AU
REVOIR, ARSENAL
Dia
17/05/2006. Paris é a cidade. O espetáculo seria apresentado no Stade de
France. Os artistas vestiam as camisas do Barcelona e Arsenal. O mundo do
futebol apontava os holofotes para mais uma final de Champions League.
Duas equipes
com estilos diferentes no modo tático. Mas a desenvoltura era a de verdadeiros
campeões. O Arsenal tinha uma defesa forte e havia tomando poucos gols durante
a competição. Era a sua primeira final de UCL. Já o Barcelona era o time do
momento. Com Ronaldinho, melhor do mundo, o time estava em uma final após 14
anos. Um verdadeiro duelo de titãs.
A minha
ansiedade era incontrolável. Passei o dia agitado, nervoso e andando de um lado
para o outro. Decidi “matar” aula na Faculdade. Com a minha camisa do Barça já
vestida eu fiquei relembrando a decisão de 1992. Mesmo com apenas sete (7)
anos, o gol do Koeman não saia da minha cabeça. As memórias daquele dia
memorável me davam a energia ainda maior para acreditar no título.
Ao contrário
de 2005 eu estava sozinho em casa. De certa maneira, um lado positivo. Eu
poderia dar meus gritos e transparecer o meu nervosismo sem incomodar ninguém.
Por outro lado, com quem eu iria debater o jogo? Apenas blindei as minhas
emoções ao máximo. O Arsenal não me causava medo. Mas eu estava preocupado já
que o time inglês não sofria gol a mais de 900 minutos. A imprensa fazia
questão de salientar isso a todo o momento. Me fiz cético perante tal
estatística.
Se em 2005 em
sentei com tranquilidade e assisti ao jogo comendo pipoca e tomando suco. Em
2006 só a água me faria “companhia”. Nada me descia a não ser a vontade de
externar o grito de campeão após quatorze (14) anos. Concomitante ao jogo eu
ficava escutando algumas músicas para relaxar. Estava na hora. Tudo pronto!
Coração saindo pela boca, celular desligado, copo de água na mesinha e a sala
(grande) tornou-se o meu “mundo”.
O JOGO
O Arsenal
montou uma defesa ainda mais forte para a partida com Touré e Campbell tomando
conta do pedaço. O Barça não poderia contar com a sua nova estrela, Lionel
Messi. Ainda me ajeitando na cadeira, vi o Arsenal perder uma chance incrível
com Henry logo de início, cara a cara com o goleiro. Porém, chutou em cima do
bem posicionado Valdés. Que é isso? Já? Não poderia ao menos deixar que eu me
ajeitasse na cadeira? Claro que não. Logo em seguida o mesmo Henry soltou um
petardo para a defesa de Valdés. O até então questionado Valdés começava a
operar milagres. E o meu nervosismo beirando ao extremo.
O Barcelona
foi se tranquilizando em campo e tomando as rédeas da partida. Ronaldinho
Gaúcho passou a assumir o papel de protagonista.
- Lindo
lançamento para Eto’o. Só ele e o goleiro Lehmann. Pensei: é gol. Eto’o passou
como um carro de F1 pelo arqueiro, mas foi derrubado. Opa...Giuly pegou a sobra
e fez o gol. O juiz já havia paralisado o jogo. Expulsou o goleiro (de forma
correta), mas não deu prosseguimento ao lance. Palavrões ecoaram pela minha
casa. Eu não acreditava.
O goleiro
reserva (Almunia) entrou no lugar de Pires. Que se despedia do Arsenal. Lembro-me
da fisionomia triste do Francês ao sair. Se o time inglês já veio com um
esquema fechado, agora é que eles colocariam um ônibus na frente da defesa. O
Barcelona acionava e controlava a partida. Entretanto, as chances de gol não
apareciam. Méritos para a defesa amarela. Minhas unhas já não mais existiam
nesse espaço de tempo. Eu enxergava o domínio do meu time e o gol não aparecia.
Passava dos
35 minutos. Minha camisa sendo esticada a cada oportunidade sendo desperdiçada.
