspecto na Grécia. Já no Bilbao, vide peças e características do elenco, formatou um time mais vertical no 4231 com os pontas mais abertos. Nós, culés, não precisamos disso agora, pois a nossa filosofia grita por controle pelo meio, onde a magia realmente acontece, onde o pensamento vai além. Veremos passes mais longos, algo que faltou ao time nos duelos contra o Atléti. Esperemos.

Quem me conhece, sabe que eu teria apostado as fichas em R. Koeman. Mesmo com seu jeito louco de gerir vestiário, me agrada bastante. Outros nomes: Quique Setien (Las Palmas/Betis), Peter Bosz  (Borussia – escola cruyyfista) e Marcelino García Toral (Valência).

Menções: Erik Tem Hag (Utrecht e Ajax), Julian Nagelsmann (Hoffenheim) e Phillip Cocu (PSV).


Preparem-se para criticar e arrancar os cabelos, porque Ernesto é um cara bastante conservador, dogmático e pragmático. Talvez consiga potencializar suas ideias com o elenco que possui em mãos. Não serei do contra, apoiarei até quando puder e sempre dentro dos limites dos elogios e críticas. 


Por ora: time ainda baseado nos aspectos individuais. Não há variações, tampouco jogadores capazes de quebrar linhas. O meio, que deveria ser o suporte, ainda sofre os resquícios dos anos anteriores. É preciso reforçar, mas, acima de tudo, encontrar um padrão tático e coletivo, um sentido ideológico. Não creio que Valverde seja esse cara.


Tudo isso é apenas primeira impressão. Contudo, existem necessidades muito evidentes ao barça.

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