quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

OS 11 ATOS DE RAFAEL NADAL



O Espanhol Rafael Nadal já é considerado um dos maiores tenistas de todos os tempos. Seu jeito brincalhão e descontraído fora das quadras em nada lembra o “touro”, guerreiro e sisudo tenista dentro de ‘la cancha’.

Desde pequeno o espanhol já dava sinais de que estaria dentro do mundo esportivo. “Rafa” é sobrinho do ex-jogador do Barcelona e seleção espanhola, Miguel Àngel Nadal. Seu talento cognoscível é difundido e admirado por muitos fãs e amantes do tênis.

Dentro de quadra sempre foi um ‘leão’ em busca de “eliminar” a vitima e tomar conta do ‘pedaço’. Seu estilo de jogo aguerrido e raçudo chamam a atenção de qualquer ser humano que não consiga entender de onde vem tanta energia.

Os problemas nos joelhos são reminiscentes. Por estar sempre usando a força física para encaixar o seu estilo de jogo em quadra, Nadal passou/passa por sérios problemas. No entanto, não foi empecilho para as grandes conquistas.

O texto irá apresentar, em ordem, os 11 títulos de grand slam que o credenciaram como um dos grandes do esporte. Então vamos aos “atos” e, sendo assim, esmiuçar os feitos alcançados, de forma sublime, por este tenista que ama futebol e, que apesar de jogar tênis com a esquerda, é destro.

1 – Roland Garros 2005

O tenista já vinha sendo considerado como a maior promessa do tênis espanhol. A esperança foi corroborada após o título da copa Davis em 2004. Mesmo sendo reserva.

Era a sua estreia no torneio e já estava entrando como cabeça de chave 4.‘Rafa’ já vinha com conquistas fortes e marcantes que o deixava como um dos favoritos ao título de RG.

Tudo parecia tão natural e normal que ele foi passando com propriedade pelos adversários. Burgsmuller, Malisse e Gasquet nem fizeram cócegas em Nadal. Só na quarta rodada foi que o francês Sébastien Grosjean tirou um set do espanhol. Nada que assustasse.

Nas quartas ele eliminou o compatriota David Ferrer por fáceis 3x0. A semifinal foi contra o cara que viria a ser o seu maior rival. Roger Federer, atual número 1 do mundo vinha como favorito, mas já havia perdido para Nadal, no saibro, meses antes. Com as típicas bolas altas e um preparo físico invejável, venceu por 3x1 e bateu no peito após a vitória. Em seu aniversário, o presente foi a vaga para a final.

A final foi contra o argentino Mariano Puerta. Um bom jogador, mas que não tinha o emocional controlado para uma final. Mariano venceu o primeiro set e depois não viu mais a cor da bola. Primeiro título de Slam em sua estreia no torneio. Com apenas 19 anos Nadal já assombrava o mundo pela intensidade de jogo.



2 – Roland Garros 2006

Chegava para buscar o bi como número 2 do mundo. Incrível a rápida ascensão do espanhol. Seu estilo de jogo com bastante top spin e forte presença no fundo de quadra incomodava os adversários. Nadal estava cada vez mais forte fisicamente.

Nas primeiras rodadas ele eliminou, sem dificuldade, Soderling e King. Na terceira rodada Mathieu chegou a roubar um set. Hewitt passou pela mesma situação e depois foi destruído pelo “touro miura”.

Nas quartas o confronto foi contra o promissor tenista sérvio, Novak Djokovic. Após estar perdendo por 2 sets a 0, “Nole” abandonou a partida por problemas físicos.

Já nas semi, diante do croata e cabeça de chave 4, Ivan Ljubicic, a partida que tinha tudo para ser quente e empolgante, não passou de um mero treino de luxo. Implacáveis 3 a 0 e vaga para a final.

Mais uma vez Roger Federer estava em seu caminho. A rivalidade ficou ainda maior em apenas um ano. Só que ‘rafa’ estava voando no saibro e canalizava os seus potentes golpes de forma avassaladora.

Federer fez 6/1 no primeiro set. No entanto, o nível e a concentração de Nadal era de outro mundo. Venceu os 3 sets seguintes e faturou o bi-campeonato. Também bateu o recorde de vitórias seguidas no saibro que pertencia a Guillermo Vilas. Todos começaram a se perguntar: até onde ele vai?



3 – Roland Garros 2007

Já como o “cara” a ser batido, e mais uma vez como cabeça de chave número 2, Nadal iria atrás de mais recordes.

As quatro primeiras rodadas foram vencidas com extensa facilidade. Del Potro, Cipolla, Montañés e Hewitt nem viram a cor da bola. Nenhum set perdido.

Nas fases mais agudas as complicações começam a surgir. Certo? Não! Nas quartas de final o compatriota Carlos Moyà tomou sonoros 3x0 e nem anotou a placa. Nas semifinais lá estava Djokovic, agora número 6 do mundo. Dificuldades? Nenhuma. Três sets a zero e final garantida.

Ao enfrentar (novamente) Roger Federer a rivalidade entre eles atingiu o seu ápice. O Suiço tentou afastar o seu rival o máximo possível do fundo de quadra. Chegou a conseguir algumas vezes. Mas isso não impediu o tri-campeonato (seguido) do espanhol. Só Nadal e Borg alcançaram tal feito. Três sets a um para o espanhol. Já era chamado de o “rei do saibro”. 



4 – Roland Garros 2008

Em 2008 Nadal já era temido até mesmo nas entrevistas. Cada vez mais confiante, o saibro havia se transformado em pedaço do seu corpo.