Eis que surge uma falta na linha de fundo. Henry cruza e...cruza e...Campbell
sobe e cabeceia para o fundo do gol. Fiquei incrédulo, pasmo e sem acreditar.
Peguei a bola que estava na outra sala e dei um chute – de raiva – em direção
ao portão. Arsenal 1x0? Como assim? Detalhes de um time que sabia como se
postar em campo. O Barcelona sem criar e sem se impor diante do adversário com
um homem a menos.
Minhas
esperanças esvaiam com o fim da primeira etapa. O primeiro tempo indo embora
sem o gosto da vitória ou ao menos do bom futebol mostrado durante a
competição. Opa...acréscimos milagrosos? Não! Eto’o recebeu, deu o corte em
Campbell e chutou. Almunia salvou parcialmente. A bola foi em direção ao gol
e...trave! De cabeça baixa escutei o árbitro dar fim ao primeiro tempo.
Durante o
intervalo de jogo os meus pais chegaram. Agora eu teria com quem “desabafar”. A
vítima? Minha mãe. Sabendo do resultado de momento, ela arrumou as compras e
sentou-se ao meu lado para assistir o restante da partida.
SEGUNDO TEMPO
O Barcelona
voltou com uma modificação. O técnico Rijkaard sacou o lesionado Edmílson e
colocou Iniesta em campo. Mais posse e chegada em gol. Legal! Por incrível que
pareça eu estava mais calmo.
O Arsenal
voltou todo recuado e com apenas Henry na frente. Esse cara daria um trabalho enorme.
Eu tinha certeza. Já de início, Iniesta, que acabara de entrar, fez boa jogada
pela direita e chutou. Almunia defendeu. Que goleiro chato. Não dava rebote.
Minha mãe achando que o Eto’o era o Viola. Como assim mãe? Dei muita risada. Um
dos poucos momentos que fiz isso.
O tempo
passava e a minha ansiedade transbordava o limite do REAL e do SURREAL. Alguns
minutos depois, em raro contra-ataque, Henry passou para Hleb. Nããããão! Ele
deve ter tomado um susto com o meu grito que ecoou até a França e chutou –
rasante - para fora. Mesmo triste e cabisbaixo eu conversei com a minha mãe
sobre o poder defensivo daquele Arsenal. Parecia instransponível. Será?
Lembro que
aos vinte (20) minutos eu, de tão nervoso, saí da sala e fui para a cozinha.
Não queria ver. Apenas fiquei escutando. Era a sensação do rádio. O perigo era
ainda maior em minha mente. Quase quebrei o jarro na cozinha quando escutei o
lance em que Ljungberg chutou e Valdés espalmou. Sem o “cão de guarda” Van
Bommel o time foi se encolhendo e era o Arsenal quem dava os maiores sustos. E
Valdés fazendo o que podia. A sensação de estar escutando pelo rádio não
diminuiu a minha tensão quando Henry recebeu sozinho e chutou. Mais uma vez o
“santo” Valdés defendeu. Outro milagre.
Para quem já
estava a beira do nonsense, ver Belletti entrando em campo não melhorava em
nada o meu ânimo (mal sabia que...). Minha mãe me chamou e eu voltei pra sala.
Não poderia mais perder as imagens daquele jogo histórico mesmo com o Arsenal
sendo brilhante e mais efetivo no ataque.
As emoções
bucólicas iam e voltavam em um piscar de olhos. Como superar essa defesa? Isso
não poderia estar acontecendo. Esse 4-4-1 do Arsenal parecia em dia iluminado.
Lembro perfeitamente de estar com minha mão grudada com a da minha mãe. O time
estava sucumbindo e caindo no báratro da derrota.
O momento do
“UFA”, do alívio veio pelo lado esquerdo do ataque. Iniesta toca para Larsson.
O Sueco apenas ajeita a bola para Eto’o. O Camaronês chutou entre a trave e
Almunia. No único espaço em que poderia entrar. Soltei a mão da minha mãe, dei
um chute ainda mais forte na bola e a euforia tomou conta. O narrador falou que
após 996 minutos o Arsenal voltou a sofrer gol. Que sofrimento!
