quinta-feira, 25 de julho de 2019

Pia Sundhage assume o comando da seleção feminina de futebol



A CBF anunciou nesta quinta (25) a sueca Pia Sundhage como técnica da seleção. Ela assume o lugar de Vadão, que fracassou durante o tempo em que esteve à frente do cargo. 

Pia é o nome certeiro para quem realmente almeja novas metas; modelo de jogo; pensamento voltado ao futebol de base. Bicampeã olímpica com os Estados Unidos (2008 e 2012), conseguiu sempre moldar suas equipes às suas ideias e características das atletas. Ainda pela seleção estadunidense, após uma decisão incrível contra o Japão, foi vice-campeã do mundial 2011. Seu legado foi repassado para Jill Ellis (auxiliar de Sundhage), que recentemente faturou o bicampeonato mundial com os EUA.

Voltou à terra natal para treinar a seleção sueca, mesmo com poucas peças decisivas. Centrada, inteligente e COM TOTAL CONHECIMENTO DO UNIVERSO DO FUTEBOL FEMININO, Sundhage alcançou a medalha de prata nos jogos olímpicos de 2016, parando apenas na Alemanha. Vale ressaltar que as suecas eliminaram Estados Unidos e Brasil (donas da casa, e que na fase de grupos havia vencido a seleção europeia). Encerrou seu ciclo na equipe principal e se dedicou inteiramente à base a partir de 2017. 

A ideia de contratá-la me agrada bastante, especialmente por se tratar de uma vitoriosa, de alguém que enxerga as reais necessidades da modalidade. No entanto, mesmo com a aquisição de Pia, ainda sinto receio quando vejo Marco Aurélio Cunha na cúpula diretiva. É preciso que ela tenha total autonomia para moldar pensamentos, instruir e ajudar NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS MENINAS. O começo vem da base. 

Esperemos os próximos capítulos, a hierarquia de comando. Pia Sundhage é nome certo...mas que tenham paciência, que deem liberdade de trabalho, que apresentem um projeto a longo prazo. 

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