Rio de
Janeiro e Osasco irão decidir, pelo 9º ano consecutivo, a final da Superliga
Feminina de Vôlei. Sem nenhuma dúvida, é o maior clássico mundial. A categoria
das jogadoras e o alto nível de voleibol colocado em quadra só corroboram a
ideia de que a Superliga é o campeonato mais disputado de todos.
Esqueçamos os
fatos contraditórios e as recentes críticas feitas ao sistema de “pontuação”
dado para cada atleta. Porém, é preciso analisar cada item com calma para que
tenhamos mais equipes brigando pelo título. Fora isso, o que se viu foi um show
de bola proporcionado por autênticas bicampeãs olímpicas.
CAMPANHAS
As duas
equipes fizeram campanhas semelhantes. A proximidade que obtivemos no
transcorrer da competição só intensificou o favoritismo dos dois times.
Na primeira
fase, onde 10 equipes jogaram entre si, em turno e returno, a vantagem foi das
Cariocas. O Rio, comandado por Bernardinho, fez 45 pontos. Sendo: 16 vitórias;
2 derrotas; 50 sets vencidos e 16 sets perdidos. Já as Paulistas, comandadas
por Luizomar de Moura, alcançaram os 44 pontos com: 15 vitórias; 3 derrotas; 49
sets vencidos e 16 sets perdidos. Quer igualdade maior do que essa? No
confronto direto nós tivemos uma vitória para cada lado e pelo mesmo placar: 3
sets a 2.
Nas quartas
de final os dois times passaram, sem nenhuma dificuldade, pelas adversárias. O
Rio atropelou o Rio do Sul (duas partidas por 3 sets a 0) e o Osasco não deu
chances ao Minas (duas partidas por 3 sets a 0).
Como
igualdade pouca é bobagem, adotaram os
mesmos placares nas semifinais. As comandadas de Bernardinho venceram o Sesi por
3x1 e 3x0. O Osasco injetou os mesmos placares contra o Campinas.
DESTAQUES
Com elencos
repletos de estrelas fica até difícil escolher apenas uma. Mas, para não ficar
em cima do muro, eu analisei e optei por:
- Gabi:
A jovem atacante do Rio começou sendo reserva da experiente Logan Tom. Com a
lesão da Estadunidense, foi tendo chances e mais chances. Mesmo ainda em fase
de amadurecimento, não sentiu o peso das grandes partidas e virou peça
fundamental para os ataques do time.
Na foto, Gabi atacando e Sheilla tentando o bloqueio.
(Foto: Lancenet)
- Fernanda Garay: Destemida, guerreira e
com uma técnica refinada, Garay foi ganhando mais confiança após a medalha de
ouro em Londres. Com o Osasco, a atleta passou a ser bastante acionada pela
levantadora Fabíola e, sem se esconder, cravava os pontos com a maior
naturalidade do mundo.
(Foto: Site do Sollys)
FINAIS ANTERIORES
2004/2005 – O Rio chegou à final com apenas uma
derrota. Porém, foi a equipe de Zé Roberto quem saiu vitoriosa. Ainda no
sistema de “melhor de 5”, o Osasco venceu por 3 jogos a 0. Destaque para Érika
e Mari.
(Foto: Yahoo)
2005/2006 – Fernanda Venturini, agora jogando
pelo time carioca, foi o destaque daquela conquista. Na melhor de 5, o Rio
venceu por 3 jogos a 2, com 3x0 no último e decisivo jogo realizado em Caio
Martins.
(Foto: Yahoo)
2006/2007 – Mais uma vez o Rio fez a melhor
campanha na fase inicial. Na final, vitória por 3 jogos a 2. Thaísa e Regiane
foram os destaques da partida. Bi do Rio.
(Foto: Yahoo)
2007/2008 – Ano de inovação. Foram 4 “torneios”
(4 turnos) disputados com as equipes divididas em 2 grupos com 5 times cada.
Foram 2 “torneios” vencidos pelo Rio, um pelo Osasco e outro pelo Brusque. Já a
final, realizada em jogo único, no Maracanãzinho, foi um show da atacante
Monique (Rio). Três sets a 1 e TRI no peito.
(Foto: Yahoo)
2008/2009 – Nos mesmos moldes do ano anterior,
o torneio foi ganhando força. O Rio venceu os 4 “torneios” e, na final, também
no Maracanãzinho, venceu as paulistas por 3 sets a 2. Thaísa e Sassá haviam
virado a casada. No entanto, a meio de rede Fabiana comandou as ações do jogo
com os seus 19 pontos. É TETRA! É TETRA!
(Foto: Yahoo)
2009/2010 – 13 equipes jogando em turno e
returno. Para variar, as Cariocas fizeram a melhor campanha na fase inicial.
Mas na final o que se viu foi a jovem Natália vibrando muito e colocando todas
as bolas no chão. Osasco 3 sets a 2. Hegemonia quebrada.
(Foto: Yahoo)
2010/2011 – Com Sheilla e Mari no elenco, as
cariocas dominaram a primeira fase e não perderam nenhum set nas quartas, semi
e final. Na grande e decisiva partida, o atropelo veio em apenas 1 hora 30
minutos. Três sets a zero e destaque para os 19 pontos de Sheilla. Mineirinho
lotado.
Campanha impecável das meninas "cariocas".
(Foto: Yahoo)
2011/2012 – Diferentemente dos anos anteriores,
foi o Osasco quem sempre esteve na frente. Desde a fase inicial, a equipe deu sinais
de força e capacitação para recuperar o título. O Ginásio do Ibirapuera ficou
sem espaço para tanta gente que foi prestigiar. Osasco 3 sets a 0 com atuação
estupenda da levantadora Fabíola.
(Foto: Yahoo)
PROVÁVEIS ESCALAÇÕES
Rio: Fofão (levantadora), Waleskinha e
Juciely (meio de rede), Gabi e Natália (atacantes) e Sarah Pavan (oposta).
Fabí (líbero).
Osasco: Fabíola (levantadora), Thaísa e
Adenízia (meio de rede), Jaqueline e Fernanda Garay (atacantes) e Sheilla
(oposta). Camila Brait (líbero).
A final será disputada no próximo domingo (07/04/2013), às 9 horas da manhã. Globo, Sportv e Esporte Interativo estarão transmitindo este jogão.
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