A euforia
contagiou os jogadores do Barcelona e assustou o Arsenal. A prorrogação parecia
o caminho mais provável diante do cenário estabelecido pelo time inglês.
Tirei a
camisa e comecei a morder...acreditem, de felicidade. Nem bem comemorei e o
tempo já destinava outra surpresa. O Sueco Larsson está com a bola pela
direita. Na linha de fundo e sem muitas alternativas, ele viu Belletti passando
como um foguete. O Brasileiro recebeu, deu apenas um toque para ajeitar a bola
e chutou. GOOOOOOOOOOOOOOOOOL! Sem ângulo e com força. A bola ainda bateu nas
pernas de Almunia e entrou. Belletti? Quem poderia imaginar? Nem o mais
confiante Culé imaginaria que Belletti sairia do banco pra ser decisivo. Eu
pulava de tanta alegria. Não conseguia conter a emoção. Que MOMENTO!
A alegria
dava lugar a ansiedade. O tempo que antes voava, agora passava devagar. O
Barcelona controlava o jogo. Já o Arsenal, que antes tinha espaços, já não mais
os encontrava. Chega logo...cadê o fim de jogo? Seu Juiz, por favor...acabe com
esse martírio. Deco recebe a bola no meio campo e o êxtase de emoções se
misturam quando o jogador de camisa número 20 pega a bola e dá um bico para
cima.
Os jogadores
do Arsenal, que sentiram o gosto do título por muitos minutos não acreditavam
no que estava acontecendo. Parecia mais um pesadelo após todo o esforço e garra
injetada naquela partida.
Pelo
Barcelona o sentimento era o oposto. O Francês Giuly chorava feito
criança. A cena que me marcou foi a do
goleiro Valdés, aos berros, balançando o técnico Rijkaard. Todos os torcedores
começaram a aplaudir o “novo” campeão. Após quatorze (14) anos o Barcelona
voltava a erguer a orelhuda. Após tanto tempo vendo seu rival com a glória
maior, o Barça estava novamente no topo do futebol. A Champs-Élysées estava
colorida de azul-grená. O mundo se rendeu, novamente, ao Barcelona.
Comecei a me
emocionar e lembrei de 1992. Ainda garoto e vibrando com Koeman e c&a. O
momento era de alívio. A emoção estava estampada em meus olhos ao ver o capitão
Puyol erguer a teça. E quem diria: Belletti virou herói. Mesmo no sufoco, na emoção,
a paixão em ser Culé nunca fez com que eu deixasse de acreditar. E foi assim
que assisti a mais um jogo memorável em minha vida. Foi assim que vi o
Barcelona sair da fila. Foi assim que me senti em Paris. E foi assim...que
nunca mais esquecerei.
Que SUNTUOSO!
FICHA DO JOGO
Arsenal: Lehmann, Eboué, Kolo Touré, Campbell,
Ashley Cole; Pires (Almunia), Gilberto Silva, Ljungberg, Fàbregas (Flamini),
Hleb; Henry. TÉCNICO: Arsené Wenger
Barcelona: Valdés, Oleguer (Belletti), Rafa
Marquez, Puyol, Gio Bronckhorst; Edmílson (Iniesta), Van Bommel (Larsson),
Deco; Giuly, Eto’o, Ronaldinho. TÉCNICO:
Rijkaard
DEPOIMENTOS:
Henrique Tavares: Infelizmente não vi o jogo, mais
vi a cena marcante do gol do Beletti e dele entrando no campo dps sozinho. (Torcedor do Barcelona)
Rubens Gomes: Como muitos amigos sabem, desde
criança recebi de meu pai um tesouro
inestimável que foi o privilégio de conhecer e me tornar torcedor desse time,
que hoje ocupa um espaço prioritário em minha vida, nosso querido Futebol Clube
Barcelona.