O número 2 do mundo chegou a Roland Garros tendo batido antes dois recordes: igualou Pete Sampras em número de Masters series (total de 11) e venceu o "Grand Slam do Saibro". Que é o somatório de conquistas em Monte Carlo, Roma, Hamburgo e Roland Garros. O último a alcançar esta façanha foi o brasileiro Gustavo Kuerten.

O torneio francês de 2008 viu, com o perdão da palavra, um “estupro”. Nadal não perdeu sequer um set durante todo o torneio. Venceu Bellucci, Devilder, Nieminem, Verdasco, Almagro e Roger Federer como se fosse algo simples e sem dificuldade alguma. A diferença era abissal. Imbatível?
Nadal chegou ao tetra-campeonato seguido. Feito que só Björn Borg havia conseguido entre 1978 a 1981. 



5 – Wimbledon 2008

Já consagrado no saibro, o próximo desafio seria vencer em outro piso. O espanhol chegou perto disso em 2006 e 2007. Porém, diferentemente de Roland Garros, perdeu as duas finais para Roger Federer.

Antes de jogar Wimbledon, o espanhol venceu o torneio de Queen’s ao bater o sérvio Novak Djokovic por 2 seta a 0. Primeiro espanhol a conseguir esta proeza após 36 anos.

Atropelou Beck na estreia. Na segunda rodada fez 3x1 em um jogo bastante oscilante contra Gulbis. Passou por Kiefer e Youzhny com facilidade e dava ainda mais pistas de que estava forte o suficiente para vencer na terra sagrada inglesa.

Nas quartas de final ‘rafa’ teve de enfrentar o britânico Andy Murray e a torcida totalmente ensandecida em favor do britânico. Pressão? Sim! Sustos? Nenhum. Venceu com auroridade por 3 sets a 0.

Nas semifinais ele teria o alemão Rainer Schüttler pela frente. Cada vez mais adaptado ao piso, foi o número 2 do mundo quem emplacou vários aces e venceu por 3 sets a 0. A melhora em seu saque foi o fundamento trabalhado a exaustão.

Na final lá estava o “rei da grama” Roger Federer em seu caminho. Nadal não queria cometer os pecados e anseios dos dois últimos anos. Foi uma verdadeira batalha sem fim. O espanhol abriu 2x0, mas não contou com a garra fora do comum que vinha do suíço. O quinto e decisivo set foi decidido nos detalhes. Tudo escuro pelos lados de Londres. Foi quando o ‘touro miura’ fez 9x7 e venceu.


Pela primeira vez ele vencia um grand slam em outro piso que não fosse o saibro. Desde Borg que um tenista não vencia Roland Garros e Wimbledon no mesmo ano. Em Agosto de 2008 ‘rafa’ assume a liderança do ranking da ATP.





6 – Australia Open 2009



Cada vez mais forte mentalmente e fisicamente, Nadal sabia que para entrar na seleta galeria dos grandes campeões seria necessário vencer em todos os pisos. No Austrália open não seria diferente. Seu melhor resultado havia sido em 2008 quando chegou às semifinais e caiu diante do francês Tsonga.

O piso duro te obriga a jogar mais com o físico. Principalmente por ser início de temporada. Porém, ele aprendeu que além do corpo, é preciso analisar os adversários de forma tática para ser campeão em Melbourne.

Venceu Rochus, Karasunic, F. González e G. Simon sem perder nenhum set. Seu jogo encontrava-se agressivo e inteligente taticamente. Ideia difundida em sua mente.

Nas semifinais um velho conhecido: seu compatriota Fernando Verdasco que havia derrotado Murray e Tsonga. Uma autêntica e verdadeira batalha que foi vencida por Nadal. Foi um daqueles jogos sensacionais, com grande técnica e que se guarda em DVD para assistir sempre que puder. Três sets a 2.

Na final? Ele! Sempre ele. Roger Federer! Nadal já havia superado a barreira de vencer o suíço em um piso que não fosse o saibro. Lances incríveis e até mesmo inacreditáveis. Chego a dizer que Federer jogou melhor. Mas, diante das recentes derrotas, a força mental favoreceu o espanhol. Partida encerrada. Três sets a 2 e Nadal vencia em Melbourne pela primeira vez. 


Durante a premiação Federer chorou e pediu desculpas aos fãs. Nadal o abraçou e disse algumas palavras para animar o rival e colega.



7 – Roland Garros 2010

Ainda estava doendo a derrota para o Sueco Robin Soderling em 2009. De forma meticulosa e voltando de lesões que o incomodaram no ano anterior, ‘rafa’ só pensava em voltar a vencer na frança.

O espanhol perdeu o posto de número 1 do mundo para Roger Federer e estava disposto a recuperá-lo. Lembra do “estupro” em 2008? Dessa vez não foi com a mesma intensidade de dois anos atrás. Em contrapartida as lesões insalubres não mais assustavam e o ritmo colossal foi retomado mais uma vez.

Sem tomar conhecimento de quem estava do outro lado da rede ele foi eliminando um a um sem quaisquer chances. Mina, Zeballos, Hewitt, Bellucci, Almagro e Melzer pouco puderam fazer diante do tetra-campeão do torneio.

A final contra Soderling foi também uma revanche pela derrota em 2009. Mesmos erros? Anseios? Que nada! Um passeio. Bolas altas e longas para que o grandalhão não pudesse soltar o braço como fez no ano anterior. Três sets a 0. É penta! 

 

OBS: o texto prossegue no próximo post.
 

 
 

 

 

 

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