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O Barcelona venceu o Alavés, fora de casa, e deu um passo importante para seguir reconstruindo seu jogo. Jogo sempre sob controle, com pontos positivos e negativos a serem analisados pelo técnico Ernesto Valverde. Messi decidiu (mais uma vez), e com o triunfo por 2x0, a equipe catalã garantiu os 100% de aproveitamento em La Liga.
Time que entrou em campo: Stegen; Sergi Roberto, Pique, Umtiti e
Alba; Busquets, Rakitic e Iniesta; Deulofeu, Vidal e Messi.
Valverde optou por Aleix e Sergi Roberto
pelos lados, dando amplitude ao time que pouco produziu pela direita em
2016/2017. Dito isso, a proposta inicial foi a de pressionar ao extremo o
Alavés em seu campo defensivo – sobretudo pela implacável marcação alta nos 25
minutos iniciais. Em contrapartida, deu espaços para os contragolpes do
adversário.
As manifestações coletivas ficaram
evidenciadas através do jogo pelo meio: Busquets, Rakitic, Iniesta e Messi –
que flutuava como falso 9, às costas dos volantes, de frente para os
defensores. Foi assim que o camisa 10 produziu alguns chutes ao gol. Com o
oponente fechado, o barça optou algumas vezes pelos lados do campo,
especialmente com Deulofeu, criando três oportunidades claríssimas. No entanto,
após os 28 minutos, e já sem o mesmo ímpeto de antes, a equipe da casa
aproveitou-se e foi para cima dos culés – principalmente pelo lado direito, em
que Vidal e Sergi demoravam no retorno à zaga.
Muitos passes, dinâmica, dono da posse de
bola, aproximação. Mas faltou aos visitantes o drible que pudesse quebrar
linhas. Tirando Messi e Deulofeu, poucos jogadores produziram tal
condicionante. Eis que aos 38 minutos, após cobrança de falta, Pique é puxado
por R. Ely. Pênalti para o barça. Messi bateu certinho, mas o goleiro pegou de
maneira brilhante. Primeira etapa marcada pelo sufoco do Barcelona em 28
minutos, contra-ataques velozes do Alavés, poucas finalizações perigosas.
O segundo tempo começou com os culés
especulando, com a posse, mas sem aquela pressão alta. O Alavés, por sua vez,
montou o 4-4-2 defensivo, à espera de contra-ataques. Aos 10 minutos, após boa
trama entre Iniesta e Alba, a bola foi rolada para trás, e encontrou Messi
livre, que apenas ajeitou e chutou para o fundo do gol. Com o placar aberto,
Valverde tirou Vidal e colocou Alcácer – que adentrou pelo extremo esquerdo,
com Deulofeu pela direita. Tática correta, que consiste na marcação firme,
rápida retomada da bola, ocupação de espaços.
Das grandes virtudes do jogo pelo meio, a
infiltração é a que causa mais problemas ao adversário. Porém, não foi a tônica
da equipe catalã. Mesmo com o revés, os mandantes resolveram esperar pelos
contra-ataques, mas, quando ousaram atacar, perderam a bola pelo lado direito.
Alcácer recuperou a bola, mas errou o passe letal para Lionel. Como quem
retribui favor, o zagueiro Alexis devolveu a bola, que sobrou para Messi, e o
mesmo não perdoou e fez 2x0. Não foi um gol trabalhado, tampouco construído.
Contudo, não se pode vacilar contra equipes grandes – por mais que não estejam
bem, são letais. Falta infiltração. Denis entra no lugar de Deulofeu, e como
num passe de mágica, dá maior poder de armação pelos lados. O time se solta, e
Messi, atormentado pelos chutes no travessão na partida anterior, o acerta novamente. Restando
cinco minutos para o término da partida, Paulinho entra para fazer sua estreia.
Partida decidida e controlada desde sempre.
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Ernesto Valverde acertou na formatação das
ideias e das peças em campo. Precisando reestabelecer vários aspectos táticos,
o Barça venceu e jogou bem fora de casa. Várias finalizações e lições para o
decorrer da temporada.