Quando criança, mesmo sem entender 'nada' de futebol, algo me chamava muito a atenção, a vibração e a atenção de um homem diante da televisão quando um certo time com um uniforme de cores chamativas e sem patrocinadores se preparava para jogar. Bem, foi nesse ambiente que cresci, alimentando a cada dia essa imensa paixão por um time de tradição e com uma história diferenciada de tudo o que eu já havia visto antes.
Agora, vocês podem estar se perguntando, se o assunto em questão é o modo como eu vivi a grande final da UCL entre Barcelona X Arsenal, em 2006, o que essa história tem a ver com isso? Meu pai que já não está entre nós tinha uma grande obsessão, que era ver o seu time de coração conquistar tantos quantos títulos da Liga dos Campeões fossem possíveis, superando o eterno rival, Real Madrid no qual ele tinha uma aversão declarada por tudo o que esse time historicamente havia feito para prejudicar o Barça, talvez essa seja uma das razões por eu odiar tanto esse rival, e ser um antimadridista tão declarado.
O dia era 17 de maio de 2006, e me lembro de cada lance desse jogo como se fosse hoje. Naquele momento, eu só queria que meu pai tivesse a oportunidade de poder ver aquilo que eu vi e senti, é até difícil de descrever, mas foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida relacionado ao futebol e à paixão que sinto por esse esporte.
Estava na casa da minha tia e assisti a esse jogo rodeado por primos e amigos que torciam contra o Barça, não por serem torcedores do Arsenal, mas sim, por serem torcedores de um time com muito dinheiro que comprava quase todos os jogadores estrelas da época e os intitulavam de “os galácticos”. Sentia-me pequenininho diante de tanta torcida contra, mas uma coisa eu tinha em mente, queria ver o meu time de coração conquistar a sua segunda Liga dos Campeões e não parava de pensar na alegria que meu pai sentiria se estivesse ali presente. Mesmo diante de situações adversas eu acreditava seriamente que esse título fosse possível.
À medida que o jogo ia passando, um filme também passava pela minha cabeça e uma mistura de confiança e temor em relação ao que poderia acontecer nessa partida tomava conta de mim. Como em quase todos os jogos do meu time, lá estava eu, devidamente vestido com minha camisa do Barça, do nosso ídolo brasileiro Ronaldinho Gaucho, rindo, chorando e gritando muito a cada lance do jogo. Ronaldinho Gaucho era a minha grande esperança, vivia uma fase espetacular, e era sem dúvidas aquele jogador em quem todos apostavam que poderia em um lance ou outro decidir o jogo, mas a realidade era que o Arsenal não chegou à toa nessa final, e o duelo era digno de um grande espetáculo, mesmo com a dificuldade que o Barça teve durante 70 minutos para quebrar a retranca que o Arsenal havia montado, aliás, o time inglês já estava há 10 jogos sem levar gol.
Se por um lado Ronaldinho Gaucho estava “apagado”, Eto’o não estava, e foram dele os lances mais espetaculares desse jogo. Um baixinho chamado Messi poderia ter ajudado, pois estava nascendo para o mundo do futebol, porém, voltava de contusão e sequer foi relacionado. Mas a surpresa maior mesmo foi um tal de Belletti, jogador brasileiro que sempre questionei a sua presença no Barça, mas que calou não só a minha boca, mas a de todos que sempre o criticaram. Eu costumo chamar esse jogo de o “dia de Belletti”, que entrou e marcou o segundo gol que nos deu o título que tanto sonhávamos, e ainda que Eto’o tenha sido eleito o melhor da partida, Larsson foi um herói para mim, dois passes, dois gols.
Se na conquista do 1º título de UCL do Barça eu ainda era bem pequeno e o que me ligava ao Barça eram as cores marcantes de uma camisa bem como, a história que eu cresci ouvindo de um grande torcedor sobre um time pelo o qual eu fui ensinado a amar, esse 2º título teve um significado muito, muito, mas muito especial para mim.
