O bate-bola de hoje é com a Geovana Cristina. Louca por futebol, fã do Özil, atleta amadora e torcedora do Flamengo.
Mais uma vez: o intuito desse bate-bola, bem como outros que fiz, é o de acabar com preconceitos e estereótipos no que concerne o espaço da mulher dentro do mundo esportivo. Espero que vocês gostem, curtam e, quem sabe, compartilhem a ideia com outras amigas. Indo além: com amigos que ainda insistem com essa baboseira de que lugar de mulher é na cozinha.
1) Apresente-se para a galera. Idade, posição em que atua, clube, grande sonho.
Mais uma vez: o intuito desse bate-bola, bem como outros que fiz, é o de acabar com preconceitos e estereótipos no que concerne o espaço da mulher dentro do mundo esportivo. Espero que vocês gostem, curtam e, quem sabe, compartilhem a ideia com outras amigas. Indo além: com amigos que ainda insistem com essa baboseira de que lugar de mulher é na cozinha.
1) Apresente-se para a galera. Idade, posição em que atua, clube, grande sonho.
Meu Nome é Geovana Cristina Dos Santos; 15 anos; Ala esquerda e atuo pelo Lins, time do Interior de SP. Acho que o Grande sonho de qualquer jogadora amadora é tornar-se Profissional...e o meu não é diferente
2 ) Como e quando você começou a
jogar futebol?
Desde pequena, por volta dos
meus 5 anos, já jogava com a crianças. No entanto, atuar em times, só de 2012
para cá. Fui assistir ao Campeonato Internacional sub-17 masculino, em minha
cidade. Chegando lá, a "Néia"(amiga da família) disse ao treinador da
equipe de Promissão (cidade) que duas meninas (eu e a minha prima) amavam jogar futebol
e, naquele instante, estavam assistindo ao jogo. O professor Bruno pediu para
que fôssemos treinar e, a partir dos treinos, entramos no time.
3) Ao optar pela tentativa da carreira profissional, você teve o apoio dos seus pais?
Bem, nunca tive tanto apoio por parte dos meus pais. Eles sempre disseram que o futebol é algo passageiro e, em alguns anos, eu esqueceria tudo isso. Espero que dentro de alguns anos eu possa provar - aos dois - o quão errado eles estavam sobre mim.
4) Recentemente, você citou o nome do Mesut Ozil como grande inspiração. Quais as principais qualidades do alemão?
Sim, o Özil é uma inspiração para mim. Assim como ele, sou canhota e jogo no meio de campo. Sem contar que ele atuou na equipe pela qual sou apaixonada: o Real Madrid. Fui me apaixonando pelo seu futebol...como não buscar inspiração em um cara que com apenas 25 anos já atuou no Schalke 04, Werder Bremen, Real Madrid e Arsenal? Ele é um monstro dentro de campo. Hoje, é o melhor jogador alemão em atividade.
5) Para quem sonha com a
carreira profissional, como conciliar futebol de campo e futsal? Quais
fundamentos pode-se levar dos gramados para as quadras?
Acima de tudo, precisamos ter foco, força de vontade e jamais desistir dos nossos objetivos. Acho que podemos analisar os fundamentos/doutrinas de várias maneiras: no campo, podemos ver o quanto somos velozes e aprender a adaptar tal habilidade dentro de uma quadra. Já o futsal proporciona os dribles curtos e precisos, o que faz do futsal uma arte.
6) Muitas meninas são "atrevidas" e não possuem receio de jogar ao lado dos meninos. Qual a motivação da Geovana para estes momentos?
Os homens ainda são machistas quanto ao futebol feminino. No entanto, sempre joguei contra eles para provar que somos capazes e buscamos nosso espaço dentro do esporte. Minha motivação encontra-se em unir a "comunidade" e tornar tudo uma coisa só. Dessa maneira, provar que a mulher também sabe e pode jogar. Ao escutar elogios, penso que de certa maneira estou mudando o pensamento do meu País, abrindo a mente das pessoas e mostrando que a única diferença encontra-se apenas no "sexo".
7) Quais piadinhas mais lhe incomodam. Por quê?
Que mulher jogando futebol é sapatão ou que não possui uma família. Isso incomoda qualquer jogadora. O recado que deixo: homens que dizem isso não possuem argumentos. Logo, perdem o nosso respeito.
8) Qual a importância do futebol em sua vida? Quais lições podem ser levadas para fora dos campos?
O Futebol é a minha vida, meu tudo, minha essência. Tudo que eu sei/aprendi sobre a moral do ser humano, devo ao Futebol. Este esporte faz com que tenhamos respeito ao próximo; ser um alguém melhor. O futebol transforma vidas.
(agachada: primeira da esquerda para a direita)
9) Em recente conversa, você citou a importância de estar sempre estudando. Caso não dê certo no futebol, qual carreira você deseja seguir?
Acho que o conhecimento nunca é demais, devemos estar sempre aprimorando nosso aprendizado. Caso minha carreira de jogadora não dê certo, desejo ser Médica. Se o futebol transforma vidas e salva pessoas, sendo médica, estarei fazendo isso de forma mais direta.
10) Muito obrigado pelo papo, Geovana. Quais conselhos você daria para as meninas que sentem-se intimidadas para falar sobre futebol?
O prazer foi meu, Raniery. Não precisamos sentir tal intimidação. Mulher que batalha no futebol, para mim, é rainha. Jogar e assistir futebol só aprimora nossos conhecimentos. Não sintam-se incomodadas para falar sobre o que mais gostamos: o futebol.
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