domingo, 7 de julho de 2019

É TETRA! Hegemonia dos EUA no Mundial Feminino de Futebol

FOTO: FIFA

Sabia-se, antes mesmo do começo do torneio, que a seleção americana figurava como a grande favorita ao título. Claro, sem desmerecer equipes como: Holanda, Alemanha, Suécia, França etc. A prova dos nove veio na manhã deste domingo (07), e as comandadas de Jill Ellis venceram a Holanda por 2x0 e faturaram o tetracampeonato, sendo o bi consecutivo. 

As atuais campeãs se notabilizaram pelos gols até os 15 minutos da etapa inicial, e foi pensando nisso que as holandesas focaram, estiveram atentas, atuaram com três zagueiras na linha defensiva. Primeira etapa truncada, sem o controle por parte das estadunidenses, sem a força das americanas pelos lados do campo. Pelo lado da Holanda, que não pôde contar com os 100% de Martens, restou se defender e procurar contra-ataques que direcionassem os passes na atacante Miedema. Destaque para a goleira Veenendaal, absolutamente fria e concentrada na proposta de sua equipe.

O plano, pode-se assim dizer, caiu por terra no começo da segunda etapa, quando Van der Gragt cometeu um pênalti infantil em Alex Morgan. Destaque da equipe dentro e fora dos gramados, Megan Rapinoe abriu o marcador. Pronto, foi o balde de água fria no aspecto mental da seleção europeia, que em seguida viu Rose Lavelle - em ótima jogada individual - aumentar o placar. O golpe foi duro, a cabeça das meninas da Holanda foi para o espaço, tanto que os EUA cansaram de perder boas oportunidades logo em seguida. A seleção dirigida por Sarina Wiegman, por sua vez, tentou esporadicamente diminuir o prejuízo através dos passes longos de Spitse; em raras jogadas individuais de Beerensteyn; no jogo mais pensante de Van de Donk.

Título merecido, principalmente para a seleção que melhor desenvolveu aspectos táticos, técnicos e mentais. O projeto por lá surge desde cedo nas escolas, sendo ainda mais potencializados e desenvolvidos nas universidades. Futebol feminino nos Estados Unidos é algo sério, bastante profissional, com direcionamento total ao crescimento da modalidade. Aplausos também ao projeto holandês, que vem colhendo frutos pela iniciativa profissional adotada em 2004, não visando apenas resultados, mas sim a continuidade do esporte - não à toa venceram o campeonato europeu em 2017.

Aliás, Copa do Mundo de EXTREMO SUCESSO de público, de telespectadores, patrocinadores, participantes, debates, visibilidade etc. Muitos países, não de hoje, alavancando a modalidade. Somente no Brasil, mesmo após aquela "era de ouro" entre 2004-2008, preferiu regredir e não profissionalizar-se.

Gostei bastante dos avanços técnicos e táticos. De seleções como Itália, Inglaterra, Espanha, França, Japão, Argentina. O caneco ficou em boas mãos. Fica a impressão de que a evolução coletiva abrirá portas para que em breve o nível de competitividade seja ainda maior.

PARABÉNS, MEGAN RAPINOE! MELHOR JOGADORA DO MUNDIAL!

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