Meu pai sempre me dizia que o Barça conquistaria o mundo do futebol, e com o FUTEBOL, propriamente dito, não com a repressão ou ditadura, como fizeram os de Madrid. Ele dizia que esse Barça chegaria ao topo do futebol mundial e que sua história estava apenas começando. Ao assistir esse jogo, eu estava vendo uma profecia se cumprir, e mal sabia eu que em poucos anos depois o Barça conquistaria a Europa e o mundo outras vezes mais, mas o melhor dessa história, é que ela não acaba por aqui, está apenas começando. O Barça investiu a vida inteira em suas categorias de base, e seus frutos estão aparecendo agora. PREPAREM-SE: Pois o melhor do Barça ainda está por vir!
Visca el Barça! (Torcedor do Barcelona)
Quando criança, mesmo sem entender 'nada' de futebol, algo me chamava muito a atenção, a vibração e a atenção de um homem diante da televisão quando um certo time com um uniforme de cores chamativas e sem patrocinadores se preparava para jogar. Bem, foi nesse ambiente que cresci, alimentando a cada dia essa imensa paixão por um time de tradição e com uma história diferenciada de tudo o que eu já havia visto antes.
Agora, vocês podem estar se perguntando, se o assunto em questão é o modo como eu vivi a grande final da UCL entre Barcelona X Arsenal, em 2006, o que essa história tem a ver com isso? Meu pai que já não está entre nós tinha uma grande obsessão, que era ver o seu time de coração conquistar tantos quantos títulos da Liga dos Campeões fossem possíveis, superando o eterno rival, Real Madrid no qual ele tinha uma aversão declarada por tudo o que esse time historicamente havia feito para prejudicar o Barça, talvez essa seja uma das razões por eu odiar tanto esse rival, e ser um antimadridista tão declarado.
O dia era 17 de maio de 2006, e me lembro de cada lance desse jogo como se fosse hoje. Naquele momento, eu só queria que meu pai tivesse a oportunidade de poder ver aquilo que eu vi e senti, é até difícil de descrever, mas foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida relacionado ao futebol e à paixão que sinto por esse esporte.
Estava na casa da minha tia e assisti a esse jogo rodeado por primos e amigos que torciam contra o Barça, não por serem torcedores do Arsenal, mas sim, por serem torcedores de um time com muito dinheiro que comprava quase todos os jogadores estrelas da época e os intitulavam de “os galácticos”. Sentia-me pequenininho diante de tanta torcida contra, mas uma coisa eu tinha em mente, queria ver o meu time de coração conquistar a sua segunda Liga dos Campeões e não parava de pensar na alegria que meu pai sentiria se estivesse ali presente. Mesmo diante de situações adversas eu acreditava seriamente que esse título fosse possível.
À medida que o jogo ia passando, um filme também passava pela minha cabeça e uma mistura de confiança e temor em relação ao que poderia acontecer nessa partida tomava conta de mim. Como em quase todos os jogos do meu time, lá estava eu, devidamente vestido com minha camisa do Barça, do nosso ídolo brasileiro Ronaldinho Gaucho, rindo, chorando e gritando muito a cada lance do jogo. Ronaldinho Gaucho era a minha grande esperança, vivia uma fase espetacular, e era sem dúvidas aquele jogador em quem todos apostavam que poderia em um lance ou outro decidir o jogo, mas a realidade era que o Arsenal não chegou à toa nessa final, e o duelo era digno de um grande espetáculo, mesmo com a dificuldade que o Barça teve durante 70 minutos para quebrar a retranca que o Arsenal havia montado, aliás, o time inglês já estava há 10 jogos sem levar gol.
Se por um lado Ronaldinho Gaucho estava “apagado”, Eto’o não estava, e foram dele os lances mais espetaculares desse jogo. Um baixinho chamado Messi poderia ter ajudado, pois estava nascendo para o mundo do futebol, porém, voltava de contusão e sequer foi relacionado. Mas a surpresa maior mesmo foi um tal de Belletti, jogador brasileiro que sempre questionei a sua presença no Barça, mas que calou não só a minha boca, mas a de todos que sempre o criticaram. Eu costumo chamar esse jogo de o “dia de Belletti”, que entrou e marcou o segundo gol que nos deu o título que tanto sonhávamos, e ainda que Eto’o tenha sido eleito o melhor da partida, Larsson foi um herói para mim, dois passes, dois gols.
