quinta-feira, 4 de abril de 2013

SUPERLIGA FEMININA: RAIO-X DA FINAL



Rio de Janeiro e Osasco irão decidir, pelo 9º ano consecutivo, a final da Superliga Feminina de Vôlei. Sem nenhuma dúvida, é o maior clássico mundial. A categoria das jogadoras e o alto nível de voleibol colocado em quadra só corroboram a ideia de que a Superliga é o campeonato mais disputado de todos.

Esqueçamos os fatos contraditórios e as recentes críticas feitas ao sistema de “pontuação” dado para cada atleta. Porém, é preciso analisar cada item com calma para que tenhamos mais equipes brigando pelo título. Fora isso, o que se viu foi um show de bola proporcionado por autênticas bicampeãs olímpicas.

CAMPANHAS

As duas equipes fizeram campanhas semelhantes. A proximidade que obtivemos no transcorrer da competição só intensificou o favoritismo dos dois times.

Na primeira fase, onde 10 equipes jogaram entre si, em turno e returno, a vantagem foi das Cariocas. O Rio, comandado por Bernardinho, fez 45 pontos. Sendo: 16 vitórias; 2 derrotas; 50 sets vencidos e 16 sets perdidos. Já as Paulistas, comandadas por Luizomar de Moura, alcançaram os 44 pontos com: 15 vitórias; 3 derrotas; 49 sets vencidos e 16 sets perdidos. Quer igualdade maior do que essa? No confronto direto nós tivemos uma vitória para cada lado e pelo mesmo placar: 3 sets a 2.

Nas quartas de final os dois times passaram, sem nenhuma dificuldade, pelas adversárias. O Rio atropelou o Rio do Sul (duas partidas por 3 sets a 0) e o Osasco não deu chances ao Minas (duas partidas por 3 sets a 0).

Como igualdade pouca  é bobagem, adotaram os mesmos placares nas semifinais. As comandadas de Bernardinho venceram o Sesi por 3x1 e 3x0. O Osasco injetou os mesmos placares contra o Campinas.

DESTAQUES

Com elencos repletos de estrelas fica até difícil escolher apenas uma. Mas, para não ficar em cima do muro, eu analisei e optei por:
 - Gabi: A jovem atacante do Rio começou sendo reserva da experiente Logan Tom. Com a lesão da Estadunidense, foi tendo chances e mais chances. Mesmo ainda em fase de amadurecimento, não sentiu o peso das grandes partidas e virou peça fundamental para os ataques do time. 

Na foto, Gabi atacando e Sheilla tentando o bloqueio.

(Foto: Lancenet)

- Fernanda Garay: Destemida, guerreira e com uma técnica refinada, Garay foi ganhando mais confiança após a medalha de ouro em Londres. Com o Osasco, a atleta passou a ser bastante acionada pela levantadora Fabíola e, sem se esconder, cravava os pontos com a maior naturalidade do mundo.

(Foto: Site do Sollys)

FINAIS ANTERIORES

2004/2005 – O Rio chegou à final com apenas uma derrota. Porém, foi a equipe de Zé Roberto quem saiu vitoriosa. Ainda no sistema de “melhor de 5”, o Osasco venceu por 3 jogos a 0. Destaque para Érika e Mari.

José  Roberto Guimarães (Foto: Yahoo)

2005/2006 – Fernanda Venturini, agora jogando pelo time carioca, foi o destaque daquela conquista. Na melhor de 5, o Rio venceu por 3 jogos a 2, com 3x0 no último e decisivo jogo realizado em Caio Martins.

Fernanda Venturini (Foto: Yahoo)

2006/2007 – Mais uma vez o Rio fez a melhor campanha na fase inicial. Na final, vitória por 3 jogos a 2. Thaísa e Regiane foram os destaques da partida. Bi do Rio.

Rio de Janeiro (Foto: Yahoo)

2007/2008 – Ano de inovação. Foram 4 “torneios” (4 turnos) disputados com as equipes divididas em 2 grupos com 5 times cada. Foram 2 “torneios” vencidos pelo Rio, um pelo Osasco e outro pelo Brusque. Já a final, realizada em jogo único, no Maracanãzinho, foi um show da atacante Monique (Rio). Três sets a 1 e TRI no peito.

Rio de Janeiro (Foto: Yahoo)

2008/2009 – Nos mesmos moldes do ano anterior, o torneio foi ganhando força. O Rio venceu os 4 “torneios” e, na final, também no Maracanãzinho, venceu as paulistas por 3 sets a 2. Thaísa e Sassá haviam virado a casada. No entanto, a meio de rede Fabiana comandou as ações do jogo com os seus 19 pontos. É TETRA! É TETRA!

Rio de Janeiro (Foto: Yahoo)

2009/2010 – 13 equipes jogando em turno e returno. Para variar, as Cariocas fizeram a melhor campanha na fase inicial. Mas na final o que se viu foi a jovem Natália vibrando muito e colocando todas as bolas no chão. Osasco 3 sets a 2. Hegemonia quebrada.

Natália (Foto: Yahoo)

2010/2011 – Com Sheilla e Mari no elenco, as cariocas dominaram a primeira fase e não perderam nenhum set nas quartas, semi e final. Na grande e decisiva partida, o atropelo veio em apenas 1 hora 30 minutos. Três sets a zero e destaque para os 19 pontos de Sheilla. Mineirinho lotado. 


Campanha impecável das meninas "cariocas".

Rio de Janeiro (Foto: Yahoo)

2011/2012 – Diferentemente dos anos anteriores, foi o Osasco quem sempre esteve na frente. Desde a fase inicial, a equipe deu sinais de força e capacitação para recuperar o título. O Ginásio do Ibirapuera ficou sem espaço para tanta gente que foi prestigiar. Osasco 3 sets a 0 com atuação estupenda da levantadora Fabíola.

Osasco (Foto: Yahoo)

PROVÁVEIS ESCALAÇÕES

Rio: Fofão (levantadora), Waleskinha e Juciely (meio de rede), Gabi e Natália (atacantes) e Sarah Pavan (oposta). Fabí (líbero).

Osasco: Fabíola (levantadora), Thaísa e Adenízia (meio de rede), Jaqueline e Fernanda Garay (atacantes) e Sheilla (oposta). Camila Brait (líbero).

A final será disputada no próximo domingo (07/04/2013), às 9 horas da manhã. Globo, Sportv e Esporte Interativo estarão transmitindo este jogão.

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