domingo, 6 de agosto de 2017

Em jogo memorável, Brasil vence a Itália e fatura o Grand Prix



A seleção feminina de vôlei conquistou na manhã deste domingo (06) seu 12º título do Grand Prix. O triunfo veio após um épico 3x2 ante o bom time italiano. Parciais: 26/24; 17;25; 25/22; 22/25 e 15/8.

Partida tensa do início ao fim, com muitas variações e força mental por parte das brasileiras. Vale ressaltar as boas alterações feita por Zé Roberto, sobretudo quando colocou Rosamaria no lugar da jovem Drussyla. Destaque para Tandara (oposta) e Natália (ponteira), ambas anotaram mais de 20 pontos. Já pelo lado das italianas, Egonu (oposta) e C. Bosetti (atacante) foram importantes. Após o lá e cá, o Brasil impôs um ritmo insano, não dando chances às italianas no tie-break.

Foi um torneio difícil, em que as comandadas de Zé estiveram à beira da desclassificação em duas oportunidades. Particularmente, não acreditava no título. Não se trata de desprezo, especialmente após a trágica eliminação nos jogos olímpicos. Não! O que me deixou cético foi a reformulação, que geralmente visa o projeto a longo prazo. Além do mais, seleções como China, Sérvia e Estados Unidos estavam um degrau acima.

Zé Roberto é espetacular, e notemos que o time que entrou em quadra hoje pouco lembra a equipe titular que jogou no Rio 2016. Algumas perdas por aposentadoria (Sheilla, Fabiana e Jaque (?)), uma indecisa e lesionada (Thaísa), a levantadora confusa (Dani Lins), ponteira machucada (Gabi). Citei apenas seis nomes, que para um esporte coletivo pesa muito. Imagine ter de reformular aos poucos. Complicado, né? E quando acontece de uma vez só? Praticamente impossível, se você não tiver ao seu lado um técnico experiente e vencedor.

Se por um lado perdemos várias jogadoras importantes, então nos vale as boas aparições de Tandara (campeã olímpica em 2012) e Natália (campeã olímpica em 2012, que vinha se machucando). Duas meninas que já possuem a tarimba de competições internacionais, sabem como funciona o esquema contra seleções fortíssimas. O mesmo vale para Adenízia, que praticamente viveu à sombra de Fabiana e Thaísa. As atacantes citadas, especialmente, podem ser o ponto de apoio ao técnico, que necessita de tranquilidade e bom desempenho no ciclo olímpico ao qual nos encontramos.

Acostume-se com Roberta (levantadora), Bia (central), Rosamaria e Drussyla (ponteiras), Suelen e Gabi (líberos), Macris (levantadora), Carol (central) etc. O caminho é longo, mas o Mundial de 2018 está próximo. Zé Roberto sabe da árdua missão que terá pela frente, mas partindo de um comandante acostumado aos incontáveis desafios, como duvidar da nova fornalha?

É só comemorar!

Nenhum comentário:

Postar um comentário