Se na conquista do 1º título de UCL do Barça eu ainda era bem pequeno e o que me ligava ao Barça eram as cores marcantes de uma camisa bem como, a história que eu cresci ouvindo de um grande torcedor sobre um time pelo o qual eu fui ensinado a amar, esse 2º título teve um significado muito, muito, mas muito especial para mim.
Meu pai sempre me dizia que o Barça conquistaria o mundo do futebol, e com o FUTEBOL, propriamente dito, não com a repressão ou ditadura, como fizeram os de Madrid. Ele dizia que esse Barça chegaria ao topo do futebol mundial e que sua história estava apenas começando. Ao assistir esse jogo, eu estava vendo uma profecia se cumprir, e mal sabia eu que em poucos anos depois o Barça conquistaria a Europa e o mundo outras vezes mais, mas o melhor dessa história, é que ela não acaba por aqui, está apenas começando. O Barça investiu a vida inteira em suas categorias de base, e seus frutos estão aparecendo agora. PREPAREM-SE: Pois o melhor do Barça ainda está por vir!
Visca el Barça! (Torcedor do Barcelona)
Lilian Cristine Rangel: Sou
torcedora do Barça, dsd meus 8 anos de idade(e lá se vão, 18 anos), tendo o
prazer de torcer para o Barça. De ser uma culé. Eu pude ter o prazer de ver
esse jogo. O Arsenal tinha um bom time, e a expectativa era grande, o Barça
queria voltar a ter o
prazer de ser campeão europeu, fato acontecido em 92, com o mágico time das 4
Ligas seguidas, de Johan Cruyff. Vínhamos de uma fase de vendo nosso maior
rival, o RM, vencer títulos da Liga e da Champions. O maravilhoso trio RG,
Eto'o e Deco, dava o tom, a essa incrível equipe de Rijkaard. Mas seria um
jogador brasileiro, o lateral direito, Beletti, que faria o sonho do 2º título
da Champions virar realidade. Tava nervosa, mas no final chorei de
alegria...meu Barça, campeão europeu, pela 2ª vez. E tive a certeza, que seria
culé para sempre. Vizca Barça!!! (Torcedora do Barcelona)
Matheus Ribeiro: Poxa,
nesse dia era aniversário de casamento do meu irmão, fui até lá....cheguei
quando o jogo tinha acabado de começar, e só soube disso pq passei pelo
restaurante onde ocorria a transmissão, a casa do meu irmão era por perto. Logo
que cheguei...sem ninguém notar voltei e fui pro restaurante, logo que cheguei
1x0 Arsenal, meu amor culé, era ainda pequeno, mais naquele dia foi marcante,
independente do resultado, nascia ali algo jamais ocorrido até então...
O
jogo estava difícil, Henry dava muito perigo, Iniesta entrou e ele ainda era
uma mera aposta, Beletti então....quase joguei a toalha quando ele entrou, o
Barcelona não estava bem, o tempo corria...
Meu
nervosismo estava visível e reparava as pessoas me reparando, mais o que me
preocupava estava muito longe dali, mesmo com um a mais viu um Barça sem nada a
fazer....até que...Eto´o empatou, e olha lá, quem diria, Belletti, virou Herói!,
salvou e tirou da fila o time que tanto amo!, Barça se divide entre antes e pós
2006!, Visca el Barça!, Meu time, meu amor! (Torcedor do Barcelona)
Marcos Neves: Jogaço! Uma das melhores partidas que já vi em todos os sentidos! Técnicamente, taticamente e muita, mas muita emoção do começo ao fim... Jamais esquecerei! (Torcedor do Barcelona)
Marcos Neves: Jogaço! Uma das melhores partidas que já vi em todos os sentidos! Técnicamente, taticamente e muita, mas muita emoção do começo ao fim... Jamais esquecerei! (Torcedor do Barcelona)
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