terça-feira, 10 de setembro de 2013

Nadal! O tenista do ano



Ao voltar da lesão, que o afastou das quadras por sete (7) meses, Rafael Nadal deu indícios de que não voltaria a ser o mesmo. Sem confiança, preocupado com o ritmo de jogo e com golpes sem precisão, passou a falsa impressão de que seu retorno havia sido um equívoco. Ledo engano da minha parte. "Rafa" voltou com tudo e vem tendo um ano fenomenal. O último ato aconteceu ontem, nos Estados Unidos, ao vencer Novak Djokovic, na final do US Open. Foi o 10º título em 2013 e o 13º Grand Slam na carreira. Federer, com 17 GS, começa a ser ameaçado.

O detentor da maior marca de conquistas era Pete Sampras, com 14. O recorde parecia ser insuperável. Porém, lá foi Roger Federer e não só superou, como venceu mais três (3), chegando aos 17. Muitas vezes criticado por seu estilo de jogo agressivo, suspeitas do uso de substâncias ilegais e por violar algumas regras do 'código de conduta' dos tenistas, 'Rafa' foi começando a aperfeiçoar seu tênis. Melhorou o saque, passou a subir (com eficiência) mais vezes à rede e seu forehand (esquerda) na paralela, pouco utilizado, vem sendo a tônica das suas bolas vencedoras.

Uma final entre Djokovic e Nadal rende muita história. Fosse um ano atrás, a partida teria sido mais equilibrada. Porém, 2013 é do espanhol. Concentrado, focado em todos os pontos e com a fisionomia trancada, não deu a demonstração, em nenhum momento, de que seu rendimento cairia. Mesmo após a derrota no segundo set, lutou como um leão. 

Mesmo sendo torcedor fanático de Roger Federer, não posso fechar os olhos para os grandes tenistas e os seus recordes alcançados. Sou torcedor, e não um cego que olha apenas para o próprio umbigo. Nadal fez uma campanha impecável e mereceu levantar sua segunda taça no US Open. A final foi mais 'fácil' do que imaginávamos. Não pela falta de raça por parte do sérvio, mas muito em função do jogo agressivo e calculista do espanhol. Paciência é o sobrenome dele.

Os números da partida, que poderão ser visualizados abaixo, só corroboraram a 'tese': não é o 'outro' quem erra muito, mas sim, o espanhol que o induz a isso. Poucas vezes você vai ver Nadal buscando winners no início dos pontos. Por quê? Ele prima pela paciência e espera o adversário abrir o espaço para seus potentes golpes.

Foto: ATP

Notem que Djokovic teve muito mais winners (bolas vencedoras). Em contrapartida, o espanhol teve menos Unforced errors (erros não forçados). Como foi dito anteriormente, 'Rafa' não entrega qualquer bola e prefere fazer seu movimento de defesa, sem abrir espaços para o golpe do perigoso tenista sérvio, número 1 do mundo. Essa consistência defensiva faz de Nadal favorito em todos os torneios. Título mais do que merecido e, pelo andar da carruagem, vem mais por aí.

Parabéns, Rafa!

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