quarta-feira, 4 de março de 2015

Luis Suárez reencontra seu lado goleador


Luis Suárez chegou ao barcelona cercado de muitas expectativas. Artilheiro da Premier League, o uruguaio foi a peça fundamental para o retorno do Liverpool à Champions league e, dessa forma, despertou o interesse do barça, já que o clube carecia de um autêntico camisa 9. Seus primeiros meses na Catalunha não foram fáceis, mas, partida após partida, reencontrou seu melhor futebol e a fase goleadora que lhe é peculiar.

O camisa 7, então no Liverpool, anotou impressionantes 31 gols e foi o artilheiro da temporada 2013/2014 na Premier League. Sempre atuando como o homem de referência, mas tendo liberdade para flutuar pelos lados, Luisito deu show e fez com que o barça não pensasse duas vezes antes de pagar uma fortuna para comprá-lo.  


Os 31 gols do Pistolero em 2013/2014https://www.youtube.com/watch?v=nS8pqLtyEZU

O Barcelona passava pela “Messidependência”, e a falta de um autêntico finalizador fez com que o time não obtivesse êxito no embate dentro da área contra os zagueiros. O uruguaio chegou para suprir esta carência, mas, a priori, foi colocado para atuar aberto pela direita pelo técnico Luis Enrique. Sua responsabilidade ofensiva começava com a obrigação de acompanhar o lateral, dar várias assistências para gols, mas seu instinto matador ainda não havia aparecido no Camp Nou.

Luis Enrique percebeu que poderia e deveria modificar seu esquema de jogo. Por que tirá-lo de sua posição quando o clube o contratou justamente para exercê-la? O comandante Culé deixou Neymar pela esquerda, Messi pela direita (com total liberdade de armação) e Suárez foi atuar próximo ao gol, onde é letal. Com seu retorno à posição que lhe convém, o jogador começou a ter atuações de respeito e reencontrou sua fase goleadora. Jogadores como Luis Suárez precisam viver em seu habitat natural. Tirá-lo de onde mais gosta de jogar pode ser um tiro no pé para o clube – que pagou caro por ele -, esquema tático, companheiros e, o principal: para o próprio atleta.


Pouco a pouco, após a nova formação, o entrosamento do trio de frente foi ficando completo, repleto de tabelas e aproximação entre eles. Juntar três craques é, teoricamente, um ponto fácil de se fazer. O complicado é deixá-los à vontade, formando um ataque sem vaidade, em que é possível constatar o interesse em prol do grupo.


O ano de 2015 começou com crise pelos lado do clube catalão, mas após a derrota dante da Real Sociedad o time passou a jogar por música. Messi, Neymar e Suárez cada vez mais próximos, fazendo tabelinhas, e a confiança dos torcedores nas alturas com as exibições do tridente goleador. Lusito, outrora apenas garçom, reencontrou o caminho das redes de maneira regular. Messi vem atuando como um autêntico “Enganche”, armando as jogadas ofensivas, mas também sendo goleador. Neymar é a velocidade, o drible improvisado, o rompedor de zagas, e também atravessa um bom momento no que concerne a quantidade de gols. Mas é Suárez quem vem atuando de maneira segura, dinâmica, cruel e matadora. O pacto com as redes fez do uruguaio um jogador mais temido com a camisa do barça, já que seu começo pelos blaugranas não empolgou tanto assim. Como retratar, em poucas palavras, o gol anotado contra o Levante? Surreal!



Foi jogando centralizado que o artilheiro retomou a confiança em seu futebol e fez as pazes com as redes. O barça tinha muita movimentação, mas, quando precisou de um cara que brigasse com os zagueiros, falhou. Com Suárez este pesadelo foi superado e, ao analisarmos sua brilhante partida contra o Manchester City, constata-se o porquê do clube ter gastado com um cara que prende os zagueiros, é rápido, finalizador e incomoda para caramba seus marcadores.


Atuação de gala contra o Manchester Cityhttps://www.youtube.com/watch?v=KSyloyDM_7s

O que se espera deste jogador? Gols! O camisa 9 é um exímio goleador e isso só tende a ajudar o barça na briga pelos títulos que almeja. Atletas como ele precisam de regularidade e, acima de tudo, confiança. Até bem pouco tempo atrás, cara a cara com o gol, a bola batia em seu pé e não entrava. Hoje, entrosado com Messi e Neymar, retomou a confiança em seu jogo e voltou a balançar as redes com frequência. A responsabilidade de gols no barça vem sendo bem dividida, e só quem tem a ganhar é o clube. Luisito é matador, decisivo e sedento por gols. Quem será capaz de pará-lo?


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