domingo, 12 de agosto de 2012

Doeu! Mas o orgulho é imenso.

Acordei no dia 12/08/2012 pilhado para assistir a final do vôlei masculino. Fiquei tão pilhado que só consegui dormir às 3 da manhã. Com isso, acordei já saltando da cama e em meu celular a hora marcava 10:10 (manhã). 

Após lavar o rosto e escovar os dentes eu me deparei com um Brasil arrasador e vencendo por 2 sets a zero. E o melhor, estávamos em vantagem no terceiro set. A minha esperança aumentou, o nervosismo chegou ao máximo e eu já não conseguia ficar parado em um só lugar.

Quando fizemos 22x19 um filme veio em minha mente. Quatro anos atrás em Pequim, na mesma final, eu estava chorando naquele momento. A derrota perante os Estados Unidos doeu muito. Mas hoje seria diferente. O choro seria de alegria. Nada poderia estragar esse momento.

Mas como nem todos os sonhos são transformados em realidade e muitas vezes o tempo nos prega surpresas, eu vi incrédulo, a Rússia vencer o terceiro e quarto set. Eu já não mais me encontrava na sala de minha casa, como fiz em todos os jogos da seleção. Me tranquei no quarto dos meus pais e as lágrimas começaram a escorrer. O quinto e decisivo set foi passando e eu olhando os meus ídolos abatidos. Isso me derrubou. Assim que o russo, Muserskiy, cravou o último ponto, eu parei, deitei e as lágrimas escorreram com bastante intensidade. 

Sozinho e ainda atônito, eu lembrei os primeiros jogos que assisti em 1991. Uma retrospectiva passou em minha mente. Os momentos tristes e principalmente os milhares momentos de alegria que esse time me deu vieram como flashes. Comecei a memorizar e a entender o momento certo em que o vôlei entrou em minha vida. Nunca fui praticante (em função da minha altura) mas, jogava com os meus amigos na rua. Porém, sempre acompanhei (acompanho) as competições e já faz parte da minha vida há 21 anos. 

Após as entrevistas emocionadas dos jogadores eu me peguei pensando que nada estava perdido. Que em quatro anos, no Rio, eu teria a chance de ver de perto esses caras fazendo história. E é isso que me motiva para poder estar preparado financeiramente...para que eu tenha o privilégio de ver o vôlei (masculino e feminino) ao vivo e em cores. Não sei se estarei casado, com filhos, não sei. Mas que em 2016 eu vou estar no Rio de Janeiro assistindo ao esporte que tanto amo, ah, disso não tenho dúvidas.

O gosto do quase é amargo. Mas não encarei como um vexame. Muito pelo contrário. Essa seleção lutou até o fim e conquistou tudo o que poderia conquistar durante esses doze (12) anos com o Bernardinho em seu comando. Não podemos tirar o mérito da Rússia. Um gigante, um time com vários craques e que fizeram essa final se tornar tão grandiosa. Mereceram!

Infelizmente alguns ídolos como Giba, Serginho, Ricardinho, Rodrigão e Dante podem estar se despedindo da seleção sem o esperado ouro. Mas a alegria que eles me proporcionaram no decorrer do tempo e a forma como sempre entraram em quadra – jogando com amor e dedicação – superam qualquer resultado adverso.
É levantar a cabeça neste momento difícil e continuar com o brilhante trabalho que o vôlei vem fazendo. Tanto na praia quanto na quadra. Seja no feminino ou no masculino.

Nome dos doze (12) heróis em Londres 2012:

Levantadores: Bruninho e Ricardinho
Meio de rede: Sidão, Lucão e Rodrigão
Atacantes: Murilo, Dante, Thiago Alves e Giba
Opostos: Vissotto e Wallace
Líbero: Serginho
Técnico: Bernardinho

Parabéns, galera!
Fonte da foto: distraído.com.br




















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